terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

227 – ESTUDOS de ARTE

ESCOLAS de ARTES e OFÍCIOS em PORTO ALEGRE (panorâmica).
SUMÁRIO
1 –  ARTES e OFÍCIOS: hipótese, conceitos e preconceitos  ..2 –  Os movimentos das ESCOLAS de ARTES e OFICIOS no PLANO MUNDIAL     .3 – Os movimentos das ESCOLAS de ARTES e OFICIOS no BRASIL .. 4 – O RIO GRANDE do SUL. .. 5 – ARTES e OFÍCIOS nas MISSÔES.  6 – OFICINAS e APRENDIZES  .....7 modelo da ESCOLA dos MENINOS do TREM no RIO GRANDE do SUL. .....8 O INSTITUTO PAROBÉ. 9 – – O PÃO dos POBRES ..........10 CURSOS TÉCNICOS do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL– .......11 ESCOLA ERNESTO DORNELLES - 12  – PEQUENO OPERÁRIO e  ESCOLA TÉCNICA SANTO INÁCIO  ...13 –  SENAC e SENAI..  14  –FALTA EMPREGO mas NÂO FALTA TRABALHO. ...........FONTES BIBLIOGRÁFICAS relativas .........FONTES BIBLIOGRÁFICAS TEÓRICAS CITADAS.......FONTES NUMÉRICAS  DIGITAIS.....
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Cabeçalho de nota  de venda 1915 do Instituto Técnico Profissional da Escola de Engenharia de Porto Alegre - Desenho de GiuseppiGAUDENZI
Fig. 01–  O Instituto Técnico Profissional (futuro Instituto Parobé)  foi uma iniciativa da Escola de Engenharia de Porto Alegre entre os demais 11 instituto dos quais era mantenedora.  Este INSTITUTO é um índice temporário  dos acertos das interações da SOCIEDADE CIVIL no campo das ARTES e OFÌCIOS. O caráter do INSTITUTO PAROBÈ foi radicalmente alterado quando a ESCOLA de ENGENHARIA foi compelida a se unir com a PRIMEIRA UNIVERSIDADE do RIO GRANDE do SUL. Universidade que condicionou o ingresso superior ao vestibular acadêmico. Antes o INSTITUTO PAROBÈ era um degrau para o INGRESSO num CURSO SUPERIOR mantido pela ESCOLA de ENGENHARIA ,  sem a necessidade  outras formalidades[1].   

1 –  ARTES e OFÍCIOS: hipótese, conceitos e preconceitos


O Brasil não possui técnicos em número suficiente e artífices qualificados a ponto de a nação poder acompanhar as exigências da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.
 Para elucidar esta hipótese basta acompanhar alguns conceitos e preconceitos vigentes no passado e com profundos reflexos no presente e com preocupantes perspectivas para o futuro brasileiro. A iniciar pelos conceitos e preconceitos relativas às ARTES e aos OFÍCIOS que, na sua prática,  corrompem e esvaziam qualquer projeto honesto e consequente de EDUCAÇÃO FORMAL nesta área. Inicia-se pelo falso conceito instalado no Brasil pela Pedantocracia do bacharelismo universitário. Pedantocracia do bacharelismo que perverte, combate e corrompe qualquer tentativa fora dos seus próprios quadros mentais. Quadros mentais que impõem, que condicionam, não admitem e até proíbem pensar tornar efetivas e reproduzir instituições de ARTES e OFÍCIOS. Quem consegue fugir destes quadros mentais prepotentes, se libertar deles, pode percorrer a história recente, se deter e  examinar as ruinas destas tentativas em Porto Alegre. Ruinas provocadas pelo tabu - carinhosamente cultivado - de um homem distinto, ou uma mulher digna, trabalhar com as mãos. No processo ENSINO-APRENDIZAGEM basta a suspeita de que qualquer CURSO oferecido, não conferir um título de “DOUTOR”, para ser mal visto, contornado e ser condenado morrer na inanição ignominiosa. 



[1] SILVA, Pery Pinto da et  SOARES, Mozart Pereira. Memória da Universidade Federal   do   Rio Grande do Sul (1934-1964). Porto Alegre:  UFRGS,   1992.  234p.
Fig. 02–  A TÉCNICA em INFORMÀTICA como todas as novas tecnologias e ferramentas inéditas produz mitos, suas desilusões e pesados tributos de TEMPO, de GASTOS e até VÌTIMAS FATAIS  
.   O ingresso da TÈCNICA da INFORMATICA no campo do DESIGN de um lado carrega consigo todas as conquistas das etapas anteriores e as torna rotina, memória a acelera o TEMPO. Contra isto as mentalidades, a gramática e hábitos dos usuários estão diante de uma nova lógica e novo modo de agir. Este modo de agir taz uma nova ética tanto da mão de obra como daqueles que contrata um TÈCNICO em IFORMÁTICA

 É possível argumentar, no contraditório, que as ARTES e os OFÍCIOS estão colocando as condições para a ação dos Técnicos em Informática (TI). Condições que resultam  da gradativa obsolescências do ARTESANATO e  da própria ERA INDUSTRIAL. No entanto esta profissão, Técnico em Informática, possui, na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, salários achatados e nada comparáveis com os titulados “DOUTORES” do “ENSINO SUPERIOR”. Assim estão redivivos os fantasmas da ESCRAVIDÃO, do COLONIALISMO e do BACHARELISMO.  Os DONOS do PODER usam subtilmente  as suas armas  bloqueando mentes e compelindo Técnicos em Informática  a se submeterem a estas condições como refúgios “AMIGÁVEIS”[1]. Assim a INSTITUIÇÃO ESCOLAR, os DOCENTES e os DISCENTES confundem PROFISSIONALIZAÇÃO, TREINAMENTO e FORMAÇÂO. 
Esta confusão BLOQUEIA as mentes presas aos paradigmas da ESCOLA FORMAL por meio de uma FORMAÇÃO PERVERTIDA e OBSOLETA. Por efeito deste bloqueio constante e subliminar, esta ESCOLA é incapaz de explicitar e formular um CONTRATO DIGNO e SUSTENTÁVEL  por meio de PROJETO COERENTE com o MUNDO do TRABALHO REAL da  PROFISSIONALIZAÇÃO.  No seu lugar oferece  TREINAMENTO para um passado remoto e para culturas de outras TERRAS e SOCIEDADES.
Na presente postagem examinam-se algumas instituições nas quais existem, no presente, maiores evidências, documentos e a continuidade de um ideal de ESCOLAS de ARTES e OFÍCIOS.

Em cada uma  destas INSTITUIÇÕES é possível descobrir, e ler uniformes  os sinais das condições e das circunstâncias educacionais legais e sociais, de TODA uma PANORÂMICA GERAL da educação, da  cultura e da legislação relativa ao conjunto destas ESCOLAS BRASILEIRAS de ARTES e OFÍCIOS.

2 –  Os movimentos das ESCOLAS de ARTES e OFÍCIOS no PLANO MUNDIAL

 A presente narrativa  tenta chegar ao limite de um foco superficial e um percurso rápido pelas instituições de ARTES e OFÍCIOS de PORTO ALEGRE. Limite imposto devido as dimensões gigantescas deste problema.  Cada uma destas instituições merece uma pesquisa, documentação e uma tese específica nos quais ainda é possível encontrar alguns traços fugidios deste projeto. Prossegue-se esta postagem com uma PANORÂMICA INTELECTUAL da qual é necessário desembarcar para EXPERIMENTAR e ESTUDAR o MUNDO EMPÍRICO
Entre os seus traços fugidios do histórico das ARTES e dos OFICIOS, não é possível negar a existência de índices provenientes da memória das guildas medievais. Guildas com rígida regulamentação governamental, religiosa, contratos, suas hierarquias internas e os cargos antecipam os sindicatos da ERA INDUSTRIAL. Muitas destas guildas perderam ou mudaram o seu objeto profissional imediato, mas constituem os seus suportes simbólicos como as ordens religiosas e maçonaria. O Brasil e Porto Alegre muito devem a estas instituições, mesmo no terreno das ARTES e dos OFÍCIOS.
A ENCICLOPÉDIA FRANCESA tornou públicos muitos dos segredos dos OFICIOS passados sigilosamente - de geração em geração - pelas guildas medievais. Esta publicação indiscriminada - comandada pelo ILUMINISMO - permitiu, a qualquer um, seu ensino e prática. Para tanto criaram estabelecimentos regidos pelas primeiras normas da emergente era industrial. Mudava-se do artesanato para a linha de montagem em série. Esta produção deu ênfase ao DESIGN de PRODUTOS a serem confeccionados em série por meio de máquinas, motores e forças naturais e não mais humanas ou animais. 
A Inglaterra tentou treinar os operários destas fábricas. Um dos movimentos mais conhecidos foi o “ARTS and CRAFTS”[2] liderado por William MORRIS[3]. Na Alemanha o "WERKBUND" foi a resposta, a este movimento britânico. 
O “DEUTSCHER WERKBUND”[4] está na base da  BAUHAUS. Este movimento aconteceu antes e após a hegemonia do nazismo. O movimento pós-guerra fixou-se a “ESCOLA de ULM” com subsídios do Plano Marshal.  Esta experiência entrou em contradições e conflitos internos e que Almir MAVIGNER resumiu na afirmação de que os “PSICOLOGOS CHEGARAM TARDE” quando esta formação acadêmica superior ocupou os prédios construídos para a 2ª BAUHAUS no campus de Universidade de ULM. Hoje subsiste em BERLIM um bem montado arquivo desta ESCOLA de ARTES e OFICÍOS ALEMÃ. Cabe ressaltar que nem a “ART and CRAFTS” e nem a “BAUHAUS” tinha aspirações SUPERIORES ou acadêmicas ao molde do quem pretende ostentar DIPLOMAS UNIVESRSITÁROS  no Brasil.

3 –  Os movimentos das ESCOLAS de ARTES e OFÍCIOS no BRASIL

Na carta de Le BRETON ao CONDE da BARCA, destinada a Rei DOM JOÃO VI, se recomenda:
professores de uma dupla escola das artes do desenho bastarão para todo o ensino dessas ates, e mesmo de suas aplicações aos ofícios. Mas é essencial que se determine bem o emprego de cada um, e não se deixe ao patronato, desprovido de luzes, nem às pretensões pessoais dos artistas, a possibilidade de intervir ou enfraquecer a ordem do ensino pela invasão de qualquer Professor medíocre ou não clássico, pois a escola, desde o início, germes de fraqueza e de torpor que não tardariam a prejudicá-la”.
Não adiantou esta recomendação, pois triunfou - não só o bacharelismo - mas a transformação destas instituições em refúgios e depósitos de cargos burocráticos. As ARTES e os OFICIOS da MISSÂO ARTÍSTICA FRANCESA não se sustentaram, no mundo prático, dominado por um projeto equivocado, genérico e disfuncional. Muito menos se reproduziram por tempo indeterminado.
Examinam-se, preliminarmente, TRÊS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS cujos VESTÍGIOS continuam, nos dias atuais e cujos projetos se origem nas ARTES e OFÍCIOS.

Fig. 03–  Na imagem os prédios da Sociedade Propagadora das Bellas-Artes mantenedora do  Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.   O idealizador da  mantenedora e o projeto destes prédio são de Francisco Joaquin Betthencourt da Silva formado em arquitetura na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA).  Este Liceu de ARTES e OFÌCIOS INSTITUTO e sua mantenedora continuam em 2018 

ESCOLA de ARTES e OFÍCIOS do RIO de JANEIRO

A capital imperial brasileira recebeu, em 1816, um denso contingente de artesões e artistas que integravam a Missão Artística Frances. Joaquim LE BRETON, chefe da Missão e Secretário Perpétuo do ‘Institut de France’ – planejava criar uma ESCOLA de ARTES e OFICIOS ao lado de uma Escola Superior de Artes. Vingou só um raquítico e frágil  CURSO SUPERIOR ACADÊMICO, logo absorvido e loteado pela burocracia. Os altamente qualificados profissionais franceses das Artes e Ofícios, sentiram-se sem sentido objetivo numa cultura sem indústria, proibida no Brasil em 05 de janeiro de 1785 pelo Alvará de Dona Maria I[1] e cujas consequências se faziam sentir entre potencias candidatos. Estes além de analfabetos eram escravos enquanto eventuais livres sentiam-se constrangido pelo tabu de trabalhar com as suas mãos. 
   O projeto do LICEU de ARTES e OFÍCIOS ganhou corpo, só em  23 de novembro de 1856[2],  pela iniciativa do arquiteto Francisco Joaquin Betthencourt da Silva diplomado e graduado pela Academia Imperial de Belas Artes. Esta iniciativa continua ativa ainda em 2018.
A evidente fragilidade do PROJETO CIVILIZATÓRIO[3] compensador da violência destas duas instituições continua TRUNCADO e sem PEDESTAL não só pela falta de verbas. Também está TRUNCADO pela indiferença de quem deveria se beneficiar dele como PEDESTAL de ASCENÇÃO SOCIAL, CULTURAL e ECONÔMICO. Continua TRUNCADO e sem PEDESTAL pelo alto índice de barbárie e corrupção em todos os níveis, não só vigente no Rio de Janeiro atual, como ativo e corrosivo em toda nação brasileira do início do século XXI.



[2] Histórico do Liceu de artes e Ofícios do Rio de Janeiro  http://www.liceudearteseoficios.com.br/pagina-exemplo/

[3] MARQUES dos SANTOS, Afonso Carlos «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto   Civilizatório do Império»  in  180 anos de Escola de Belas Artes Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.
Fig. 04–  A criação do LICEU de ARTES e OFÍCIOS da capital paulista foi motivada e sustentada pela crescente liderança industrial, econômica e urbanística de São Paulo. Para manter autóctone  a formação de mão de obra que tinha colocação profissional imediata ao lado de levas de profissionais vindos do mundo inteiro. Esta SOCIEDADE CIVIL  das ARTES e OFÌCIOS mantem-se ativa também 2018

O LICEU de ARTES e OFÍCIOS de SÃO PAULO[1] ganhou visibilidade e corpo institucional na época de Francisco Paula RAMOS de AZEVEDO. Época da construção dos prédios icônicos de São Paulo como a catedral gótica e da própria sede do Liceu e que abriga no presente a Pinacoteca de São Paulo[2].



[1] LICEU de ARTES e OFÍCIOS de S. Paulo: missão de excelência [org. Margarida Cintra Gordinho]. São Paulo: Marca D’Água. 2000, 119 p

[2] - Relação do Liceu de Artes e Ofício com a Pinacoteca de São Paulo https://globoplay.globo.com/v/5716240/

Fig. 05 –  Na metade do século XX o Rio de Janeiro teve um projeto nos moldes da BAUHAUS original e da sua continuidade em ULM. Sediada numa antigo construção industrial na rua Evaristo da Veiga..  Esta instituição foi designada de Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) Ela surgiu no apogeu do projeto de industrialização do Brasil e da substituição dos manufaturados. Na medida em que companhias internacionais entraram no Brasil elas preferiam manter nas suas matrizes os seus projetos e o DESIGN de sua produção e e mão de obra barata em países periféricos e dependentes, Hoje a ESDI é uma unidade as Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ) e tutando com dificuldades sem fim.

 A trajetória da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI)[1] do Rio de Janeiro[2] é possível acompanhar na narrativa de Pedro Luiz Pereira de SOUZA[3], cuja leitura se recomenda vivamente. Recomenda-se pelo brilhante síntese que oferece da evolução do tema das ARTES OFÍCIOS no Rio de Janeiro e com reflexos em todo território brasileiro
Nestas três instituições e nas outras,  a examinar,  ainda é válida a sentença de que “NÃO EXISTE NADA na INTELIGÊNCIA que NÃO TENHA PASSADO pelos SENTIDOS HUMANOS”.  Certamente o é também para as ARTES e dos OFÍCIOS. Se por acaso qualquer método “milagroso”  e qualquer conteúdo conseguem driblar a barreira desta inteligência vazia este conteúdo é imediatamente eliminado da memória como inconsequente, autoritário ou obsoleto. Ao examinar a mecânica e a logística destes métodos improvisados e “milagrosos” percebe-se que são meros embustes visuais, editados subliminarmente. Embustes  esquecidos tão rapidamente no meio da mesma proporção da VIOLÊNCIA dos seus MÉTODOS DEMIURGICOS ABSURDOS e pelas suas TÉCNICAS invasivas.
MÉTODOS ABSURDOS e TÉCNICAS invasivas que escancaram as portas da ESCOLA BRASILEIRA para a mítica Pedantocracia[4] acadêmica. Esta Pedantocracia acadêmica preteriu as ARTES e OFÍCIOS para um canto obscuro da instituição escolar se não a colocou no container do entulho posto no olho da rua.  Este desmonte é visível na falta, no currículo das atuais escolas, de qualquer  traço dos TRABALHOS MANUAIS, do DESENHO GEOMÉTRICO, do CANTO ORFEÔNICO e do TEATRO ESCOLAR. O recado é claro: “o BRASIL PRECISA é de DOUTORES, POLÍTICOS, RÁBULAS e HABEIS COMERCIANTES”. Assim, a capacidade BRASILEIRA de solucionar com as próprias mãos e mentes toda PRODUÇÃO NACIONAL, tornou-se servil e gerou trabalho dependente. Com esta dependência passa para segundo plano o FORTALECIMENTO da CRIATIVIDADE e da INTELIGÊNCIA BRASILEIRA. Com esta dependência a nação está apta a ser presa fácil da SERVIDÃO abjeta e do COLONIALISMO comandado primeiro aventureiro.
Um aparente contraditório permite a existência e a atuação de docentes desqualificados nos TRABALHOS MANUAIS, DESENHO GEOMÉTRICO, CANTO ORFEÔNICO e TEATRO ESCOLAR. Estes paliativos e panaceias são piores do que as improvisações, a falta de recursos e a pura imposição autoritária da LEI pela LEI. Estes paliativos e panaceias aconteceram recentemente na FILOSOFIA posta no currículo obrigatório escolar. O ATO FORMAL e LEGAL  virou meio de inculcação ideológica ou simples improvisação e “laissez-faire”.
Esta questão, vista de mais perto e na intimidade do exercício do magistério, e, em especial, o dito SUPERIOR permite chegar a conclusão de que poucos profissionais de sala de aula, realizaram efetivamente a sua formação em toda a extensão. Apresentam sintomas de natureza e as consequências de licenciaturas apressadas e cursadas para “inglês ver”. Não é possível esperar muito destes profissionais quando se somam com seus salários aviltantes e a falta de apoio efetivo da comunidade escolar.
Somando o horror ao trabalho com as mãos, as reais deficiências estruturais, econômicas e políticas a ESCOLA de ARTES OFÍCIOS não passa de um fogo de palha e sem consequência pratica. A maioria das pretendentes à mantenedor, docentes e potenciais candidatos recua do peso dos trabalhos, investimentos e as renúncias que a sua natureza exige. A maioria daqueles que administram,  ou se submetem esta formação, chega a conclusão que  não compensam os  eventuais benefícios técnicos, econômicos e sociais.  
Falam alto e bom som as ruínas destas tentativas em Porto Alegre e são índices do tabu de um homem  ou uma mulher  trabalhar com as mãos. E outro lado representam bolsos, interesse e gargantas que consumiram projetos, boa vontade, verbas e tempo da comunidade e do erário do poder público.
4 – O RIO GRANDE do SUL.
O atual território do Rio Grande dos Sul recebeu os rudimentos de experimentos das ARTES e OFÍCIOS entre os SETE POVOS das MISSÕES JESUÍTICAS e cujos vestígios são muito imprecisos e em ruínas.
Na época do regime imperial, e do governo do Duque de Caxias, houve, em Porto Alegre, tentativas de ensino público de OFÍCIOS. A instituição ganhou forma em 1847. Seguia o modelo da "ESCOLA dos MENINOS do TREM" implantada já  em Pernambuco no ano de 1817 e vinculada  ao Arsenal da Marinha da Corte. 
Após o Regime Republicano - e em plena vigência da ERA INDUSTRIAL - surgiram tentativas esparsas nas cidades mais populosas do Rio Grande do Sul e com alguma proximidade com o modelo de Liceu de ARTES e OFICIOS.


[1] SOUZA, Pedro Luiz Pereira de.  ESDI: biografia de uma ideia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996.  336p.

[3] Pedro Luiz Pereira de Souza – Neto do presidente  Washinton LUIS Paulista de Araraquara, em 1968  optou pelo Rio de Janeiro. Formou-se em Desenho Industrial pela ESDI, Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde ensina desde 1972. Ainda estudante trabalhou com o designer Karl Heinz Bergmiller, iniciando uma colaboração que dura até hoje. De 1972 até 1986 integrou o IDI/MAM, Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1977 passou a coordenador associado do IDI/MAM, juntamente com Bergmiller. Nesse período participou do desenvolvimento de pesquisas e projetos para o Ministério da Indústria e do Comércio e para o Ministério da Educação e Cultura, entre eles o Manual para planejamento de embalagens e Móvel escolar, Móvel pré-escolar e Móvel para escolas da zona rural do Nordeste. Trabalhou para diversas empresas privadas em projetos de produto, particularmente na área de mobiliário e interiores. Entre essas empresas encontram-se a Brasilpar, Unibanco, Brazil-Warrant e Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração. Em 1980 foi convidado para estruturar uma nova escola de design, a Faculdade de Desenho Industrial Silva e Souza, dirigindo-a de 1981 até 1986. Retornou à ESDI, sendo eleito seu diretor em 1988, por unanimidade, cargo exercido até 1992. Continua exercendo o ensino na ESDI como professor de projeto de produto. Há 25 anos realiza trabalhos de pesquisa e reflexão teórica sobre design, tendo publicado diversos trabalhos e artigos. O mais recente é o livro ESDI: Biografia de uma Idéia.        Ricardo Ohtake

[4] “PEDANTOCRACIA”  era um termo pejorativo que os POSITVISTAS atribuíam às tentativas de instalar a UNIVERSIDADE no BRASIL de cima para baixo e por via legal
Fig. 06–  O indígena das Reduções Jesuíticas estavam sob a integral dependência da estética Companhia de Jesus.  Submetidos ao TREINAMENTO FORMAL, COMPULSÒRIO e com PARADIMA ÚNICO estes indígenas se desfizeram desta carga simbólica e laboriosa quando se perceberam na autonomia. O seu atual artesanato perdeu toda a função prática para eles mesmos e para o se mundo externo

5 – ARTES e OFÍCIOS nas MISSÕES
O atual território do Rio Grande dos Sul recebeu os rudimentos de experimentos esparsos  das ARTES e OFÍCIOS entre os SETE POVOS das MISSÕES JESUÍTICAS[1]. Estas MISSÕES eram orientadas a partir da erudição proveniente  UNIVERSIDADE de CORDOBA da Argentina criada em 1631[2]
Seguiam as linhas gerais dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS de seu fundador Santo Inácio. Este insistia na necessidade de preencher o espaço dos CINCO SENTIDOS HUMANOS[3] e para cuja necessidade contribuíam poderosamente os produtos das ARTES e dos OFÍCIOS
Formou-se uma barreira legal e prática quando se instalou o conflito entre JESUITAS e FRANCISCANOS - que assumiram o CLAUSTRO da UNIVERSIDADE de CÓRDOBA - somado à intervenção dos reis ibéricos e do PAPA. Assim as ARTES e OFÍCIOS - entre os SETE POVOS das MISSÕES JESUÍTICAS - perderam qualquer potencial conteúdo e foram imediatamente eliminados da memória como paradigma inconsequente, autoritário e obsoleto.
Persistem vestígios mortos, do projeto das ARTES e OFÍCIOS, praticados por INDÍGENAS do passado e que se encontram em ruinas ou estão espalhados por diversos museus[4], igrejas ou de posse de particulares. A pessoa do indígena -  abandonado à sua própria sorte e sem o seu suporte institucional -  não teve continuidade. Apesar de alfabetizado, nas MISSÔES, retornou à sua condição anterior. Não continuou a cultivar as ARTES e OFÍCIO e  nem deixou discípulos e mestres qualificados daquilo que aprendera nas suas Reduções.


[3] Ignácio de LOYOLA (1491-1556)  EXERCÌCIOS ESPIRITUAIS[3] ( 1ª impressão em 1548) 5ª contemplação – Aforismos 121 até 125 http://pt.scribd.com/doc/17711972/Exercicios-Espirituais-de-Santo-Ignacio-de-Loyola-1491-1556

[4] SPINELLI, Teniza Esculturas missioneiras em museus do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Evangraf, 2008 105 p.

OFICINA de JACOB ALOYS FRIDERICH in SILVA - SOGIPA 130 anos 1997[1] 
Fig. 07–  O tradicional caminho par o ingresso no mundo das ARTES e OFÌCIOS era alguém se associar como aprendiz, entre os mestres. do oficio .Eram as oficinas ao modelo dos canteiros de obras das construções das catedrais e palácios. Estes migravam de cidade em cidade e de país em pais. Assim Porto Alegre acolheu muitos destes mestres nas oficinas que construíram obras representativas da capital do Rio Grande do Sul. Alfaiates, sapateiros, marceneiros funileiros seguia este mesmo paradigma de aprendizagem junto com algum mestre consagrado

6 – OFICINAS e APRENDIZEM
Vários técnicos, com alta qualificação profissional, trouxeram experiências profissionais relativas às ARTES e OFÍCIOS para Porto Alegre[2]. Entre eles é possível citar o mestre João GRÜNEWALD (1832-1910)[3] com formação no canteiro de obras da Catedral de Colônia na Alemanha. Vários deles formaram ajudantes ou atuaram em oficinas como aquela mantida por Jacob Aloys FRIEDERICHS (18680-1950) estudados em minúcias por Arnoldo Walter DOBERSTEIN[4]  O artista plástico Fernando SCHLATTER[5] pode ser incluído entre estes técnicos tanto pelo sue alto nível profissional e pela forma como comunicava os seus conhecimentos das ARTES e OFÍCIOS.



[1] SILVA, Hiake Roselane Kleber da. SOGIPA : uma trajetória de 130 anos. Porto Alegre : SOGIPA, 1997, 100

[2] Ver WEIMER Günter Arquitetos e Construtores no Rio Grande do Sul 1892-1945 Santa Maria: Editora UFSM, 2004 207 p.

[3] Página do FACE BOOK do MESTRE JOÃO GRÜNEWALD

[4] DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Porto Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia.Porto Alegre : Secretaria Municipal de Cultura, 1992, 102 p. il.
____________.  Porto Alegre(1898-1920): estatuária fachadista e  monumental, ideologia e sociedade. Porto Alegre : PUC-IFCH, 1988, Dissert 208 f..
_____________. Rio Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre : PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999, Tese 377 f

Fig. 08–  O Liceu Leão XIII, da cidade portuária de Rio Grande, foi criado no início do século XX pela  instituição salesiana. Na foto do ano de 1927 são visíveis tanto a padronização taylorista do trabalho em linha como também traços do trabalho artesanal infantil em equipamentos de marcenaria tradicionais e com máquinas primitivas.  Este Liceu fazia parte de uma rede mundial mantida pela ordem fundada na Itália por Dom Bosco. 

7O modelo da ESCOLA dos MENINOS do TREM no RIO GRANDE do SUL.

Houve tentativas de ensino público de OFÍCIOS no governo do Duque de Caxias, em Porto Alegre. Conforme registra a pesquisadora Regia PORTELA SCHNEIDER (1993, pp.94-95)[1]  tratava-se mais uma espécie de guilda de crianças. Estas, amparadas pela caridade popular e o erário público, que, após as práticas religiosas, se deslocavam pela capital para prestar serviços que eventualmente incluíam ARTES e OFÍCIOS. A instituição ganhou forma em 1847. Seguia o modelo da ESCOLA dos MENINOS do TREM implantada em Pernambuco. 
Após o Regime Republicano o ambiente marinho da cidade portuária de Rio Grande recebeu um Liceu de ARTES e OFICIOS dirigidos por salesianos. Esta ordem teve a sua origem e lógica na vigência da ERA INDUSTRIAL para quem pretendia preparar mão de obra qualificada. Em Porto Alegre implantou e dirigiu a CASA do PEQUENO OPERÁROP, como se verá adiante



[1] SCHNEIDER, Regina Portela – A Instrução Pública no Rio Grande do Sul (1770-1889) Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS/ EST Edições 1993, 496 p
Fig. 09–  O Instituto Técnico Profissional (futuro Instituto Parobé)  foi uma iniciativa da Escola de Engenharia de Porto Alegre entre os demais 11 instituto das quais era mantenedora.  Este INSTITUTO é um índice temporário  dos acertos das interações da SOCIEDADE CIVIL no campo das ARTES e OFÌCIOS. A Escola de Engenharia de Porto Alegre mantinha um INSTITUTO FEMININO paras as atividades apropriadas ao gênero

8 - O INSTITUTO PAROBÉ[1]

A ESCOLA de ENGENHARIA de PORTO ALEGRE  se inspirou, na sua origem, no paradigma das LAND SCHOOL'S[2] norte-americanas contrariando as tendências francesas dominantes, no início do século XX em Porto Alegre. Estas escolas remontam à época da Independência dos Estados Unidos e sua origem e criação ainda estão na lógica da ERA AGRICOLA. Com a era Industrial mantinham empresas e com a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL são acionistas de Bancos. 
No Brasil estas fundações de escolas com recurso próprios foi proibido em 1560[3]. No âmbito do Regime republicano Brasileiro a ESCOLA de ENGENHARIA de PORTO ALEGRE tentou contornar este tabu. Assim criou 11 institutos recebendo terras, terrenos e ergueu prédios[4] para a sua própria sustentação econômica. 
Entre estes 11 Institutos estava um destinado às ARTES e OFÍCIOS dos meninos[5] inicialmente denominado de INSTITUTO TÉCNICO PROFISSIONAL da ESCOLA de ENGENHARIA de PORTO ALEGRE, depois abreviado para INSTITUTO PAROBÉ. O outro era destinado para as meninas que passou a denominar INSTITUTO de EDUAÇÃO DOMÉSTICA e RURAL[6].
Os artistas João FAHRION (1898-1970) e depois João FARIA VIANNA (1915-1975) estudaram no Instituto Parobé sob a orientação de Giuseppe GAUDENZI (1875-1966). Este foi contratado, na Itália, em 1909, sob a indicação de Pedro WEINGÄRTNER ( 1853-1929).
Nas oficinas gráficas do Instituto Parobé foi composta e impressa a Revista MADRUGADA entre outras publicações. Muitos dos seus formandos atuaram em diversas gráficas de alta qualidade de Porto Alegre.
 este conjunto de 11 institutos evoluiu para UNIVERSIDADE TÉCNICA de PORTO ALEGRE com a adoção do Decreto nº 19.582, de 11 de abril de 1931. Nesta migração foi seguida pela Escola de Medicina transformada em UNIVERSIDADE de MEDICINA. no entanto, ambas UNIVERSIDADES recuaram para se integrar na UNIVERSIDADE do PORTO ALEGRE (UPA)a partir de 1934.
Este recuo significou a perda da sua autonomia administrativa e a transferência das suas ESCOLAS TÉCNICAS e ARTES e OFÍCIOS para o âmbito do governo do Estado do Rio Grande dos Sul no qual permanecem até os dias atuais com paradigmas bem distantes de sua origem 
Os próprios norte-americanos evoluíram na admissão de outros métodos nas escolas que eles denominam de COUNTRY SCHOOL'S[7]



[3] SOUZA CAMPOS, Ernesto. Educação Superior no Brasil: esboço de um quadro         histórico de 1549-1939. Rio de Janeiro: Ministério de Educação, 1940. 611p.

[4] SILVA, Pery Pinto da et  SOARES, Mozart Pereira. Memória da Universidade Federal   do   Rio Grande do Sul (1934-1964). Porto Alegre:  UFRGS,   1992.  234p.

[6] INSTITUTO de EDUCAÇÂO DOMÈSTICA e RURAL da Escola de Engenharia

Fig. 10–  O Orfanato do Pão dos Pobres originalmente foi constituído para os órfãos  de pais que serviram e pereceram na Guerra do Paraguai. O arquiteto Joseph LUTZENBERGER (1882-1951) não só projeto o prédio principal, mas são dele os diversos prédios das oficinas que sediavam o LICEU de ARTES e OFÌCIOS LUIZ PAMEIRO  (foto). O interno optava por uma das diversas profissões com os respectivos pavilhões equipados tanto para a aprendizagem de ARTES e OFICIOS como para o exercício da profissão preferencial que ele exercia após a sua aprovação

9 – O PÃO dos POBRES.

O LICEU de ARTES e OFÍCIOS LUIZ PALMEIRO foi criado no âmbito e nas competências da administração do ORFANATO PÃO dos POBRES de Porto Alegre.
 Oficinas voltadas para a aprendizagem da serralheria, da marcenaria, da tipografia, encadernação e da mecânica de veículos era efetivamente tocada por mestres contratados em todas estas áreas. Os internos além da alimentação, hospedagem e vestuário recebiam a aprendizagem da escola tradicional. 
Nas aulas práticas cada um deles se dirigia para a oficina na qual planejava se profissionalizar e recebia as instruções dos mestres de cada um destes OFÍCIOS. Estes OFÍCIOS estavam muito próximo das ARTES com serralheria, na marcenaria e tipografia.
Muitos internos saiam aptos  para montar as suas próprias oficinas ou serem profissionais qualificados em empresas destes ramos.

Fig. 11 –  A Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul foi criada, no ano de 1910, em Porto Alegre. O projeto original previa uma rede destas escolas pelas cidades mais importantes do Estado. Na foto o atelier da Escola de Artes do ano de 1915 permite a pequena capacidade da sala para abrigar no máximo uma dúzia de estudantes.  Os modelos em gesso são provenientes d Instituto Técnico Profissional  Parobé..  Esta mesma sala era ocupada pelo CURSO NOTURNO frequentado por pessoas maiores e interessadas em ARTES PLÀSTICA. Os estudantes -  matriculado na Escola de Artes  - frequentavam escola tradicionais nos turnos inversos  ARTES e OFÌCIOS.

10 - CURSOS TÉCNICOS do INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL.

Na história do INSTITUTO de ARTES da UFRGS ocorre a mesma surpresa e descrédito que o pesquisador CARDOSO DENIS encontrou na Academia Imperial de Belas Artes de BELAS ARTES[1]. Surpresa e descrédito evidenciam o tabu contra ARTES junto aos OFICIOS é tão grande e absurdo como admitir que TRABALHOS MANUAIS, DESENHO GEOMÉTRICO, CANTO ORFEÔNICO e TEATRO ESCOLAR estiveram já vez alguma juntos na escola básica e média no currículo obrigatório.
O INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL foi mantenedor do CONSERVATÓRIO e da ESCOLA de ARTES. O estudante ingressava no ensino FUNDAMENTAL passava pelo MÉDIO, e se quisesse ser professor, de MÚSICA ou de ARTES VISUAIS, ingressava no CURSO SUPERIOR.
A ESCOLA de ARTES abrigou cursos noturnos abertos ao público em geral e destinado especificamente ao ensino das ARTES VISUAIS e suas técnicas. Neles lecionaram Libindo FERRÁS (1677-1951), Augusto Luís de FREITAS (1863-1962) e Eugênio LATOUR (1874-1942). Entre seus estudantes estavam Sotero COSME (1905-1979) e José de FRANCESCO (1895-1967) que fizeram carreira, e se destacaram,  como artistas visuais.
Assim funcionou até o IBA-RS se candidatar como fundador da UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA). O primeiro passo foi se adequar ao Decreto 19.852 de 11.04.1931 que criava a Universidade Brasileira.
Mesmo nesta condição de Curso Superior reconhecido no plano federal[2]  incentivou e intensificou os seus CURSOS TÉCNICOS de ARTES PLÁSTICAS e de TÉCNICOS em ARQUITETURA[3]. Iberê CAMARGO (1914-1994) cursou e concluiu este curso técnico, enquanto a sua esposa Maria COUSIRAT CAMARGO (1916-2014) realizou e se diplomou no Curso Superior de Artes Plásticas.



[1] CARDOSO –DENIS Rafael «Academia Imperial de Belas Artes e o Ensino Técnico  – Escola Nacional  de Belas Artes» In. 180 anos de Escola de Belas Artes. Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro: EBA-UFRJ, 1997. Pp.181-196 .

[2] Em 20 de agosto de 1941 o Decr. Federal nº 7.197 “reconhece os cursos de Música e Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul  publicado no Diário Oficial em  07 de outubro de1941.

[3]  Estes cursos técnicos  funcionavam à noite como é possível conferir em O Livro nº II das atas do CTA. f. 42, na sessão de 30.10.1945, registra . “4) – Cursos Técnicos Noturnos: - para estes cursos, deverá o senhor diretor designar bancas...”

Escolinha de Artes de Novo HAMBURGO - Revista do Globo nº 861 p33 -  07-20 dez 1963 - Foto João VIEIRA
Fig. 12–  O movimento das ESCOLINHAS de ARTE surgiu durante a II GUERRA MUNDIAL quando as crianças foram retiradas de Londres e enviadas para cidades do interior. Sob a orientação de Herbert Read (1893-1961) praticavam artes nas condições possíveis. No ano de 1948 a ideia vingou no Brasil garças à iniciativa de Augusto Rodrigues[1]  Em Porto Alegre Iara RODRIGUES[2] de MATOS que est\giou na ESCOLINHA do Rio de Janeiro criou uma associação de ex alunos do IBA-RS com este mesmo objetivo.  A iniciativa encontrou eco onde estivesse um EX-ALUNO do IBA-RS. Inclusive deram origem à FEEVALE com a ação da Professora Maria Beatriz RAHDE e a origem da UNIVESIDADE de PASSO FUNDO graças a ação da ESCOLINHA de ARTES  orientada  Cecilia ZÍNGARO do AMARAL ambas graduadas e diplomadas pelo atual Instituto de Artes da UFRGS.

A década 1960 se afastou ainda mais das ARTES e OFICIOS e mergulhou, de cabeça, numa educação livresca e bacharelesca dita "SUPERIOR". Porém é necessário perguntar:
¿ Superior a que e a quem?
Na medida em que os SENTIDOS HUMANOS NÃO recebem atenção, cuidado e investimentos a INTELIGÊNCIA não possui condições de se sustentar em pé, Quando muito produzirá resultados inconsequentes, obsoletos e corrompidos que a mídia não cansa de evidenciar no cenário brasileiro e mundial.
O ser humano, na sua infância, possui tendências lúdicas, de experimentar e de apreender com os cinco sentidos. Impõe-se educar um corpo saudável destes cinco sentidos para poder contar com suporte de uma mente saudável.
As fases e as conexões entre as diversas idades não sofrem solução de continuidade numa EDUCAÇÃO PERMANENTE. Não possui idade o trabalho com as mãos, o desenvolvimento das capacidades motoras e o exercícios e a ampliação dos limites das acuidades sensoriais.
Constitui um atentado contra o ENTE HUMANO, no seu modo de SER, impor uma rígida hierarquia de patamares escolares  incomunicáveis e excludentes entre si. Hierarquia que adota um taylorismo de uma linha de montagem, disfarçada num currículo escolar ao modo da fábrica.
Fig. 13–  O prédio da atual Escola Técnica Senador Ernesto Dornelles recebeu este nome em 1947. Antes havia sido uma das primeiras escolas técnicas femininas do Brasil.  O seu edifício  foi projetado, em 1913, pelo arquiteto Affonso Herbert. A sua construção foi   iniciado em 1914 pelo engenheiro Manuel Itaqui e Roberto Roncolli sendo concluído em 1917. Na fachada duas colunas  de 13 metros de altura e as suas salas possuem um pé direito de 6,6 metros.  No campo das ARTES e OFÌCIOS manteve variados cursos técnicos, inclusive de formação de protéticos para a área médica.

11 - ESCOLA ERNESTO DORNELLES[1] 
e o seu contexto

Numa época a rígida separação da educação por gênero também se expressou no âmbito das ARTES e dos OFÍCIOS no Rio Grande do Sul.
A mulher açoriana do Rio Grande do Sul foi privada da educação e dos trabalhos manuais aprendidos em conventos femininos nas Ilhas dos Açores. Ali religiosas nascidas de nobres estirpes  cultivavam o que haviam aprendido e praticado em diversas cortes europeias. As mulheres açorianas, entregues, aos rudes afazeres de uma terra desconhecida e selvagem, foram privadas de contar com religiosas de nobres estirpes cujos conventos foram proibidos de migrar ao Brasil. 
 No lugar dos conventos surgiram no Rio Grande do Sul - no período ILUMINISTA português - escolas para as quais eram designados mestres. Eles apenas recebiam o cargo e o salário correspondente ao modelo militar. A montagem e os custos da manutenção destas escolas  corriam por  conta  do salário do cargo correspondente Diante disto a maioria - destes designados aos postos - preferia permanecer em Lisboa.  
Assim era impensável qualquer atividade escolar que fosse além de uma rudimentar alfabetização e as quatro operações matemáticas. Esta rara e rala formação escolar era associada ao preconceito de que “GAÚCHO NÃO TRABALHA com as MÃOS”, pois era “CAVALEIRO” e distinto do “PEÃO” que em Portugal não tinha acesso à montaria a não ser cuidar da alimentação, dos arreios e encilhamento do cavalo para o uso exclusivo do “CAVALEIRO”.

Fig. 14 –  Com as construções da vilas operárias no Quarto Distrito surgiu a ideia da “CASA do PEQUENO OPERÁRIO” destinada  aos filhos das famílias residentes nas imediações. Seguia o caminho do Liceu Leão XIII da cidade portuária de Rio Grande mantido pelos SALESIANOS de DOM BOSCO. Com a superação e obsolescência da ERA INDUSTRIAL o seu objetivo volta-se cada vez mais para a exigência da ÉPOCA-POS-INDUSTRIAL com as suas condicionantes numéricas digitais. Assim mantém um CURSO SUPERIOR dedicado à INFORMÀTICA. Sob a designação DOM BOSCO .

12  – PEQUENO OPERÁRIO e
ESCOLA TÉCNICA SANTO INÁCIO -

O antigo QUARTO DISTRITO foi o ponto geográfico de Porto Alegre com maior concentração industrial[1]. Anexo a este ponto geográfico  Estado Novo planejou e fez construir num bairro residencial do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários a VILA do IAPI[2]. Anexo a este projeto residencial a Ordem Salesiana planejou a CASA DO PEQUENO OPERÁRIO. Estava na linha institucional do Liceu Leão XIII da cidade de Rio Grande. Com o final da ERA INDUSTRIAL o Quarto Distrito perdeu a sua densidade de fábricas e a Vila do IAPI passou a ser mais um bairro da classe média. A CASA do PEQUENO OPERÀRIO não levou adiante o seu projeto industrial passando a abrigar a educação escolar convencional. No século XXI conservou uma Tipografia e abriu uma FACULDADE de Ensino Superior na qual mantem um Curso de Informática. 
Ainda num bairro do Quarto Distrito foi instalada  a ESCOLA TÉCNICA SANTO INÁCIO[3]. Decorrente das atividades dos CIRCULOS OPERÁRIOS ganhou forma institucional no ano de 1972. Nasceu direcionada para a formação de mão de obra e conhecimentos especializados para o mundo da Eletrônica[4]. Neste mundo continua a preparar Técnicos para atuar e suprir as necessidades da Época Pós-Industrial. Nasceu sob o alto patrocínio da mesma mantenedora da Universidade UNISINOS. Com o progressivo aperfeiçoamento do mundo da eletrônica e com as comunicações em rede deixou o espaço físico do QUARTO DISTRITO para se localizar, em grande área geográfica na zona urbana Sul de Porto Alegre.


[2] - VILA do IAPI orientações de conservação/ Organizador Luiz Antônio BOLCATO CUSTÓDIO [et al.] Porto Alegre: Letras & Vida Secretaria de Cultura de Porto Alegre: Coordenação de Memória Cultural 2014 106 p il  - ISBN 97-85-8448-000-5

[3] ESCOLA TÉCNICA SANTO INÁCIO -
[4]  Curso de Eletrônica d a  ESCOLA TÉCNICA SANTO INÁCIO

Fig. 15–  Os cursos do SENAI continua, a ter uma das suas sedes, oficinas e aulas  técnicas  profissionais localizadas no coração do Quarto Distrito  de Porto Alegre. A tradicional prática do ensino das ARTES e dos OFÌCIOS continua a ser exercida ali. A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL possui no seu DNA entender, absorver e melhorar o desempenho das máquinas e da linha de montagem da ERA INDUSTRIAL. Para realizar esta passagem necessita também técnicos competentes e atualizados em ambas as dimensões tecnológicas. .

13 –  SENAI e SENAC.

Os empresários da ERA INDUSTRIAL sempre sentiram o despreparo dos candidatos quando pretendiam contratar mão de obra qualificada parar agir tanto na INDÚSTRIA, na AGRICULTURA como no COMÉRCIO. Sujeitavam-se a longos e caros processos de treinamento de mão de obra. Os SERVIÇOS NACIONAIS da INDÚSTRIA e COMÉRCIO são mantenedores de INSTITUIÇÕES de ENSINO e de APRENDIZAGEM regulamentadas. No âmbito do SENAI e SENAC os mestres de ARTES e OFICIOS são tratados com o título de “instrutores”.
A INDÚSTRIA SIMBÓLICA do TURISMO percebe cada vez mais a NECESSIDADE de CONHECIMENTOS CULTURAIS e DE ARTE nas áreas dos SEVIÇOS. Em 2018 está na moda “o empreendedorismo em indústria criativa de internacionalização das Artes[1] que é pressentida, que, no entanto, poucos dominam os mecanismo e muito menos os conceitos adequados.
Repete-se a mesma sina de Joaquin LEBRETON. Convidam-se pensadores estrangeiros para expor o que eles dizem dominar para uma plateia deslumbrada com a novidade, com a língua e com retórica alheia. Na prática todo este pensamento é engavetado a “ESPERA de MELHORES DIAS”. Segue a sina do pensamento diretriz da Missão Artística francesa formulada e escrita no ano de 1816 teve de esperar alguém nascido e educado na Europa para redescobrir, traduzir e publicar o documento no ano de 1959[2]
 Do âmago desta questão brotam mentalidades mal contidas e dissimuladas que odeiam trabalhar com as suas próprias mãos. Aproveitam o ensejo da boa vontade de artistas e de artesãos para alugar ou explorar a mão alheia, apropriando-se de eventuais dividendos desta nova indústria criativa das Artes. 


Fig. 16–  A ESCOLA TECNICA e MEIO AMBIENTE de ESTÂNCIA VELHA-RS  do SENAI e SISTEMA FIIERGS  é uma das  sedes, oficinas e aulas  técnicas  profissionais localizadas no coração do RIO GRANDE do SUL. A ESCOLA  do ensino das ARTES e dos OFÌCIOS caminha para  a .  ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL na qual o MEIO AMBIENTE é uma das prioridades  [para ler clique sobre a imagem] 



14 – FALTA EMPREGO, mas NÃO FALTA TRABALHO
A inteligência humana possui competências para elaborar qualquer conteúdo e colocar a salvo os seus produtos e acima de todos estes desvios de conduta, apropriações indevidas e fraquezas morais. Na medida em que a inteligência conta com o auxílio de uma memória consequente, flexível e constantemente renovada, ela é competente para  rupturas epistêmicas, estéticas e de velhos hábitos. Neste caso ganha sentido a sentença de que “NÃO EXISTE NADA na INTELIGÊNCIA que NÃO TENHA PASSADO pelos SENTIDOS HUMANOS”. As ARTES e os OFICIOS valem-se dos SENTIDOS HUMANOS para filtrar, elaborar e adequar o MUNDO EMPÌRICO ao mundo IMATERIAL da INTELIGÊNCIA. Ao mesmo tempo em que as ARTES e os OFICIOS adequam,  elaboram e  filtram os SENTIDOS HUMANOS os desempenhos, destes mesmos sentidos, são cultivados para identificar, economizar e maximizar esforços e competências. 
Na conclusão é necessário reconhecer que a criação, o design e a sua difusão da presente postagem dependem dos meios numéricos digitais. Diante desta constatação prática pode-se argumentar que as ARTES e os OFICIOS estão intimamente associados à gradativa obsolescências do ARTESANATO e  da própria ERA INDUSTRIAL. Porém são necessárias cautela e prudência neste contraditório - fornecido pelos meios numéricos e digitais - quando se examina as condições que os Técnicos em Informática (TI) vivem em Porto Alegre. Mesmo na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL esta profissão de Técnico em Informática é praticada com salários nada atrativos e comparáveis com os titulados “DOUTORES” do “ENSINO SUPERIOR”. Certamente os fantasmas da ESCRAVIDÂO, do COLONIALISMO ainda são armas subtilmente usadas pelas mentes tanto dos DONOS do PODER como por aqueles que se sentem compelidos a se submeter, sem exame, a estas condições e como refúgios “AMIGÁVEIS”. 
A confusão entre PROFISSIONALIZAÇÃO, TREINAMENTO e FORMAÇÂO não deixa perceber, ressaltar e cultivar as distinções e, muito menos - formular um PROJETO e um CONTRATO  entre a INSTITUIÇÂO ESCOLAR, DOCENTES e DISCENTES. De outro lado o MUNDO do TRABALHO REAL está pouco afeito às discussões acadêmicas entre PROFISSIONALIZAÇÃO, TREINAMENTO e FORMAÇÃO.
 Em se tratando em associar ARTES e OFICIOS com a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL existe vantagens e ganhos, mas também perdas e desvantagens. Nas vantagens a rotina, a gigantesca memória (nuvens) permitem criar peças únicas apesar do número altíssimo de cópias. Ao contempla a modo de trajar da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL é dificílimo encontrar duas pessoas portando o mesmo padrão e design  nas suas vestimentas. Entre as desvantagens é notório de que o TRABALHO é muito exigente no preparo, produção e distribuição dos produtos dos computadores e robôs. De outro lado na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL as perdas de EMPREGOS FIXOS cresceram assustadoramente.
  Teoricamente se este IMENSO TRABALHO do preparo, da produção e da distribuição dos produtos dos robôs e dos computadores, do outro, LIBERA do uso do relógio da ERA INDUSTRIAL,  FLEXIBILIA o LUGAR ÚNICO e FIXO opera “just-of-time” sem estoques inúteis, descartes e perdas. A obsolescência programada é suprida pela reciclagem numa circulação onde NÃO FALTA TRABALHO.  
Na presente postagem foi possível apontar alguns traços fugidios no histórico de ARTES e OFICIOS no mundo, no BRASIL e um rápido percurso pelas instituições de PORTO ALEGRE. Suspeita-se, no entanto, a existência de muitos outros objetos de estudo deste tema. Porém, eles encontram-se na sombra para uma narrativa, devido à falta de documentação, inexistência de limites legíveis, pelo tabu do trabalho com as mãos e com o descuido a documentação.
No contraditório não é possível deixar de apontar para os abismos do atraso na INFORMÁTICA da qual o BRASIL é mero usuário. O domínio pleno da ciência e técnica da ELETRÔNICA, do CÓDIGO GENÉTICO e da dependência de SATÉLITES de outras nações se reflete avassaladoramente nas ARTES e OFÍCIOS.
 Constitui apenas um dos traços do NEO-COLONIALISMO e da SERVIDÃO VOLUNTÁRIA de NAÇÕES que merecem a liderança na medida da liderança em SATÉLITES próprios, na ELETRÔNICA e no CÓDIGO GENÉTICO. Ao demais cabe  a dependência técnica e cientifica. 
No desespero destas constatações é de se temer que o BRASIL produza mais literatura “sobre” ARTES e OFÍCIOS do que iniciativas práticas. Isto é particularmente verdadeiro quando o tema é visto e analisado, a partir da cultura, da economia e da politica de Porto Alegre. 
Certamente, em  2018 o tema das ARTES e dos OFICIOS está mais deslocado e fora de moda do que nunca. Neste sentido a presente postagem merece veemente condenação pelo seu incorrigível bacharelismo e o seu otimismo incorrigível. Otimismo em buscar e traduzir em palavras do bacharelismo o pensamento emanado das práticas com as mãos das ARTES e dos OFÍCIOS.  Otimismo em colocar este pensamento acima de todos os desvios de conduta, de apropriações indevidas e de fraquezas morais e físicas da criatura humana concreta e datada.

Diante do exposto parece verdadeira a hipótese de que o Brasil não possuir técnicos em número suficiente e artífices qualificados. Este fato impede a nação brasileira de acompanhar as exigências da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Enquanto isto  ela se torna mero usuária servil dos  produtos colonizadores da mentes, da vontade e dos sentimentos. 
Convida-se a qualquer um  provar a TESE de que - apesar deste senso comum - esta hipótese é falsa. Com esta prova, testada e objetivada, seria possível partir para a ANTÍTESE e, desta, para a SÍNTESE de algo que interessa, e afeta, a toda NAÇÃO BRASILEIRA.



FONTES BIBLIOGRÁFICAS TEÓRICAS CITADAS.
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SPINELLI, Teniza Esculturas missioneiras em museus do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Evangraf, 2008 105 p.

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ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
Relação do Liceu de Artes e Ofício com a Pinacoteca de São Paulo https://globoplay.globo.com/v/5716240/
Texto do Alvará de Dona Maria I de 05. Janeiro de 1785
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