sábado, 21 de outubro de 2017

216 – ESTUDOS de ARTE

O PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO
(*16.10.1906 -  23.03.1991)
Fig. 01 –   A imigração é difícil devido um sem número de obstáculos a vencer. O ter de recomeçar em cada lugar a sua história, sincronizá-la com o local e o tempo da nova sociedade. Além de uma ruptura com os seus próprios hábitos, julgamentos e perspectiva de sua formação profissional este imigrante necessita reconstruir isto num nova ambiente que seguidamente o hostiliza coma alguém de “FORA do GRUPO” Em contrapartida George SIMELL[1] aponta para uma série de vantagens para tanto para o imigrante como para a nova sociedade. Esta sociedade quebra a sua endógena e ganha um juiz neutro. Na qualidade de juiz advindo o forasteiro ganha vantagens que o nativo não goza. Herbert CARO exerceu com maestria esta sua condição de estrangeiro para as  Artes Visuais  do Rio Grande do Sul Não interveio, não criticou não qualificou e nem desqualificou diretamente. Apenas mostrou um imenso campo de forças estéticas abertas para quem ainda tinha condição de ver, sentir e optar.
SUMÁRIO
1 –  Natureza do   PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO..........2 –  Obstáculos sociais e culturais que  Herbert MORITZ CARO teve de enfrentar no cultivo e na divulgação de seu PENSAMENTO  estético .........3 – O contexto social, econômico e estético do PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO  no Rio Grande do Sul. . ...4 –  Herbert MORITZ CARO afirma o seu  PENSAMENTO e colabora na formação da consciência  estética no contexto sul-rio-grandense apesar das fragilidades,  resistências  e silêncio oficial.  5 – Leituras e narrativas  estilísticas do PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO...... 6 – O profissionalismo, a projeção e permanência   do PENSAMENTO  de Herbert MORITZ CARO.. .........7 – Etapas da transição do   PENSAMENTO de a Herbert MORITZ CARO o mundo prático e empírico.8 -  Permanência do potencial do PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO apesar da sua ausência física, ......09 – O pensamento de Herbert MORITZ CARO  introduz outras ESTRATÉGIAS  para se tornar AUTÔNOMO do MUNDO OFICIAL e assim ampliar o seu potencial do intelectual e esteta e se aproximar da lógica da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL.10 - O PENSAMENTO de  Herbert MORITZ CARO e o seu legado institucional   FONTES BIBLIOGRÁFICAS relativas . Herbert MORITZ CARO........FONTES BIBLIOGRÁFICAS TEÒRICAS CITADAS........FONTES NUMÉRICAS  DIGITAIS..........................................................................................


[1] SIMMEL, Georg  Sociología y estudios sobre las formas de socialización. Madrid:Alianza. 1986,  817.  2v
Foto de Luiz Eduardo ACHUTTI
Fig. 02 –   Herbert Caro  prestou serviços relevantes para a formação de um público das Artes Visuais do Rio Grande do Sul por meio  de sua formação erudita. Na sua atividade como bibliotecário do Instituto Goethe de Porto Alegre promovia ciclos de palestras ilustradas dos principais movimentos da História da Arte, da Música e das Letras mundiais.  No entanto o que qualifica a sua obra  erudita são  as suas traduções, crônicas de jornais e inclusive aconselhamento no comércio editorial de alta qualidade e a sua exemplar dedicação personalizada ao leitor. 

1 –  Natureza do   PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO.

 O imenso legado intelectual do tradutor, bibliófilo e historiador das artes  Herbert MORITZ CARO   possui a sua gênese na elite intelectual alemã de Berlim e da Universidade de Heidelberg. Nestes dois polos culturais ele se educou entre as duas guerras. Este imenso capital simbólico  ele o trouxe ao Brasil onde o projetou e semeou generosa e silenciosamente. O pensamento de Herbert Caro não fez sombra para ninguém ao contrário dos “GRANDES CARVALHOS em CUJA SOMBRA NADA CRESCE”. Ele foi um generoso e firme quebra-vento contra o frio Minuano que castiga os Pampas sul-rio-grandenses. Frio vento Minuano  que o castigou física e impiedosamente como mascate. Já ao abrigo das livrarias de Porto Alegre, da biblioteca, das redações dos jornais Herbert CARO as transformava em sementeiras nas quais cultivava amigos, alimentava o intelecto dos mais exigentes da literatura e esbanjava o saber adquirido na mais alta cultura europeia.

Neste pensamento erudito e de alta estirpe o universo das ARTES VISUAIS ganhava generosos espaços, tempo e narrativas orais, visuais e escritas. Assim o tradutor e Thomas MANN e de CANETTI alargava o horizonte com a força e o peso da origem desta literatura[1].

O cabeçalho da sua ficha do acervo do Instituto Cultural Judaico MARC CHAL de PORTO ALEGRE[2] o descreve como

Herbert Caro era bacharel em Direito pela Universidade Ruperto-Carola, de Heidelberg[3]. Em 1933 foi proibido pelo nazismo de exercer advocacia por ser judeu. Pela mesma razão foi destituído do cargo de Diretor Esportivo da Federação Alemã de Tênis de Mesa. apos ter sido jogador da seleção alemã durante seis anos. Em 1934 exilou-se na França e, no ano seguinte refugiou-se no Brasil estabelecendo-se em Porto Alegre, RS. Considerado como o grande tradutor de Thomas Mann para a língua portuguesa”.

Graças ao meticuloso e atento trabalho com as letras não é possível encontrar em Herbert CARO o reducionismo do “ALFINETE cravado nas costas” de artistas, escritores e de obras de arte. Todos eles continuavam a gozar de perfeita autonomia nas mãos e na mente de Herbert CARO. Ele apenas abria a porta e o horizonte para os seus leitores, observadores e eventuais compradores das obras. Um pensamento reducionista, apressado e formalista é a maior barreira para esta atenta, meticulosa e personaliza atenção erudita.

Da parte de Herbert CARO não existem expressões de contrariedades e nem de simpatia em relação à administração pública. Da parte do mundo oficial não há favorecimento e nem prêmios. De parte a parte não há registro de pedidos de adesão ou cooptação com vistas a alguma função, ideologia ou indireto.
       Evidente que esta autonomia exigia triplicar energias, iniciativas silenciosas e muito trabalhosas. A memória deste esforço e deste trabalho submergiu na medida em que sua época desaparecia das vistas da mídia e da propaganda. Assim a sua memória foi se apagando junto com a obsolescência da era Industrial no Rio Grande do Sul. Desapareceu como a Editora da Livraria do Globo, da VFRGS da VARIG e tantos suportes materiais do TEMPO da cidade de PORTO ALEGRE de HERBERT CARO


[1] HERBERT CARO foi também o tradutor para o português de Thomas Mann, Herman Broch , Herman Hesse e de Elias Canetti, de quem Caro traduziu "Auto da Fé". http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/1/01/mais!/4.html

[2] ACERVO HERBERT CARO do INSTUTUTO CULTURAL MARC CHAGALL  de PORTO ALEGRE

MURAL de DANUBIO GONÇALVES “100 anos da IMIGRAÇÂO JUDAICA” – POA-RS 
Fig. 03 –   A presença israelita no Rio Grande do Sul tornou-se mais massiva e intensa quando levas de imigrantes também se dirigiam para a  antiga PALESTINA e colocavam as bases do primitivos KIBUTZ.  Ambos os grupos buscavam a prática da agricultura e a posse de terras que a maioria das culturas europeias negavam aos judeus desde a Idade Média. 
Porém esta primitiva utopia mesclada ao socialismo não se conjugavam com o mudo empírico que encontravam. Renasceram as práticas dos ofícios, do comércio e que encontravam guarida  e mais oportunidades no ambiente urbano. Os primitivos projetos da Colônia PHILLIPSON[1] e de QUATRO IRMÂOS[2] ficou rapidamente no passado.

2 –  Obstáculos sociais e culturais que  Herbert MORITZ CARO teve de enfrentar no cultivo e na divulgação de seu PENSAMENTO  estético

 Certamente a maior barreira que Herbert CARO encontrou - na sua transumância para as planícies do Rio Grande do Sul - foi o pensamento reducionista, apressado e legalista com profundas raízes no SERVILISMO e na DOMINAÇÃO COLONIAL. O intelectual, o  tradutor, bibliófilo e historiador das artes  Herbert MORITZ CARO teve pela frente os restos arcaicos de uma cultura de imigrantes pobres e no momento de sua chegada privados do contato intelectual, linguístico e dos costumes dos seus antepassados imigrantes Sob severa vigilância do ESTADO NOVO brasileiro este legado estava em ruinas, desmoralizado e pisoteado pela nova geração e descendentes dos imigrantes

O público no qual o PENSAMENTO de Herbert CARO encontroa algum eco foi uma geração anterior ao ESTADO NOVO. Este público ainda intuía  o valor de sua cultura de origem. Porém sem os meios e a coragem para dar uma forma contemporânea a este legado dos primeiros imigrantes europeus e asiáticos.

MURAL de DANUBIO GONÇALVES “100 anos da IMIGRAÇÂO JUDAICA” – POA-RS 
Fig. 04 –   Na ocasião do 1º CENTENÀRIO da IMIGRAÇÃO JUDAICA PLANEJADA e MASSIVA ao Rio Grande do Sul, o PODER PÚBLICO e da COMUNIDADE ISRAELITA encomendaram um mural coloca na confluência da III PERIMETRAL de Porto Alegre e da Av. Protásio ALVES.  O artista escolhido foi Danúbio Gonçalves, um dos integrantes de GRUPO de BAGÉ no qual uma das expressões havia sido Carlos SCLIAR (1920-2001) um artista visual de projeção nacional e descendente desta onda imigratória judaica ao Rio Grande do Sul.

3 – O contexto social, econômico e estético do PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO  no Rio Grande do Sul. . 

A gênese  do pensamento de  Herbert MORITZ CARO  deu-se no caldo entornado da derrota alemão na I GUERERA MUNDIAL. Período de revoluções e de contra revoluções, de vanguardas e de profundos recuos para as mais remotas origens germânicas. Recuos nas quais o antissemitismo ganhou dimensões monstruosas que se materializam nos campos de concentração e extermínio nazistas.

  Diante do polo triunfante do nazismo não havia alternativa do que a imigração. Seguiu o caminho do Brasil como Strphan Zweig, de Lazar Segall e de tantos outros judeus. Não se conhece a motivação profunda que levou  Herbert CARO  a aceitar o convite de um amigo para vir ao BRASIL em vez da Inglaterra ou dos Estados Unidos destino comum de imenso contingente de israelitas.

Ele veio direto para o Rio Grande do Sul que continha uma segura experiência israelita tanto na capital Porto Alegre como no interior.

MURAL de DANUBIO GONÇALVES “100 anos da IMIGRAÇÂO JUDAICA” – POA-RS
Fig. 05 –   A primeira ocupação remunerada de Herbert CARO no Rio Grande do Sul foi a de CAIXEXEIRO VIAJANTE. Ele somou-se aos  demais CAIXEIROS VIAJANTES instruídos, competentes e persistentes para colocar aos olhos, mãos e bolso dos consumidores isolados num imenso interior carente de produtos de toda espécie.  De outro lado as nascentes indústrias necessitavam e impunham a  retomada das práticas dos ofícios manuais, do comércio e da indústria. O ambiente urbano oferecia guarida  e mais oportunidades do que as práticas agrícolas. Assim ao se esvaziar os projetos da Colônia PHILLIPSON e de QUATRO IRMÃOS crescia o contingente urbano. Evidente este fenômeno não parou de crescer até os dias presentes.

Após um estágio na representação comercial - na qual palmilhou o território físico e cultural do Rio Grande do Sul - a vontade ilustrada de Herbert CARO pela sua sensibilidade e pela cultura erudita desenvolvida na Universidade de Heidelberg  derivaram rapidamente para os livros, para as traduções e para o jornalismo.


4 –  Herbert MORITZ CARO afirma o seu  PENSAMENTO e colabora na formação da consciência  estética no contexto sul-rio-grandense apesar das fragilidades,  resistências  e silêncio oficial

O legado intelectual do tradutor, bibliófilo e historiador das artes  Herbert MORITZ CARO  é tão imenso que a maioria dos pesquisadores desiste em estudar, compreender e especialmente divulgar o pensamento deste intelectual que o Rio Grande do Sul acolheu em 1935. Sem se envolver direta e pessoalmente nas motivações Herbert constitui uma referência externa do clima intelectual dos  potenciais apreciadores, consumidores e produtores, dos  projetos e nas práticas das artes visuais no Rio Grande do Sul ao longo de seu tempo.

A atenção pontual, discreta e erudita de Herbert MORITZ CARO permitiu-lhe contornar as eternas intrigas locais, regionais ou internacionais. O preço a pagar foi a falta de qualquer convite oficial para qualquer função ou cargo na esfera municipal, estadual e federal brasileiro. Porém nunca lhe faltaram amizades, apoios e convites de outros intelectuais como de Érico Veríssimo também  contornado pelo estado brasileiro apesar do convites vindos de estrangeiro.

No plano estético local também se manteve distante de qualquer modismo, vanguardas fugazes e ruidosas que pipocaram sem grandes consequências posteriores no arraial de Porto Alegre. Isto não quer dizer que não tivesse engajado, ao seu modo, nas tendências estéticas do século XX. Especialmente daquelas que permitiram emergir das camadas culturais mais profundas, de longa duração e determinantes das culturas eruditas. Herbert CARO os percebia os eventos do seu tempo como recontes da história da longa tradição da cultura europeia. Para tantos são ilustrativas as suas aulas públicas sobre as Artes Visuais onde destacava pintores, escultores e a arquitetura que alimentavam esta torrente subterrânea. Num gesto pouco comum levou o  Brasil de Aleijadinho e de Cândido Portinari para a apreciação dos europeus eruditos como uma destas expressões nos trópicos.

Fig. 06 –   Herbert CARO praticou a política de Oswald de ANDRADE da “EXPORTAÇÂO da POESIA BRASILEIRA”. Escolheu nomes das Artes Visuais brasileiras  com intensos estudos e massiva mídia nacional para projetá-los na cultura europeia. Introduziu estes nomes brasileiros sem amparo oficial, sem projetos megalômanos nos quais quem lucra é o proponente e o curador oportunista. Assim, no dia 15 de dezembro de 1965, proferiu palestra, ilustrada com slides, na Escola Técnica Superior de STUTTGART[1] com o tema ALEIJADINHO e CÂNDIDO PORTINARI.
5 – PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO, leituras e narrativas  estilísticas.

        Herbert MORITZ CARO para dar forma e socialização do seu pensamento a criatura humana necessita das palavras. Como o seu pensamento foi moldado na linguagem da elite germânica ele seguiu a mesma lógica para a língua portuguesas escrita. Familiarizou-se com o português através da escrita de Paulo RONAI. Quase desistiu do Brasil quando entrou em contato com a fala e a oralidade lusitana em Lisboa que ele não conseguiu associar com a escrita do seu mestre do qual havia aprendido 3.000 vocábulos


Fig. 07 –   Evidente que não existe nada de anormal no SALVO CONDUTO ESPECIAL concedido a HERBERT CARO em 1945. Era  um tratamento burocrático dispensado, em geral,  aos imigrantes, especialmente daqueles que provinham de países do EIXO em GUERRA com o Brasil.   O pensamento de Herbert Caro assimilou este tratamento oficial. Não vinha pedir outra coisa do que condições de colaborar no trabalho da formação cultural, técnica e estética adquirida com tanto empenho numa pátria que lhe negava a liberdade e aniquilava vida de muitos compatriotas que não puderam abandonar estas condições. Deu provas mais do que suficientes deste seu projeto de imigrante.

O salvo conduto no Brasil conferido no dia 19 de janeiro de 1945  a HERBERT CARO no final e no auge do ESTADO NOVO e as vésperas do Final da II GUERRA MUDIAL é sintomático. Ele já estava no Rio Grande do Sul desde o dia 05 de maio de 1935. Era a época da intensa preparação para a comemoração do CENTENÁRIO FARROUPILHA.  Portanto há dez anos. Neste período viveu todo o ESTADO NOVO (1937-1945) no Rio Grande do Sul. Como reza o seu salvo conduto os agentes deste regime acharam ocasião de afastá-lo do LITORAL e das FRONTEIRAS BRASILEIRAS.
Detalhe da foto de Luiz Eduardo ACHUTTI da Fig. 02 desta postagem
Fig. 08 –   A mesa de trabalho, os livros e equipamentos uso pessoal de Herbert CARO revelam as condições que um tradutor, um escritor e um cronista Artes Visuais  encontrava nas circunstâncias do Rio Grande do Sul da segunda metade do século XX.  As obras de HERBERT CARO são anteriores aos recursos da INFORMÀTICA. Inclusive o telefone não estava incorporado a estes equipamentos 

6 – O profissionalismo, a projeção e permanência   do PENSAMENTO  de Herbert MORITZ CARO

Herbert MORITZ CARO  tornou-se um dos primeiros a tematizar as ARTES VISUAIS em aulas públicas, gratuitas e sem seleção preliminar. As suas palestras eram acompanhadas por uma montanha de livros ilustrados em cores e cujas imagens ele projetava por meio do epidiascópio[1]. Iniciou esta atividade - regular e aberta a publico - ao lado da Igreja a São José de Porto Alegre e depois como Bibliotecário do INSTITUTO CULTURAL BRASILEIRO ALEMÃO na Rua Dr. Flores. Este Instituto,  as atividades e o acervo bibliográfico  passaram ao Instituto Goethe de Porto Alegre[2].
Fig. 09 –    O uso de equipamentos audiovisuais para a socialização das Artes Visuais  do Rio Grande do Sul devem a Herbert Caro um tributo  Caro se valia do EPIDIASCÓPIO para projetar ilustrações impressas,  diretamente do livro ou cartão postal para um tela  enquanto ele descrevia e narrava o sentido da imagem. O livro era colocado na base do aparelho e uma série de lâmpadas, espelhos e lentes projetavam  o que esteves sendo iluminado na base do aparelho.

 A biblioteca do Instituto GOETHE de PORTO ALEGRE teve a sua origem no legado Herbert CARO. A linha de aquisições de periódicos, de discos de músicas, de livros e de obras de consulta a sua decorrem do imenso projeto do intelectual do tradutor, bibliófilo e historiador das artes.  No entanto não era um acervo formal e enclausurado. Herbert CARO fazia a extensão - deste patrimônio físico e material - na direção de um público sem restrições de idade, cultura ou seleção por qualquer tipo de cobrança. Neste projeto e possível perceber a semente e o halo da SOCIEDADE de AMIGOS com as quais as instituições oficiais e privadas se cercam atualmente.

7 – Etapas da transição do   PENSAMENTO de a Herbert MORITZ CARO o mundo prático e empírico

 A estreia de  Herbert MORITZ CARO  no mundo das CIÊNCIAS JURIDICAS encontrou no esportista de TÊNIS de MESA o caminho de sua autoeducação e a prática da norma clássica da “MENTE SADIA num CORPO SADIO”.

 Sua mente se dirigiu ao mundo das Letras quando teve de abandonar a sua pátria devido à intolerância política e ideológica. Neste mundo das Letras é possível encontrar os PENSAMENTOS de Herbert CARO formalizados em primorosos textos e narrativas exemplares. Dai para o mudo empresarial do LIVRO NO AUGE da ERA INDUSTRIAL foi outra etapa de aprendizagem e de ensino. As barreiras dos idiomas se constituem limites. Ao mesmo tempo constituem oportunidades de “PRÁTICAS SIMBOLICAS de TENIS de MESA” sem se perder nas laterais do campo oposto ao a rede ou contrário.

Fig. 10 –   A prática dos esportes da parte de Herbert CARO foi levado muito a sério. Figurou durante anos na SELEÇÂO OLÌMPICA ALEMÃ. Nesta SELEÇÃO  conquistou vários campeonatos na modalidade do TENIS de MESA.  No exílio dava aulas desta modalidade. A agilidade física foi transferida para as atividades mentais no pingue pongue entre idiomas e pensamentos dos seus textos, autores e profissões que um imigrante necessita exercer para garantir as suas necessidades básicas de sobrevivência digna, civilizada e honesta.

  Ao contrário de muitos emigrados, Herbert cultivou a mais estreita interação com a cultura, as letras e as artes do seu país de origem. Assim são constantes suas correspondências e viagens ao velho continente de sua origem.

Os livros, a literatura e a era industrial o levaram ao campo das Artes Visuais. Este campo será particularmente a sua ação prática em PORTO ALEGRE. O realiza como extensão de sua atividade com BIBLIOTECARIO do INSTITUTO CULTURAL BRASILEIRO ALEMÃO e depois INSTITUTO GOETHE. Munido destes preciosos livros realiza estas seções projetando as imagens coloridas por meio do epidiascópio

MURAL de DAÚBIO GONÇALVES “100 anos da IMIGRAÇÃO JUDAICA” – POA-RS 
Fig. 11 –   A presença israelita nas Artes Visuais  do Rio Grande do Sul decorrem de seu profundo devotamente ao MUNDO SIMBÓLICO. Artes Visuais  figurativas, ou não, é um patrimônio tanto pessoal com patrimonial distinto da posse  da terra e da produção material.  Entre os artistas israelitas, já falecidos, porém ativos num passado recente em Porto Alegre é possível nomear Carlos Scliar, Mira Schendel e Salomão Smolianov ebtre tantos outros 

 O imenso legado intelectual do tradutor, bibliófilo e historiador das artes é tão denso e profundo que poucos possuem condições intelectuais para realizar os mergulhos de resgate do seu tempo, dos locais e das sociedades que jazem ali nos arcanos da memória cultural de Porto Alegre.

8 -  Permanência do potencial do PENSAMENTO de Herbert MORITZ CARO apesar da sua ausência física

A memória do intelectual do tradutor, bibliófilo e historiador das artes é apenas potencial no instante que se publica a presente postagem. As presentes publicações não abdicam da crença de que aquilo que PERMANECE é o PENSAMENTO. Para quem se aproxima, um pouco, deste potencial de Herbert CARO percebe que estas forças simbólicas são reais e fonte de grandes reservas de energias.

O PENSAMENTO, o EXEMPLO e a AÇÃO de HERBERT CARO parecem oportunos no momento em que a CRENÇA no ESTADO NACIONAL está emitindo evidentes estrondos de desmoronamento e abandonos precipitados. Fujões da CRENÇA no ESTADO NACIONAL que percebem que a “SUA” HISTÓRIA SE TRANSFORMA em MIGALHAS e está a BEIRA do ABISMO. Estes desesperados não percebem que a ERA INDUSTRIAL já passou há muito tempo. No seu pânico não percebem que existem alternativas, muito mais criativas como  aquelas de HERBERT CARO a serem trazidos à sua consideração, deliberação e escolhas de vida.

Certamente a releitura das traduções de HERBERT CARO das obras literárias de Elias Canetti, Herman Hesse,  Herman Broch e de Thomas Mann guardam muito do PENSAMENTO, das ESCOLHAS e das PALAVRAS. Obras que outro teria vertido para LINGUA de CAMÕES com outras PALAVRAS, CONSTRUÇÕES VERBAIS e SOTAQUES.

No lado pedagógico a figura de HERBERT CARO ganha cada vez mais sentido na medida em que a HISTÓRIA da ARTE é praticada em pequenos grupos que se reúnem na autonomia,  sem vestibular, sem o currículo impositivo e sem o formalismo de avaliações compulsórias. Neste aspecto as palestra de HERBERT CARO com o TEMA das ARTES VISUAIS permanecem como pioneirismo e apontam para práticas na linha de ensino aprendizagem  adotada por ele.

Fig. 12 –   As traduções de Herbert CARO estabeleceram uma ponte viva e atuante entre o tradutor e o traduzido. A escolha destes  autores certamente seguiu um PENSAMENTO muito mais abrangente do que a fixação num nome de um autor de sucesso ou de autoajuda pontual. Autores facilmente descartáveis ao modelo da ERA INDUSTRIAL que lança os seus produtos já carimbados com a “OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA e ESCANCARADA” A escolha por traduzir Elias CANETTI (1905-1994)[1] expõe um conjunto de circunstâncias comuns além da contemporaneidade de ambos serem judeus. Expõe a migração forçada, os primeiros projetos profissionais interrompidos, as múltiplas nacionalidades e fato de ambos escreverem as suas obras em idiomas diferentes da língua materna. Canetti conservou a sua cidadania turca e foi Prêmio Nobel em 1981.

09 – O pensamento de Herbert MORITZ CARO  introduz outras ESTRATÉGIAS  para se tornar AUTÔNOMO do MUNDO OFICIAL e assim ampliar o seu potencial do intelectual e esteta e se aproximar da  lógica da livre iniciativa da ERA INDUSTRIAL,. 

 No pensamento de Herbert CARO não existem traços de busca de alguma HEGEGEMONIA, de DESQUALIFICAÇÃO do seu contrário ou exaltação da algum TRIUNFO ou FORTUNA. O seu Pensamento nos conduz para imenso e inexplorado campo das ARTES, das LETRAS e da COMUNICAÇÃO ESTÉTICA. Como bom e erudito BIBLIOTECÁRIO  ele simplesmente recheia a estantes com obras escolhidas e abre cada obra como uma porta e uma janela (WINDOW)  com outras perspectivas colocada ao critério e ao repertório de quem escolhe.

Ele buscou no NOVO MUNDO um lugar e uma oportunidade  escaldado e assustado pelas catástrofes provocadas na sua pátria por esta incontida busca de HEGEGEMONIA, de DESQUALIFICAÇÃO do seu contrário. Refugiou-se no extremo Sul do BRASIL onde buscou distância de exaltação da algum TRIUNFO ou FORTUNA a qualquer preço.

Evidente que nesta busca no “NOVO MUNDO” descobriu a falácia deste alfinete de propaganda e de reducionismo do “PAÍS do FUTURO”. Porto Alegre era um MUNDO ANTIGO ainda preso ao COLONIALISMO EUROPEU e com as chagas do SERVILISMO OFICIAL e PRIVADO exposto ao sol tropical. Sem um fundamento numa mentalidade e num CONTRATO SOCIAL,  POLÍTICO e ECONÔMICO digno deste nome a febre da ERA INDUSTRIAL se esvaneceu, rápida e irreversivelmente no Brasil e no Rio Grande do Sul em particular.

Consciente destas falácias, contradições e armadilhas  Herbert CARO dedicou-se em estreitar os laços culturais partindo de interesses expressos por pessoas, por instituições e por patrimônios simbólicos e materiais.  Patrimônios simbólicos e materiais instituições e pessoas voltadas ao TEMPO INDETERMINAD e isentas da busca de alguma HEGEGEMONIA, de DESQUALIFICAÇÃO do seu contrário ou exaltação da algum TRIUNFO ou FORTUNA. Se o seu nome pessoal tinha alguma importância ou projeção era para constituir e referencial personalizado deste PROJETO CIVILIZATÓRIO compensador da VIOLÊNCIA. Colocou no mundo prático a lição que SÊNECA formalozou na carta à sua mãe Hélvia[2], escrevendo que

Não se devem combater de frente as dores na violência do seu primeiro impacto, porque assim só se consegue irritá-las ainda mais e aumenta-las,  como em todas as doenças nada há tão prejudicial como um remédio errado na hora errada  SÊNECA .Consolo à Hélvia  , p3.

Assim não é da natureza da mente e do pensamento de Herbert CARO cravar qualquer “ALFINETE” nas costas do artista ou da tendência estética que ele segue. Ele expõe o seu PENSAMENTO, na maior clareza que lhe era possível e  com meios que ele tinha em mãos. O ouvinte, leitor, ou observador permanece na sua AUTONOMIA de fazer suas escolhas e interpretações. Ele mantém a crença na pessoa humana e que todos possuem o potencial de conhecer a si mesmos, a vontade de mudar e o sentimento de se entusiasmar pela civilização digna, justa e verdadeira. Assim não sonegava as suas conquistas pessoais e aquilo que o motivara a realizar suas escolhas singulares.

Fig. 13 –  A atividade profissional de Herbert Caro, no Rio Grande do Sul, era a de mediar, aconselhar e oferecer os produtos das editoras nacionais e estrangeiras Em Porto Alegre ele esteve trabalhando como mediador profissional envolvido como no auge das livrarias que escovam a produção das editoras apoiadas nas máquinas tipográficas trabalhando  da linha de montagem. Com a época PÓS-INDUSTRIAL estes produtos, da era anterior, migraram para os “sebos” que proliferam em todos os grandes centros urbanos. “Sebos” que funcionam ao modelo de MUSEUS que reciclam produtos da ERA INDUSTRIAL seguindo as tendências dos brechós da moda passada. A sua eventual produção são  tiragens limitadíssimas cuja produção a informática permite controlar.

Algo muito difícil em tempo de “PATRULHAMENTO ESTÉTICO. IDEOLÓGICO ou ECONÔMICO”. Herbert Caro teve a oportunidade de abrir a porta em Porto Alegre  e o horizonte para os seus leitores, observadores e eventuais compradores das obras em vez de praticar qualquer PATRULHAMENTO MÚLTIPLO. Um pensamento reducionista, apressado é a maior barreira para leitores, observadores e eventuais compradores das obras. Sem apoio da administração pública o seu pensamento não expressa contrariedade, nem de simpatia, nem prêmios e muito menos adesão ou cooptação mundo oficial com vistas a alguma função, ideologia ou favorecimento indireto. Herbert CARO estava vacinado contra as poderosas ideologias que se apoderavam, no seu tempo, dos aparelhas estatais. Aparelhos estatais que escolhem a ARTE para evidenciar “DEGENERECÊNCIAS” e fazer disto cavalo da batalha para a DOMINAÇÂO de SENTIMENTOS, INTELIGÊNCIAS e VONTADES dos seus SÙDITOS e PROSÉLITOS.  

Em relação à sua origem familiar judaica não há menor traço de PROSELITISMO, DEFESAS ou ACUSAÇÕES. Aceita suas circunstâncias e as conduz para o espaço aberto da CIVILIZAÇÂO na qual existem evidentes traços das mais altas contribuições israelitas. Aliás, a falta de PROSELITISMO, é um traço inerente a esta tendência ideológica e religiosa hebraica. Talvez por esta razão ele escolhe nomes de ARTISTAS, de ESCRITORES ou de COMPANEIROS de TRABALHO sem reparar nas suas tendências religiosas e ideológicas. A resposta a esta renúncia e proposta de Herbert MORITZ CARO  foi a triplicação de energias, de iniciativas silenciosas e trabalhosas. Se o brilho da sua memória desapareceu foi junto com a obsolescência da era Industrial no Rio Grande do Sul da Editora Globo, da VFRGS da VARIG e tantos suportes materiais da TEMPO da PORTO ALEGRE.

Enquanto a CIVILIZAÇÃO - praticada no atual o espaço aberto de PORTO ALEGRE – está caminhando a passos largos para a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Esta possui meios para preservar, estudar e divulgar esta memória da pessoa, da obra e do pensamento de  Herbert MORITZ CARO   No meio numérico digital cabe um espaço elevado e irradiador deste pensamento. A listagem das  FONTES NUMERICAS DIGITAIS RELATIVAS a HERBERT CARO são uma pequena semente do ainda é possível ampliar. A confecção e a montagem da presente postagem foram de extremamente facilitado por esta abundância de documentos, narrativas e imagens relativas a HERBERT CARO disponíveis a qual hora no âmbito das redes numéricas digitais paras as quais migrou parte  deste acervo


10 - O legado institucional  do PENSAMENTO de  Herbert MORITZ CARO

Uma civilização é ativa e se reproduz na medida da vida e da fertilidade de suas instituições. O cerne material da memória institucional é o ARQUIVO. O  legado intelectual do tradutor, bibliófilo e historiador das artes  Herbert MORITZ CARO  encontrou este arquivo no INSTITUTO CULTURAL JUDAICA MARC CHAGALL de PORO ALEGRE[1]



[1] INSTUTUTO CULTURAL MARC CHAGAL de PORTO ALEGRE
http://eeh2008.anpuh-rs.org.br/resources/content/anais/1212174310_ARQUIVO_ICJMC.pdf
Fig. 14 –   Nesta crônica Herbert CARO conta a  eterna luta entre aquilo que o artista quer EXPRESSAR  e aquilo que os meios de COMUNICAÇÂO lhe permitem  Se na era industrial esta luta se travava  entre o autor do texto  o editor,  revisor e linotipista. A época PÓS-INDUSTRIAL este autor está entregue a si mesmo e muito poucos leem as suas expressões das quais ignora os suportes, o tempo, o ritmo dos raros que olham superficialmente e sem o menor compromisso ou contrato entre receptor e emissor,
[para ler, clique sobre a imagem do texto],

O exemplo de Herbert CARO - como BIBLIOTECÁRIO do INSTITUTO CULTURAL BRASILEIRO ALEMÃO e depois INSTITUTO GOETHE – foi seguido e reforçado por profissionais da mais alta qualidade que se organizaram em sistema e que atendem de forma exemplar.

Ao mesmo tempo esta etapa vencida  aponta para imensos vazios e carências. Um destes vazios e carências é a urgente e necessária institucionalização  dos ARQUIVOS, a criação de  cargos com funções e remunerações adequadas dos ARQUIVISTAS.

Este vazio e carência ARQUIVOS e de ARQUIVISTAS PROFISSIONAIS explica em grande parte a falta de memória relativa ao PENSAMENTO, às OBRAS e a pessoa de Herbert CARO.

Evidente que Herbert CARO é apenas um exemplo em pauta agora. Porém se aplica - de uma forma geral - aos demais agentes que se dedicam à pesquisa, ao conhecimento e à  reflexão das ARTES VISUAIS  no Rio Grande do Sul.  Ciente da riqueza dessa massa documental, Fernando Corona (1895-1979), resumiu a carência de carência ARQUIVOS e de ARQUIVISTAS PROFISSIONAIS, afirmando (1977 p. 166)[1]  que :

nunca tantos deverão ficar ignorantes de tão poucos, pois a história na seara das Artes, ainda está para ser contada desde Araújo Porto-alegre e Pedro Weingärtner até os últimos talentos que despertam nas artes plásticas e na arquitetura”. 

FONTES BIBLIOGRÁFICAS relativas a
Herbert MORITZ CARO
FONTES BIBLIOGRÁFICAS TEÓRICAS CITADAS

CARO, Herbert Balcão de Livraria - Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1960, 102p.

CORONA, Fernando (1895-1979). Caminhada nas artes: 1940-76. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Instituto Estadual do Livro, 1977.

SIMMEL, Georg  Sociología y estudios sobre las formas de socialización. Madrid: Alianza. 1986,  817 p.  2v

FONTES NUMERICAS DIGITAIS RELATIVAS a
HERBERT CARO


ACERVO HEBERT CARO do INSTUTUTO CULTURAL MARC CHAGAL de PORTO ALEGRE
 INSTUTUTO CULTURAL MARC CHAGAL de PORTO ALEGRE

 DEPOIMENTO sobre HERBERT CARO
REVISTA PONTO e VÌRGULA nº 9
Estátua
ARQUIVO
IMAGENS
CANTO do EXILADOS – FACE BOOK

FAZENDA QUATRO IRMÃOS - Erebango
Colônia PHILIPSON – Santa Maria RS


MURAL de DANUBIO GONÇALVES “100 anos da IMIGRAÇÂO JUDAICA” – POA-RS

Elias CANETTI:

SÊNECA: “CARTAS à HÉLVIA”;

BIBLIOTECA INSTITUTO GOETHE – PORTO ALEGRE - RS

EPIDIASCÓPIO

 HERBERT CARO e os DISCOS de MÙSICA CLÁSSICA
http://www.contracampo.uff.br/index.php/revista/article/view/159/83

Antigas e tradicionais lojas do comércio de Porto Alegre

HOCHSCHULE für TECHNIK STUTTGART


[1] CORONA, Fernando (1895-1979). Caminhada nas artes: 1940-76. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Instituto Estadual do Livro, 1977.

PROPOSTA de ESTUDO dos PENSADORES das ARTES VISUAIS do RS
Estudado,  no dia 24.08.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 03
Olinto Olympio de OLIVEIRA (1866-1956)
Estudado,  no dia 19.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 09
Fábio de BARROS (1881-1951)
Estudado,  no dia 28.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 07
Ângelo GUIDO GNOCCHI ( 1893-1969)
Estudado,  no dia 21.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 06
Fernando CORONA (1895-1979)
Estudado,  no dia 14.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 05
Tasso Bolívar Dias CORRÊA (1901-1977)
Estudado,  no dia 05.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 08
Athos DAMASCENO FERREIRA (1902-1975)
Estudado,  no dia 31.08.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 04
Aldo OBINO (1913-2007)
Estudado,  no dia 09.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 11
Alice SOARES (1917-2005)
Estudado,  no dia 16.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 12
Francisco Rio-pardense MACEDO (1921-2007)
Estudado,  no dia 23.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 13
Frei Antônio do Carmo CHEUICHE (1927-2009)
Estudado,  no dia 07.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 15
Carlos SCARINCI (1932-2015)
Estudado,  no dia 30.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 14
Walmir AYALA (1933-1991)
Estudado,  no dia 14.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 16
João Carlos TIBURSKY (1950 -+17.04.2011)
Estudado,  no dia 21.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 17
SINTESE das postagens dos PENSADORES das ARTES VISUAIS do RS
Este material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
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