terça-feira, 29 de setembro de 2015

ARTE NO RIO GRANDE do SUL - 14

A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1985 e 2015

01     – ARTE no RIO GRANDE do SUL diante do SÉCULO XXI
01-1. A era pós-industrial afeta o pensar, o agir e o sentir humano.
01-2  O papel do países hegemônicos criadores de mitos, tabus e totens.
01-3  A heteronomia estética, intelectual e tecnológica reforçada, no século XXI,  pelo hermetismo e discursos cifrados.

02– OLHAR RETROSPECTIVO da ARTE do RIO GRANDE do SUL
02-1 Sintomas e consequências deste olhar retrospectivo.
02-2 O olhar retrospectivo nas artes no Rio Grande do Sul estimulado pela iniciativa privada com vistas patrimonialistas.
02-3  Movimentos do olhar retrospectivo na  competência municipal nas artes no Rio Grande do Sul.
02-4 A iniciativa estadual nas artes no Rio Grande do Sul.
02-5 A iniciativa federal nas artes no Rio Grande do Sul.

03–  OLHAR e ATENÇÃO com o PRESENTE PRIMORDIAL da ARTE do RIO GRANDE do SUL
03-1 A distinção entre pesquisa e atualização.
03-2 Pontos e nódulos da rede mundial de convergência de expressões de arte.
03-3 Um projeto desarticulado de arte local.

04–  OLHAR e ATENÇÃO com um FENÔMENO que CONTINUA na ARTE do RIO GRANDE do SUL
04-1 Potencial longe de esgotamento ou exaustão
04-2  Coerência e identidade ainda no porvir de um pacto político, econômico e social
04-3  A Arte materializa em signos a identidade política, econômica e social de sua origem e trânsito pelo mundo

05– As POTENCIALIDADES REGIONAIS da  ARTE no RIO GRANDE do SUL
05-1 A arte migra para centros regionais na contramão do centralismo nacionalista e hegemonia mundial.  
05-2 A disseminação e fecundidade das instituições de Arte do interior
05-3 A Arte como expressão coerente com a vida quem a produz

Antes de investigar os dias atuais, e lhes impor uma narrativa linear, é necessária atender o aviso e a concepção de Marc Bloch (1976, p.42.)[1] de que:
é tal a força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado se nada sabemos do presente .

Neste entendimento é natural e compreensível a resistência de qualquer historiador em se meter a ordenar a floresta viva do presente. O risco é que - devido às árvores frondosas ou os prédios imponentes– seja  não enxergar a floresta ou cidade. De outra parte qualquer motivação de uma narrativa do presente pode ser desmentida pelo acontecimento do dia seguinte. Anda longe a afirmação temerária do “FINAL da HISTÓRIA”. Este FINAL foi desmentido ampla e contundentemente pelos fatos dos primeiros anos do século XXI.
O que leva este cronista a investigar os dias atuais - e lhes impor uma narrativa - é o aviso e a concepção de Marc Bloch da motivação de sabermos do presente. A atualidade possui um sem número de recursos logísticos. Estes mesmos recursos estão em permanente mudança técnica e logística. Estes recursos logísticos, na medida em se escuta Mc Luhan de que o “MEIO é a MENSAGEM”- exigem à recopilação e a reescrita permanente a luz das motivações do AQUI e do AGORA.



[1]              BLOCH, Marc (1886-1944)  . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América  1976  179 p.

Fig. 01 –   A Associação Francisco Lisboa - numa das suas reuniões na sua sede -
atenta à explanação da artista plástica Zorávia Betiol ao centro da imagem.
No na de 2015 esta associação está mobilizando como os seus meios e associados a sua
Primeira Bienal C – A última ao lado direito da foto - e voltada para o público -
a sua operosa e dedicada presidente Káia Costa[1]  





O presente texto, em outros termos, não busca nenhuma motivação de uma narrativa totalizante e muito menos definitiva. Em contrapartida este texto reivindica uma amplidão social, intelectual e estética proporcional ao cidadão vivendo no município. Nesta competência e neste estreito limite do espaço físico local ficam suspensos (hpoke) os juízos sobre obras de arte que pontilham este tempo, este ambiente humano e geográfico.


01                – ARTE no RIO GRANDE do SUL diante do SÉCULO XXI
               
01-1 A era pós-industrial afeta o pensar, o agir e o sentir humano.

A Era Pós-industrial evidenciou e se expressou, no século XXI, nas mais variadas esferas por meio do pensar, do agir e do sentir humano. Neste sentir aguçou uma voracidade ilimitada pela ATUALIZAÇÃO de experiências estéticas alheias e alienantes do sujeito deste pensar, agir e sentir. Esta atualização das estéticas alheias e alienantes distanciou, cada vez mais, este sujeito criador da PESQUISA e da inovação autóctone. As culturas hegemônicas agradeceram e se valeram desta heteronomia em que se meteram voluntariamente as culturas submissas a elas. As culturas hegemônicas aproveitaram este espaço generoso, tempo e energias e transformaram as culturas autóctones em usuários compulsivos dos seus produtos estéticos, técnicos e conceituais.
Fig. 02 –   Os trinta anos, entre 1985 e 2015, foram marcados, no Rio Grande  Sul e no Brasil, por diversos processos  da redemocratização  nos níveis e nas esferas políticas, sociais e culturais. Restam dúvidas sobre redemocratização econômica e os seus  limites diante do político e da arte. No plano mundial é possível descartar qualquer FINAL da HISTÒRIA diante das surpresas e emergência de atores imprevistos pela lógica da era industrial– As artes permearam e expressaram - a sua maneira - estas dúvidas e suas obras se libertaram da tutela de paradigmas que herdaram de um passado recente. Hábitos que impregnam juízos, vontades e sentimentos alimentados por persistente marketing e propaganda de um progresso  linear e unívoco
[clique sobre o gráfico para ler]

01-2  O papel do países hegemônicos.

As culturas economicamente consolidadas tornaram-se técnica, política e também culturalmente incontornáveis. Tecnicamente,  pois os aplicativos dos seus equipamentos eletrônicos multiplicaram-se em escala tal que lhes permite arrasar com um dilúvio de informações concorrentes e alienantes da pesquisa estética regional. As culturas hegemônicas colocaram politicamente a seu favor todas as inteligências e cooptaram as vontades capazes de eventualmente expressar as culturas regionais. Culturalmente impuseram compulsivamente que a criação - do novo coerente com o tempo, lugar e sociedade - era de sua competência exclusiva. As culturas hegemônicas demonstraram este poder de persuasão física e mediática nas duas Invasões o IRAQUE (1990-2003), nos funerais da princesa Diana (1997), na dita PRIMAVERA ÁRABE (2011) e na trucidação de Gaddafi (2011). Isto sem falar da midiatização da crise dos refugiados dos países periféricos (2015) e da crise e desequilíbrios econômicos ente os próprios países europeus (2011) A arte e a cultura dos países periféricos e dependentes são submergidas por este dilúvio midiático
Fig. 03 –   Cláudio Afonso MARTINS COSTA (1932-2005) orientou gerações de escultores por meio da sua vida, dos ensinamentos personalizados e pelas raras e exemplares obras. Vida dedicada à sua numerosa família e constante contato com os descendentes dos primitivos habitantes do Rio Grande do Sul. Na sua obra herdou e reforçou os arquétipos plásticos primitivos e universais  Deste contato e interação com a cultura indígena. Como docente cultivou o hábito da integridade intelectual, moral e estético e que repassou para gerações de escultores que reconhecem nele um dos seus expoentes maiores.

01-3  A heteronomia estética, intelectual e tecnológica reforçada, no século XXI, pelo hermetismo e pelo discursos  cifrados.

As artes visuais do Rio Grande do Sul tiveram, ao longo dos quinze últimos anos do século XX e dos primeiros anos do século XXI, uma massiva atualização estética, intelectual e técnica. No entanto a pesquisa estética, intelectual e técnica não acompanhou este ritmo. Esta dessincronização é índice de uma profunda  heteronomia estética, intelectual e tecnológica. Porém este desequilíbrio entre atualização e pesquisa estética não passou despercebida pelas inteligências, vontades e sentimentos alertados e vivos. As artes visuais do Rio Grande do Sul foram assumidas por mãos, olhos, inteligências e sensibilidades que pouco se importam de discursos feitos a partir de centros que se querem hegemônicos e proselitistas por natureza.
SANTO ÂNGELO – RS - Monumento à Colunas Prestes - projeto de Oscar Niemeyer
Fig. 04 –   Uma imensa população migrou do Rio Grande do Sul para se aventurar no interior do Brasil seguindo as picadas e os caminhos abertos pela Coluna Prestes[1]. Esta população levava a sua prole e as economias que conseguiram modelar no Estado Natal. O resultado desta presença de sul-rio-grandenses -  instalada em seus novos domicílios, no século XXI -  evidenciou a multiplicação das injeção de ânimo, de tecnologia e de múltiplos pequenos capitais que e cresceram potencialmente ao tamanho da nação. Espera-se que este potencial - que por enquanto esta garantindo as necessidades básicas humanas - atinja a fase critica da cultura, da arte e base de uma nova civilização.

 A reação não veio do Estado nacional. Este Estado se mostra cada vez mais estéril, desgastado, e entrópico, em termos de PESQUISA estética, intelectual e técnica autóctone e autônoma. Em consequência desta evidente esterilidade o cidadão e o artista não acreditam neste estado nacional tanto como nos séculos anteriores. O resultado desta descrença no centralismo foi uma série de iniciativas nas artes visuais do Rio Grande do Sul cultivadas, distantes e desconectadas com Brasília. Os episódios da entropia, do centralismo e da rápida e silenciosa metástase das patologias ganham corpo nos julgamento do dito “Mensalão” (2012) e de “Escândalo da Petrobras” (2015). Estes eventos, que pontuam desacreditam o âmbito estatal  nacional, confirmam o acerto desta descrença individual e coletiva.
Fig. 05 –   A obra de Gustavo NACKLE forma um cenário de aprendizagem para uma nova geração. Não se trata de proselitismo personalista. Trata-se  de uma oportunidade de contato com obras originais colocadas no espaço público.  Recepção tão importante como a criação artística. Recepção que marca, evidencia e gera uma cultura publica e educativa.  Cultura publica e educativa como  aquela da Itália que Miguel Ângelo ressaltava, em 1540, para o jovem lusitano Francisco de Holanda. Cultura publica que educa pela presença continuada de obras de arte originais.

No contraditório é necessário ressaltar que estes movimentos regionais são movimentos patrimonialistas e museógrafas. Este formalismo institucional não contempla a PESQUISA ESTÉTICA nova e coerente com as regiões distantes e desconectadas com Brasília. A EXPORTAÇÃO da POESIA BRASILEIRA, proposta por Oswald da Andrade, permanece um mito incerto devido a esta circunstância de heteronomia das culturas hegemônicas.
No período, 1985 até 2015, neste movimento patrimonialista e museógrafo é possível enumerar só em Porto Alegre a Casa de Cultura Mario Quintana (1990), Fundação Iberê Camargo criada em 1995 e com sede própria em 2008 e prédio da Pinacoteca Ruben Berta (2013). Isto só as mais visíveis e sem mencionar as numerosas surgidas em todo território sul-rio-grandense.
No âmbito nacional brasileiro este movimento patrimonialista e museógrafo são ainda mais denso e contundente. Nele pode-se enumerar, entre outros, o Memorial da América Latina (1989), a Reforma da Pinacoteca de São Paulo (1994), a construção do Museu de Niterói (1996), o Museu Oscar Niemeyer de Curitiba (2002), em Minas Gerias o Instituto de Inhotim (2004) e em Brasília o Museu Nacional ( 2006). 
PASSO FUNDO - Monumento ao ferroviário- Paulo SIQUEIRA[1]
Fig. 06 –   O aço e o concreto passaram a ser incorporadas nas obras de arte a partir da era industrial.  O uso em obras de arte da sucata desta era já indica o rumo da era pós-industrial. Passo Fundo,  cidade de intensamente marcada pela ferrovia e da vida ao redor, este meio de transporte da era industrial, recebeu este registro desta memória e  concebido em concreto com sucata da era industrial.

02– OLHAR RETROSPECTIVO da ARTE do RIO GRANDE do SUL

02-1 Sintomas e consequências deste olhar retrospectivo.

O olhar retrospectivo para os valores passados não é um movimento coletivo. Ele parte de olhares singulares e diversificados. Este olhar retrospectivo se origina de alguém que perdeu no passado algo que lhe fazia muito sentido já não o possui mais. A ausência das Torres Gêmeas de Nova Iorque está estampada em imagens anteriores ao dia 11 de setembro de 2001 e cultivada intensamente na memória mundial.
Fig. 07 –   Elis Regina é um dos ícones mais fortes da industrial cultural brasileira. Os grafiteiros do Túnel da Conceição de Porto Alegre não esqueceram a sua imagem. A vida e as obras desta cantora falam bem alto do apogeu da era industrial e a passagem para a era pós-industrial. De outra parte evidenciam os limites culturais, sociais e econômicos do Rio Grande o Sul nos quais esta personalidade não encontrou condições para plena expansão de sua competência artística.

Assim este bem é uma memória a ser cultivada como um valor. A “imagem sempre está no lugar de algo que não existe mais”  mesmo que esta imagem seja aquela captada a um instante atrás e  uma câmara de um celular[1]. A humanidade começou a dar importância à paisagem quando a perdeu. Assim quando a UNESCO declarou a imagem da paisagem local do Rio de Janeiro em 01 de julho de 2012 como bem da humanidade. Esta iniciativa estava se referindo a um lugar cuja imagem correu mundo especialmente em outros tempos como aquelas imagens registradas por artistas e fotógrafos[2] do passado. Em Novo Hamburgo os arquitetos e preservacionistas da cidade lutavam, já na década de 1970, para tombar o horizonte de Hamburgo Velho, Buscavam livrá-lo do avanço de “espigões” de concreto e cimento. Continuam, em 2015[3], a manter o projeto deste horizonte sem “espigões”[4].



[1] Sentido e poder da IMAGEM conferir http://www.poder-originario.com/news/imagem/

[3] Exposição na FEEVALE sob tema imagem http://www.teatrofeevale.com.br/noticias.php?id=92

Fig. 08 –   A ativa e sorridente artista Maria Lúcia CATTANI (1958-2015) ao lado do marido britânico Nick RANDS movimentaram a cena artística sul-rio-grandense neste período de 1985 até 2015 que nos ocupa. Maria Lúcia, além de sua produção plástica exercia o magistério no qual estimulava a criatividade dos seus estudantes através do PROJETO VAGALUME[1] que contemplava a produção, a exibição e os estudos da imagem em movimento.
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02-2 O olhar retrospectivo nas artes no Rio Grande do Sul estimulado pela iniciativa privada com vistas patrimonialistas.

O vazio provocado pela descrença nos mitos centralistas, estatais e coletivizante, abriu espaço para olhares, vontades e sensibilidades individuais ou grupos fechados sobre o seu passado, presente e projeções futuras.  O espaço simbólico - no qual se movem, motivam e produzem estes indivíduos e grupos - está desconectado do todo de uma civilização. São frequentes os casos em que o artista age no anonimato, contrariando o mito industrial da fortuna proveniente do gênio e do NOME do artista consagrado pela mídia e pela propaganda. Estes olhares, vontades e sensibilidades individuais - ou grupos fechados e herméticos - é tudo que mediadores e atravessadores necessitam para anunciar uma “DESCOBERTA” e no instante seguinte “QUEIMAR” as suas vitimas no fogo do esquecimento. Esta tutela obedece à lógica patrimonialista. Esta lógica não perde nada nestas “DESCOBERTAS” como também é pouco sensível a eventuais “QUEIMAS” de “SOBRAS” do SISTEMA de ARTE PATRIMONIALISTA. No Rio Grande do Sul o índice deste SISTEMA de ARTE PATRIMONIALISTA está na multiplicação de galerias de arte concorrentes, antiquários e de “sebos”. Estas iniciativas dificilmente derivam ou dão suporte para a pesquisa estética, intelectual e produção do novo e inédito.
Fig. 09 –   Em 2015, o artista plástico Flávio SCHOLLES está em plena atividade no seu atelier de Morro Reter. Originário de movimentos coletivos com “Casa Velha ambiente de convívio de arte” busca motivos e inspiração em motivos e temas de sua vida quotidiana. Nestes temas e motivos passou pelo serialismo da era industrial, visível no seu monumento dedicado a industrial calçadista de Novo Hamburgo, até os temas inspirados no trabalho coletivo da era agrícola, ambiente no qual mantém o seu atelier.

Aquilo que é potencialmente novo, coerente com a sociedade, o tempo e o lugar está sendo ocupado em Porto Alegre pela I BIENAL C[1]. Mostra múltipla promovida e ordenada pela veterana e sempre renovada Associação Francisco Lisboa (CHICO LISBOA). Fruto de uma rica e continuada história, índice do potencial presente e promessa de realizações daqueles nos quais “está a arte” na concepção aristotélica. Evidente que associações de artistas possuem a tarefa de  sublimar o conceito de democracia. Isto apesar de  Platão desqualificou a democracia como “um grande bazar, no qual se pode adquirir qualquer sistema”. Desqualificação também vale para uma “estética que se queira democrática”. Na transformação desta desqualificação platônica e sua transfiguração em totem é possível argumentar que “a arte está em que produz”. Totem competente para “expressar em si mesmo o todo” na concepção de Mary Follet[2].
Fig. 10 –   A artista plástica e ceramista Joyce SCHLENIGGER continua produzindo, em 2015, nos Estados Unidos uma obra pessoal  coerente com a sua origem no atelier de escultura de Fernando Corona. Com primorosa técnica pessoal privilegia o corpo humano do qual extrai expressões faciais e gestos das mãos  que falam do ser humano do qual prescinde e omite o conjunto

Diante disto está ainda para ser comprovada a fecundidade e permanência na PESQUISA ESTÉTICA da arte do Rio Grande do Sul  dos eventos como das 10 Bienais do Mercosul, das exposições como das Missões no MARGS ou as realizações da ENARTE de Santa Cruz do Sul. Certamente ninguém lhes nega a fecundidade na ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA local.  ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA que possui poder semelhante ao da IMAGEM. No polo oposto a PESQUISA na ARTE é competente para expressar, nas suas OBRAS, a totalidade do mundo, do tempo e da VIDA da sociedade que a produz.
Fig. 11 –   A obra singular Ruth SCHNEIDER (1943-2003) recebeu  acolhida, estudo e um museu da cidade e da Universidade de Passo Fundo. Obra inspirada em fantasias urbanas alimentadas por rumores, falas e comportamentos de personagens próximas e ao mesmo tempo profundamente separadas e isoladas como a própria artista que se privou de se aproximar fisicamente deste universo mental. A cidade foi coerente com o poder  desta imaginação e ultrapassou as fronteiras estaduais ao escolher a Literatura como mentora de festivais nacionais como suas Jornadas Literárias[1]  onde o livro é a sua materialização

Com a imagem não se  discute afirma Chartier. Neste aspecto a IMAGEM em MOVIMENTO do cinema sul-rio-grandense ganhou obras com “ANAHY de las MISSIONES”  (1997) do diretor Sérgio Silva. A produtora Otto Guerra lançou em 30 de outubro de 2014 o desenho animado “ATÉ que a SBORNIA nos SEPARE”  no contexto de muitos outros títulos devidos ao grafismo de muitos dos seus ativos profissionais da IMAGEM em MOVIMENTO



[1] JORNADAS LITERÁRIAS de PASSO FUNDO http://www.upf.br/jornadasliterarias/

PECIAR BASIACO Silvestre  -Monumento à Imigração no trevo para Silveira Martins
Fig. 12 –   A obra do artista uruguaio  Silvestre PECIAR BASIACO[1] marca a confluência de artistas ao polo cultural de Santa Maria-RS[2]. Esta íntima relação entre a cultura uruguaia e sul-rio-grandense é de todos os tempos. No século XVIII foi a terra de origem de Hipólito José da Costa No século XIX transito de José Garibaldi em ambas as pátrias. No século XX foi a matriz da cultura gauchesca intensa praticada e intelectualmente aceita como matriz nacinal nas Províncias Orientais[3]. Esta dupla fonte é cultivada no século XXI além de Peciar o artista Hélio Custódio Fervenza.

02-3  Movimentos do olhar retrospectivo na  competência municipal nas artes no Rio Grande do Sul.

A totalidade do mundo, do tempo e da VIDA da sociedade que a produz possui a sua proporção no cidadão. No contraditório da onipotência, onisciência, eternidade q e onipresença - almejados pela ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA -  nenhum cidadão é maior do que o seu município. As pequenas repúblicas do Renascimento Italiano não passavam de municípios e de comarcas. A era industrial, ao traçar - com régua e esquadro sobre os mapas mundiais - os limites e fronteiras das nações contemporâneas ignorou o tamanho e a coerência com o cidadão e a sua comunidade municipal. Ignorou a identidade como ignorou a proporção da cidadania. Embaralho as etnias, as culturas locais colonialismo e pela escravidão. A reação vem por meio de milhões de refugiados que vão buscar os países e culturas hegemônicas que praticaram este traçado arbitrário. Refugiados que buscam, em 2015, reparações mínimas do arbítrio praticado por países e culturas hegemônicas um passado recente ou remoto. Refugiados que ganha proporções de flagelo da humanidade em função de um colonialismo desenfreado e uma servidão aviltante a que foram submetidos. O fracasso da VARIG desde 20 de julho de 2006 - que manifestava pretensões planetárias - é testemunho, na cultura local, desta ignorância da proporção da cidadania municipal e estadual.  



[3] - Para perceber esta pratica e estudo ver “ARTIGAS: La Redota” Filme Uruguai 2011 http://www.pandafilmes.com.br/artigas-la-redota/
Fig. 13 –   A Associação de Escultores do Estado do Rio Grande do Sul esteve frente a uma série de iniciativas que valorizam as interações profissionais daqueles que escolheram este caminho da arte. Este cartaz traduz  uma busca de representatividade e legitimidade nos pleitos coletivos e individuais dos seus membros. Seguem  a norma de Bourdieu de que os únicos a compreender, de fato, suas obras são os seus concorrentes.

O Rio Grande do Sul está próximo de meio milhar de municípios legalmente reconhecidos e em funcionamento em 2015 . A potencialidade da arte praticada nestas 500 comunidades está longe de superar as necessidades básicas humanas e se constituir num bem simbólico e de identidade local. A arte não possui muito relevo se for examinada a legislação derivadas das câmaras municipais, as ações empreendidas pelo executivo ou as ações que chegam à comarcas judiciárias. A lei municipal nº 10.036, de 18 de agosto de 2006 de Porto Alegre[1] abriu um espaço jurídico para as obras de arte em prédios como mais de 2.000 m² quadrados. Evidente que este espaço jurídico não possui o menor sentido sem a existência e ação decidida do PODER ORIGINÁRIO do município interessado em ocupar este espaço ainda virtual. A ASSOCIAÇÃO ESTADUAL de ESCULTORES do Rio Grande do Sul (AEERGS)[2] na sua seccional de Porto Alegre confere sentido à sua própria existência em ações interessadas e decididas no âmbito do PODER ORIGINÁRIO do município.
Seria possível percorrer vagarosa e atentamente todo o território do estado. Entre tantos se destaca o Museu Ruth Schneider[3] que ocupa o antigo prédio da prefeitura de Passo Fundo e que está integrado à Universidade de Passo Fundo (UPF).

02-4 A iniciativa estadual nas artes no Rio Grande do Sul.

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul era o mantenedor, no ano de 2015, de uma série de instituições que correspondem às competências que lhes confere a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul[4]. Neste texto legal são exemplares os propósitos e as realizações no âmbito da cultura e decorrentes dos artigos 220 até 231. O Conselho Estadual de Cultura[5] mereceu uma atenção especial no artigo nº 225 desta Constituição.



[1]  Lei de Porto Alegre que exige obra de arte em construções com mais de 2.000 m² http://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=176965

[4]  - Constituição do Estado do Rio Grande do Sul 08.10.1989  http://www2.al.rs.gov.br/dal/LegislaCAo/ConstituiCAoEstadual/tabid/3683/Default.aspx

[5] -  Conselho Estadual de Cultura do RS http://www.conselhodeculturars.com.br/

Fig. 14 –  A intensa movimentação de 2 milhões de sul-rio-grandenses-  que buscam e cultivam as tradições e projeções contemporâneas do Folclore - possui variadas expressões. Uma delas acontece na cidade de Santa Cruz do Sul que abriga o ENARTE ao lado das típicas projeções bávaras da Oktoberfest e de outros costumes germânicos públicos e domésticos. As danças locais receberam um tratamento coreográfico universal da professora Nilva Terezinha DUTRA PINTO[1] .


 Para manter a conexão entre Educação e Cultura a Universidade do Rio Grande do Sul (UERGS) mantém convênios e polos regionais com instituições superiores destinadas à formação nas artes. A UERGS criada o governo de Olívio Dutra em 10 de julho de 2001 mantem convênio em Montenegro com a FUNDARTE[2] permanece um mito incerto devido a esta circunstância de heteronomia das culturas hegemônicas. O sistema de Museus de Arte do Rio Grande do Sul[3] busca reunir iniciativas individuais, de associações civis e municipais. Está em curso em diversas universidades a constituição de um corpo profissional de museólogos e de arquivistas diplomados a nível superior. Este corpo profissional  constitui a base logística que os antigos cursos de História careciam. Cursos superiores consolidados de História decorrentes da hoje fragmentada FILOSOFIA e CIÊNCIAS HUMANAS. Estes cursos superiores mantém  programas de pós-graduação.



[2] -  FUNDARTE + UERGS MONTENEGRO RS Curso de pedagogia da Arte da Fundação de Artes de Montenegro – UERGS
Rua Capitão Porfírio nº 2114 CEP 95.780-000 Montenegro-RS  http://www.fundarte.rs.gov.br    http://www.uergs.edu.br

[3] - Sistema de Museus do Rio Grande do Sul http://www.sistemademuseus.rs.gov.br/

Fig. 15 –  A SEMANA FARROUPILHA é uma extensão da SEMANA da PÁTRIA. Esta semana sul-rio-grandense tematiza estudos, práticas  e obras visuais no ambiente de um ACAMPAMENTO que se concretiza nos terrenos conquistado do GUAIBA Sem buscar centralismo ou soberania ele de fato é decorrência de práticas municipais e locais que se verificam mais variados recantos do estado e do Brasil afora .

02-5 A iniciativa federal  nas artes no Rio Grande do Sul.

A proposta e a vigilância em relação a um PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA cabe ao ente federal. Este ente necessita exercer esta violência como resulta da delegação do cidadão que renuncia ao seu exercício pessoal e pontual. Violência decorrente da natureza artificial que toda civilização artificial e humana. Os movimentos políticos, sociais e econômicos são construções artificiais e humanos do um período de 30  anos que iniciaram em 1985 com a primeira eleição livre n Brasil. Neles se estampa a criatividade humana capaz de lidar na autonomia e movido pelas forças humanas da sua inteligência, vontade e sentimentos. Neste sentido e ente federal possui um amplo leque de forças e freios da criatividade humana. Portanto este federal não é algo neutro ou indiferente para as artes que se praticam no território brasileiro ou sul-rio-grandense. 
Fig. 16 –  As projeções das MISSÕES JESUÍTICAS buscam entender a natureza, os percalços e s razões desta memória. Projeções que se somam com a Argentina e Paraguai como desta exposição havida no MARGS nos meses de novembro e dezembro de do ano de 2000. A imagem é de uma mostra que se tornou, itinerante percorrendo as capitais dos países que tiveram o episódio das MISSÔES JESUÌTICAS nos seus atuais territórios.

A iniciativa federal, no território do Rio Grande do Sul, segue a mesma lógica estadual ao unir ARTE, EDUCAÇÃO e CULTURA por meio de CURSOS SUPERIORES de ARTE mantidos nas suas universidades federais. O dia 22 de abril de 2008[1] marcou o centenário de uma destas instituições. O Instituto Livre de Belas Artes do Rio Grande do Sul nasceu para todo o território do estado. Em 30 de novembro de 1962 ele ingressou, via Brasília, para a UNIVERSIDADE do RIO GRANDE do SUL (URGS) e que também passou definitivamente ao âmbito federal(UFRGS). A URGS mantinha cursos superiores em cidade polos do estado do Rio Grande do Sul. Estes cursos se tornaram autônomos e se federalizaram[2]. Em cada uma delas surgiram cursos superiores de arte mantidos pelo governo federal. O que é necessário ressaltar e que todos possuem formatos e estruturas autônomos. Não se trata, pois, de uma simples e coercitiva “franquia” federal.

03–  OLHAR e ATENÇÃO com o PRESENTE PRIMORDIAL da ARTE do RIO GRANDE do SUL.

03-1 A distinção entre pesquisa e atualização.

A pesquisa estética só é possível de forma coerente com o TEMPO, com a SOCIEDADE e o LOCAL GEOGRÁFICO nos quais ocorrem as expressões da arte. Qualquer tentativa de transferência destas expressões da arte para outro TEMPO, SOCIEDADE ou LOCAL redunda em mera COMUNICAÇÃO ou ATUALIZAÇÃO de inteligências, vontades e sentimentos alheios. No contraditório esta COMUNICAÇÃO é competente para fecundar LOCAIS GEOGRÁFICOS distintos, outras SOCIEDADES e TEMPOS diversos de sua origem. Fecundação eficiente na medida em que esta ATUALIZAÇÃO ou COMUNICAÇÃO de inteligências, de vontades e de sentimentos são universais humanos. Ainda mais admitindo que, as civilizações e as culturas, são criações humanas e artificiais.
Evidente que o próprio Estado do Rio Grande do Sul é uma criação artificial e resultante de múltiplos encontros de outras culturas e civilizações. Contudo o amálgama resultante não pode ser um hibrido estéril. A fecundidade da PESQUISA em ARTE ainda está no porvir. Porém este porvir jamais chegará sem um projeto ou pacto social. No contraditório deste pessimismo existem projetos individuais, de instituições e diversas instâncias.



                                                         http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/03/centenario-da-escola-de-artes-do-ia.html
                                                         https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Artes_da_Universidade_Federal_do_Rio_Grande_do_Sul

[2]  SANTA MARIA : CENTRO de LETRAS e ARTES da UFSM -  http://coral.ufsm.br/cal/   + http://coral.ufsm.br/utilidadescal/

Fig. 17–  O Campo ou Parque da REDENÇÃO -  desde 1935 Parque FARROUPILHA-  é um dos pulmões verdes de Porto Alegre. O artista visual Jorge HERRMANN dedicou um prolongado estudo e depois desenhou e trabalhou manualmente as imagens que lhe pareceram mais significativas para captar a vida que esta ambiente apresenta no século XXI. Transferiu estas imagens para diversas mídias que acompanhavam as suas falas e interlocuções com os usuários do Parque como aqueles que possuem algum repertório em relação a este equipamento urbano

03-2 Pontos e nódulos da rede mundial de convergência de expressões de arte.

Uma das contribuições da ERA PÓS-INDUSTRIAL é a rede mundial que conecta entre si os nódulos urbanos mais desenvolvidos e autossustentáveis. Em si mesmo não passa de mais uma ferramenta de ATUALIZAÇÕES de INTELIGÊNCIAS. No contraditório é uma rede de apanhar e amealhar informações relativas aos bens simbólicos de regiões periféricas e que interessam a estes centros hegemônicos.  
Aos locais submetidos - e na heteronomia intelectual, da vontade e da estética - não resta alternativa do que a atualização das informações provenientes das metrópoles. Esta atualização chega na periferia onde são difundidas, muitas vezes,  aquelas informações de pouco significado nas matrizes deste pensamento de origem. Foi o caso do positivismo no Rio Grande do Sul e no Brasil que tomou proporções desconhecidas no contexto do comtismo parisiense.
Fig. 18 –   O tema do trabalho nos galpões da fazendas foi retomado, no século XXI, por Marciano SCHMITZ. Esta  ambiente laboral foi objeto de intensos estudos, observações e criações de obras visuais ao longo do século XX. O Clube de Gravura e os denominados “QUATRO de BAGÉ” tematizaram esta vida e trabalho neste o tema.  Marciano, no entanto, não permanece limitado ao registro visual empírico. O posiciona no âmbito do TEMPO, da politica e da economia sul-rio-grandense.
MARCIANO e a REVOLUÇÃO FARROUPILHA no FACE-BOOK

03-3 Um projeto político desarticulado de arte local.

Uma pesquisa estética é coerente com o TEMPO (Zeitgeist), com a SOCIEDADE (Volksgeist)  e o LOCAL GEOGRÁFICO (Weltgeist) e expressa e que a obras de arte expressa.   Evidente que esta costura coerente com o LOCAL, a SOCIEDADE e  TEMPO ainda estão no porvir o Rio Grande do Sul.
No contraditório esta mesma obra de arte é competente para evidenciar signos sensoriais e colaboram significativamente para materializar este projeto e pacto coletivo. Evidente que o contrário foi tentado, ostensiva e reiteradamente, pelas ditaduras em todos os tempos. Ditaduras que impõem, de cima para baixo, manifestações prontas e pré-fabricadas. Foi o caso da nazista e que desqualificou com “arte degenerada” o que não se enquadrava nos seus paradigmas industriais. 
Fig. 19–   A Associação de Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (AAMARGS) é a contrapartida da iniciativa privada em relação à política publica estadual do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). Acumulando o histórico de dezoito diretorias sucessivas a AMMARGS possui nos seus quadros nomes dos nomes mais expressivos e de intensas e fecundas interações com a sociedade local, estadual, nacional e internacional.  Por sua parte o MARGS não possui nenhuma adjetivo restringente em seu nome e a sua competência aponta para toda a Arte praticada ou recebido no âmbito do Rio Grande do Sul


04–  OLHAR e ATENÇÃO com um FENÔMENO que CONTINUA na ARTE do RIO GRANDE do SUL

04-1 Potencial longe de esgotamento ou exaustão.

No Rio Grande do Sul não falta potencial expressivo para contornar as ditaduras que impõem manifestações e arte pronta e arbitrária. Especialmente numa região aberta a todas as confluências de culturas e etnias. Evidente que é mais fácil - cômodo e de fortuna imediata - eleger e mitificar uma das tantas culturas e etnias. Cultura mitificada, arbitrada que se impõe de cima para baixo.  Cultura que nasce consumida, imposta e com intenso patrulhamento estético como aquela de todas as ditaduras em todos os tempos e lugares.
Esta pseudo cultura é coloca em questão as aceleradas comunicações e a circulação de bens materiais e imateriais. A crescente e massiva urbanização pode trazer uma nostalgia do campo e da vida rural perdida. De um lado o aumento da expectativa de vida da população permite uma arte adequada à esta faixa etária que inclui esta nostalgia. No contraditório, a  nova vida urbana, impõe outras formas de socialização e exige novas formas de expressão inéditas e isenta desta saudade. Estas formas de expressão são visíveis em muitas paredes dos prédios e muros urbanos e distantes da nostalgia rural. Tribos de pichadores e de grafiteiros se porfiam em formas e recursos para marcar a sua presença visual[1]. Tatuagens cobrem os corpos como uma 2ª pele e expressam sentimentos vacilantes e ainda não codificados.
Modas e informações importadas de centros hegemônicos. Contudo a sua aceitação e prática, cada vez mais corrente, revelam uma potencial energia a ganhar outras formas de expressão socialmente mais aceitas. A arte possui recursos e ideias que fecundam e sublimam este  fenômeno da busca de pertencimento e aceitação no meio urbano
Fig. 20 –  As atividades da Pinacoteca Ruben Berta são intensas e  variadas. Em agosto de 2015, esta Pinacoteca ponteou as atividades que marcaram as atividades do Centenário do nascimento de Aldo Locatelli ensejadas pelo Decreto Municipal nº 18.919 de 19.01.2015 [1]. Na imagem Paulo Porcella, um dos discípulos deste mestre Bergamasco, fala e interage com um grupo de estudantes de uma escola de Porto Alegre diante de três de suas obras.


04-2  Coerência e identidade ainda no porvir de um pacto político, econômico e social.

A obra de arte atinge um determinado estilo na medida em que ela perpassa todo o processo criativo a partir das suas origens. Na culminância deste processo a autêntica obra de arte atinge uma coerência interna que manifesta clara e objetivamente na sua forma simples e objetiva. São muito raros os momentos e as obras nas quais existe e se manifestas aos sentidos e para a mente e sensibilidade humana esta coerência interna e externa. A autêntica obra de arte carrega no mínimo de sua forma o máximo de conteúdo do Zeitgeist[2], do Volksgeist[3]  e do Weltgeist[4] de sua origem.
Fig. 21 –   A obra de Hélio Custódio FERVENZA foi exposta, em 2012,  como convidado da Bienal de São Paulo e em 2013 a convite da Bienal de Veneza. Este artista e a sua obra estão distantes do mercado de arte e coerentes com as propostas de Marcel Duchamp que mantinha esta mesma distância de um patrimonialismo e da apropriação da obra e do nome. O mínimo que o artista lucra com esta posição prática e sua mentalidade é sua autonomia. Autonomia na qual  não e obrigado, pelo mercado de arte,  a plagiar a si mesmo. Foge dos patrulhamentos estéticos e conceituais e do alfinete classificatório nas costas.

Nesta direção mereceu devido destaque a vida e a obra de Hélio Custódio Fervenza[1]. Obra que resulta de uma longa pesquisa distante do mercado de arte e de motivações que não sejam os limites das potencialidades da arte. Asta ascese estética também impregnam e sustentam as  obras Carlos Pasquetti, Mara Álvarez e de Carlos Krause.  Os artistas que gravitam ao redor da Fundação Vera Chaves Barcellos[2] buscam a coerência entre as sua vida e sua obra e suas motivações são pautados, de uma ou outra forma, por idêntico Zeitgeist, Volksgeist  e Weltgeist.   



[2]  FUNDAÇÂO VERA CHAVES BARCELLOS (FVCB)  http://fvcb.com.br/?page_id=15
Um dos resultados das iniciativas do Grupo Nervo Ótico poder ser isto na obra – “Zona Polisensorial” de Simone  MICHELIN exposta em 18. 12.1997 no saguão da Reitoria da Universidade do Rio de Janeiro
22 –   A indústria do audiovisual no Rio Grande do Sul foi alimentada  e se motivou pelo trabalho na música e nos palcos dos espetáculos “TANGOS e TRAGÉDIAS” encenados pelos seus criadores Nico Nicolaiewsky e de Hique Gomes – A produção audiovisual de desenho animado, denominada “Até que a Sbornia nos Separe”  é uma das amostras dos artistas deste ramo ativos no Rio Grande do Sul nos primeiros anos do século XXI
Tangos e tragédias



04-3  A Arte materializa em signos a identidade política, econômica e social de sua origem e trânsito pelo mundo.

 A obra de Arte - no mínimo de sua forma e no máximo de seu conteúdo - está carregada dos signos materiais e imateriais da sociedade, da economia e do ambiente político o qual se plasmou.  De outra parte esta manifestações artísticas estão se dividindo onde cada manifestação de arte está ganhando um campo próprio, diferenciado dos outros e com uma gramatica própria.
A Arquitetura tornou-se autônoma das demais artes plásticas no Rio Grande do Sul. Na pintura as manifestações visuais dos grafiteiros, dos os tatuadores e programadores visuais ganharam adeptos, organizações e se carregam com energias e com repertórios próprios. Cerâmica galgou uma identidade e reuniu forças próprias  e distas da Escultura.
Não se trata de artes aplicadas, design ou expressões menores e subalternas. O Design sofreu uma reciclagem na medida em linhas de montagem uniformes da era industrial deram lugar para a produção de peças únicas e personalizadas por uma interferência no programa das máquinas comandadas por robôs. O Design do Rio Grande do Sul possui mestres de reconhecida fama internacional como Nelson PETZOLD[1].



[1] - DESIGN SUL-RIO-GRANDENSE Nelson PETZOLD recebe titulo de Professor Emérito da UFRGS em 13.11.2001
                                  http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/nelson-petzold-recebe-titulo-de-professor-emerito
No plano nacional convém consultar em relação a design a obra
SOUZA Pedro Luiz Pereira de.  ESDI: biografia de uma ideia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996.  336p.


Fig. 23 –  Vera Chaves Barcellos teve uma sólida e continuada formação estética. Ela iniciou cedo  os processos de socialização desta formação. Socialização que ela ampara sob diversos prismas conceituais e logísticos. A Fundação Vera Chaves Barcelos (FVCB)  é um dos resultados e da busca da projeção desta socialização por tempo indeterminado. Numa das sedes, em Viamão, a FVCB promove exposições, palestras e encontros enquanto mantém acervo, arquivo e um corpo técnico administrativo permanente e qualificado.

05– As POTENCIALIDADES REGIONAIS da  ARTE no RIO GRANDE do SUL.

05-1 A arte migra para centros regionais na contramão do centralismo nacionalista e hegemonia mundial.

Se de um lado a urbanização produziu megalópoles descomunais e desproporcionais à pessoa e à cidadania em contrapartida as pequenas comunidades oferecem o sentimento de pertencimento e de proporção humana[1]. Com as novas tecnologias o campo e a vida rural receberam o que existe de mais avançado na informática. E por que não a arte?.
Os atelies encravados na Natureza usufruem dela a paz, a proporção e a inspiração continuada.  As artes sul-rio-grandenses são movimentadas por experimentos, calma e motivação próximos ou encavados na Natureza. Estão ali as experiências e as pesquisas estéticas de Cláudia Sperb[2], Flávio Scholles[3], Marciano Schmitz[4], Ricardo Steffen[5] e Jorge Herrmann[6].  Não se trata de um retorno para a Natureza. Trata-se de levar a arte, a civilização e a cultura para a Natureza, viver em harmonia com ela com sustentabilidade e interação. Não é por caso que nesta Natureza sul-rio-grandense  passaram e interagiram vigorosamente os ecologistas[7]. Ecologistas que seguiam os passos de Henrique Luís Roesler (1896-1963), de Balduino Rambo (1905-1961) e de José Antônio Lutzenberger (1926-2002) [8], entre tantos outros.
Fig. 24 –   As antigas colônias agrícolas dos primeiros imigrantes alemães evoluíram para colônias de artistas. Os mentores destas colônias de artistas tiveram a sua formação na era industrial Com a era pós-industrial investem a sua criatividade no espaço simbólico da arte e da sua recepção. Cláudia Sperb é uma destas mentoras e artistas plásticas. Com formação universitária na FEEVALE  buscou no Oriente a integração da cultura humana com a Natureza. As suas obras de arte originam, suportam e produzem esta Integração harmoniosa e inpiradora.

A Arte do Rio Grande experimenta outro fenômeno que é o retorno dos artistas que na sua juventude migraram e fizeram e consagraram  alhures a sua ora e o seu nome. No passado foi o caso de Pedro Weingärtner. No período, que nos ocupa, o retorno de Iberê Camargo para a sua terra de origem marcou data. Foi  também o caso de Ernesto Frederico Scheffel (1927-2015), ambos criaram fundações para abrigar as suas obras[1].  Mais recentemente Regina Silveira ocupou a Fundação Iberé Camargo nos meses de abril e maio de 2011. Zoravia Betiol retornou definitivamente dos Estados Unidos.  Joice Schleiniger retornou de lá, em 2015, para curta temporada e expor no recém-restaurado prédio da Pinacoteca Ruben Berta[2].
Porém o contingente desta força criativa local[3] está muito longe de ser conhecida, divulgada adequadamente e em condições de se constituir um campo de energias plenamente produtivas.


Fig. 25 –   A novíssima  geração da Universidade FEEVALE  segue os passos da Escolinha de Artes de Novo Hamburgo da professora Emília  Margaret SAUER[1]. Ainda que o estudante não faça arte, no aviso de Ado Malagoli,  este tabu exige uma decisão precoce e firme da vontade, da inteligência e sentimentos para seguir aquilo que é sabido universalmente de que “a vida é breve, a arte é longa”. O ambiente acadêmico propicia o convívio e a troca de repertórios com outros que escolheram o mesmo desafio e a interação com outros saberes prepara um ser humano apto para conhecer os seus próprios limites e competências

05-2 A disseminação e fecundidade das instituições de Arte do interior

O Rio Grande do Sul teve uma onda de Escolinhas de Arte ao modelo daquelas de Augusto Rodrigues e na pista do britânico Herbert Read. Formandos dos Cursos Superiores seguiram os passos de Iara Mattos Rodrigues, de Alice Soares e Fernando Corona na mítica Escolinha de Artes dos ex-alunos do IBA-RS[2]. As crianças cresceram. E algumas Escolinhas transformaram-se em Cursos Superiores de Artes e ,em sementes, de Universidades sul-rio-grandenses[3].



[2] - Escolinha de Artes os Ex-alunos do IBA-RS http://escolinhadeartes.blogspot.com.br/

[3] A origem desta esma universidade está ligada a Escolinha de Artes onde atuou Cecília Zingaro do Amaral estudante formada no IBA-RS. Da mesma forma FEEVALE de Novo Hamburgo surgiu de outra Escolinha de Artes local e da ação decisiva em Brasília  de Maria Beatriz Furtado RAHDE outra estudante do IBA-RS. Ambas decorrem da proposta pedagógica de Augusto Rodrigues 
Fig. 26 –  As ricas e variadas texturas e estruturas que o mundo mineral e do Rio Grande do Sul são a fonte de inspiração de vários artistas sul-rio-grandenses. Entre eles está Ricardo Stefeffens. Seguem o registro de Leonardo da Vinci da atenção às formas das manchas e das nuvens.  A geração de artistas do século XXI, que gravitam ao redor do núcleo urbano e cultural das antigas colônias de imigrantes, possui e cultiva a sua origem e raiz profunda em gerações anteriores [1] cuja memória orienta o seu fazer artístico atual e que projeta para novas gerações.

Nestas instituições prevaleceu o modelo da disseminação e da sua ida para localidades que necessitam desta formação. Contrariam o modelo centralista e único que possui todas as competências e recursos e sob o olhar direto do poder central de uma nação. Estas instituições, alojadas neste poder central, acolhem uma pequena elite de docentes e discentes  com todos os privilégios e regalias.
Evidente que as instituições disseminadas e próximas das comunidades estão sujeitas à uma intensa entropia, submetidos ao processo de naturalização e a confusão com os repertórios locais e ecléticos. Confusão e naturalização difícil de enfrentar. Dificuldade inclusive de os formandos reverterem este quadro entrópico, consagrado e naturalizado. Mesmo os melhores e mais competentes submergem neste dilúvio proveniente da escravidão e colonialismo das mentes, corações e vontades. Os quatro séculos sem universidades, o colonialismo e a escravidão continuam soberanos na política, na economia e na sociedade que sustenta estas instituições disseminadas e próximas das comunidades. Qualquer mudança é vista como ameaça. Como ameaça é pronta e eficazmente isolado, castigados e ejetado como algo estranho e incompatível com a docilidade da escravidão e da cordialidade do colonialismo das mentes, corações e vontades. No contraditório são muito bem vindos neste colonialismo e escravidão   confusão entre Arte, Cultura e Propaganda. Constituem  um prato cheio e um alento para o populismo, a intriga e no final o descalabro destas instituições. Neste caldo de heteronomia toda mudança é percebida como ameaça, por maior e bem intencionado que tenha sido o projeto na sua origem. Esta situação desestabiliza qualquer egresso de universidades e cursos superiores, especialmente daquelas que possuem o viés da profissionalização. Profissionalizações e treinamento que não priorizam a formação da inteligência crítica, de uma vontade autônoma e dos sentimentos afinados om a sua sociedade, tempo e lugar de ação.
Fig. 27 –   André Venzon é um daqueles que buscou conhecer o ambiente artístico do Rio Grande do Sol por meio  de uma larga formação universitária. Ali buscou novas competências sem ignorar os limites locais. Nesta busca  migrou da Comunicação, para a Arquitetura e se fixou nas Artes Visuais. Não se furta em construir e mostrar o que traz na sua bagagem  proveniente da Semiótica, das maquetes, das cores e dos outros recursos visuais.

05-3 A Arte como expressão coerente com a vida quem a produz.

A grande janela, que se abre para o futuro da arte no  Rio Grande do Sul,  irá mostrar aquilo que as forças sociais, os quadros políticos e econômicos projetarem e conseguirem realizar. Cabe o alerta da atenção ao fato de que uma civilização e uma cultura são construções humanas e artificiais. Construções artificiais e humanas que irão, ou não, incorporar as práticas democráticas que permitiram oxigenar e fecundar o ambiente artístico-cultural do Rio Grande do Sul com projetos estéticos novos e específicos. Construções artificiais e humanas que buscam coerência interna  e externa na medida em que não se deixarem ofuscar pelo otimismo, fama ou mitificação. No lado oposto necessitam resistir ao impulso do pessimismo, da frustração e da naturalização.
O que se percebe na presente narrativa é um imenso potencial a ser descoberto, explorado por meio de projetos estéticos, novos e específicos. Esta descoberta, estudo e trabalho de pesquisa  dependem de um projeto, de uma vontade autônoma e da circulação continuada interna. Circulação interna de valores regionais e que gradativamente se expandem ao modelo dos serviços das churrascarias gaúchas assimiladas nacional e internacionalmente[1]. Aos bens simbólicos do Rio Grande do Sul serve o aforismo de Leon Tolstoi “cante a tua aldeia, se queres ser universal”. Porém este trabalho de PESQUISA ESTÉTICA, estudo e descobertas não se resumem numa ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA e muito menos em eventos pontuais. É uma tarefa por tempo indeterminado. Tarefa na qual se empenham e conjugam sucessivas gerações de artistas pesquisadores. Artistas pesquisadores autênticos seguidos, de perto, pelos seus cronistas, museólogos, arquivistas e preservacionistas. Profissionais qualificados que permitem que a ARTE do RIO GRANDE do SUL atinja, em conjunto, o nível de uma História consolidada e reversível para o tempo das fontes sociais e locais.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

AGUILAR, Nelson. 4a Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais de Mercosul, 2003    432 p. 272 il

BRITES, Blanca et alii – 100 anos de Artes Plásticas no Instituto de Artes da UFRGS, três ensaios. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012 264 p. il ISBN 978-85-386-0180-7

CHARTIER,  Roger.   Au bord de la falaise:  l´histoire entre certitudes et inquiétude. Paris: Albin Michel, 1998.  293p.

LAGEMANN Eugênio et  BONI Flávia – Palácio Piratini -  Porto Alegre : IEL, 2010, 144 p. il, col

SOUZA Pedro Luiz Pereira de.  ESDI: biografia de uma ideia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996.  336p.

PETTINI Ana Luz e KRAWCZYK, Flávio -Pinacotecas ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA:  acervo artístico da Prefeitura de Porto Alegre - Porto Alegre : Pallotti,  2008, 216 p.il color

ROSA, Renato et  PRESSER, Décio .Dicionário das Artes Plásticas no Rio Grande do Sul.  
        (2a ed) Porto Alegre : Editora da Universidade/ UFRGS, 2000,  527 p.

ROSA, Renato et  alii .MAGLIANI A solidão do corpo. Porto Alegre : Pinacoteca Aldo Locatelli-Prefeitura de Porto Alegre   2013 , s/p. il col.

ZIELINSKY, Mônica -  Iberê Camargo- Catálogo raisonné-  volume 1 Gravuras São Paulo: Cosac Naify, 2006 504 pp. 692 ils - ISBN -85-7503-528-2-

FONTES NUMÉRICAS – DIGITAIS

ANAHY de las Misiones – Filme de Sérgio SILVA

ARTIGAS- “La Redota” Filme Uruguai 2011

ARTISTAS PLÁSTICOS do RIO GRANDE do SUL desde 2008

ATAQUES ÀS TORRES GEMEAS 11.09.2001

BIENAL do MERCOSUL a partir de 1997

BRICS

Casa de CULTURA MÁRIO QUINTANA inaugurada em 25.09.1990

CENTRO CULTURAL da ARTE CONTEMPORÂNEA  INHOTIM – MG a partir de 204

CRISE dos REFUGIADOS 2015

CRISE GREGA governo pede socorro à UINÂO EUROPEIA e FMI em 23.04.2010

ENARTE a partir de 1996 em Santa Cruz do Sul

DESIGN SUL-RIO-GRANDENSE Nelson PETZOLD recebe titulo de Professor Emérito da UFRGS em 13.11.2001

Escolas ARTES no RIO GRANDE do SUL e seus endereços em 2010 –

FUNDAÇÂO IBERÊ CAMARGO 1995

FUNDAÇÂO VERA CHAVES BARCELLOS (FVCB)  http://fvcb.com.br/?page_id=15

HELIO CUSTÓDIO FERVENZA convidado da Bienal de São PAULO (2012) VENEZA (2013)

IMAGEM COMO ALGO AUSENTE

MEMORIAL da AMERICA LATINA 18.03.1989

MUSEU de ARTE CONTEMPORÂNEA de NITEROI – RJ - 1996

MUSEU NACIONAL de BRASILIA prédio inaugurado em 15.12.2006

MUSEU OSCAR NIEMEYR 2002

OTTO GUERRA – Desenhos animados – SBORNIA lançado em 30.10.2014

PINACOTECA do ESTADO de SÂO PAULO - reforma do prédio - 1994-1996

PINACOTECA RUBEN BERTA com SEDE PRÓPRIA em 2013

Brasil - PLANO REAL em  27.02.1994

PRIMAVERA ÁRABE a partir de 18.12.2010 na Tunisia

PRIMEIRA INVASÂO do IRAQUE -  02.08.1990-28.02.1991

REGINA SILVEIRA EXPÕE na FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO abril maio 2011

REUNIFICAÇÂO ALEMÂ em 01.10.1990

SEGUNDA INVASÃO do IRAQUE 19.03.2003 – dez 2011

SÈRGIO NAPP diretor da CASA de CULTURA MARIO QUINTANA 1997-1998

TATUAGEM em PORTO ALEGRE

VARIG 1927 até 20.07.2006
https://pt.wikipedia.org/wiki/Varig_(1927–2006)

SÉRIE de  POSTAGENS ARTE no RIO GRANDE do SUL

[esta série desenvolve o tema “ARTE no RIO GRANDE do SUL” disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/his/his.html  ]


123 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 01
GUARDIÕES das  SEMENTES das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL

124 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 02
DIACRONIA e SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus ESTÁGIOS PRODUTIVOS.

125 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 03
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses

126 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 04
O projeto civilizatório jesuítico e a Contrarreforma no Rio Grande do Sul

127 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 05
Artes visuais afro--sul-rio-grandenses

128 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 06
O projeto iluminista contrapõe-se ao projeto da Contrarreforma no Rio Grande do Sul.

129 – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 07
A província sul-rio-grandense  diante do projeto imperial brasileiro

130 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 08
A arte no Rio Grande do Sul diante de projeto republicano

131 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 09
Dos primórdios do ILBA-RS e  a sua Escola de Artes até a Revolução de  1930

132 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 10
A ARTE no RIO GRANDE do SUL  entre 1930 e 1945
133 – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 11
O  projeto da democratização da arte após 1945.

134  – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 12
A ARTE e a ARQUITETURA em AUTONOMIA no RIO GRANDE do SUL
135  – ARTE no RIO GRANDE do SUL - 13
A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1970 e 2000

136  – ARTE no RIO GRANDE do SUL – 14
A ARTE no RIO GRANDE do SUL entre 1985 e 2015

121 - ESTUDOS de ARTE 018.
DUCHAMP a GUISA de CONCLUSÃO: “O ENTE no SER ARTISTA”.

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