sexta-feira, 29 de abril de 2016

170– O PENSAMENTO de TASSO CORRÊA .

O PENSAMENTO de TASSO BOLÍVAR DIAS CORRÊA ATINGE a sua CULMINÂNCIA

   21 –     A CULMINÂNCIA da ADMINISTRAÇÃO de TASSO CORRÊA
   22 –     O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o 1º CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE
23   – Um DESFECHO INESPERADO


21 – A CULMINÂNCIA da ADMINISTRAÇÃO de TASSO CORRÊA

Tasso Corrêa recebeu uma homenagem pública[1], na forma de um banquete na sala que depois seria da Pinacoteca do IBA-RS, por ocasião do 20o aniversário da sua ADMINISTRAÇÃO continuada.



[1] - Oferecido na noite de 19 de junho de1956 - terça feira Em Díário de Notícias. Porto Alegre: dias 15.06.1956, 17.06,1956 e 22.06.1956
          A Hora. Porto Alegre, dias 12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956  Correio do Povo. Porto Alegre, 23.06.1956, p.4
           O Jornal. Rio de Janeiro, Sábado, 23.06.1956 (Recortes dos periódicos sem noe página da pasta de Tasso Corrêa  {148bCURR}
Um documento da administração Tasso Corrêa aos cuidados  e guardados no Arquivo do IA-UFRGS
PERSONAGES da direita  para a esquerda Irmão José Otão - Ilsinha Daudt Corrêa - Tasso Corrêa – Coronel – Pandolfo.. Banquete oferecido na Pinacoteca do Instituto. 19.06. 1956.
Fig. 52 –  Os 20 anos continuados de administração de Tasso Corrêa e as suas realizações foram comemorados no dia 19 de junho de 1956 num banquete de 200 talheres, realizado na sala do prédio concluído em 1952 e que depois foi destinado à Pinacoteca do INSTITUTO de ARTES.  Os cursos de Arquitetura e de Urbanismo do IBA-RS se haviam unido, em 1951, com aqueles da Escola de Engenharia  para formar a Faculdade de Arquitetura da URGS. O Irmão José Otão era Reitor da PUC-RS desde 1954.


“Durante o ‘expediente”, foi lida a carta que o Professor Calmon Barreto, representante oficial da Escola Nacional de Belas Artes nas homenagens prestadas ao Dr. Tasso Corrêa, enviou a este, sendo aprovado, por unanimidade, a transcrição em atado seguinte trecho dessa missiva:  “depois de feliz  viagem e ainda emocionado pela grata recepção e as amabilidades recebidas durante minha estadia aí, em Porto Alegre, como representante da E.N.B.A., apresentei meu relatório verbal a nossa Congregação. Por sorte minha, esta estava convocada para o dia 25, segunda-feira. propuz, e foi aceito por unanimidade, que em síntese, êsse relatório fosse transmitido em ata e que cópia do mesmo fosse enviado ao  Instituto de B. Artes de Porto Alegre, afim de que a douta Congregação dêsse notável estabelecimento de ensino artístico, soubesse do nosso conceito e do quanto nos associamos a justa homenagem ao seu ilustre Diretor. Livro de ATAS n. 3 do CTA,  sessão do dia 30.06.1956,  f.72v e 73f
Banquete oferecido na Pinacoteca do Instituto. 19.06. 1956 Um documento da administração Tasso Corrêa aos cuidados  e guardados no Arquivo do IA-UFRGS
PERSONAGES (da direita para a esquerda) Athos Damasceno Ferreira – (desconhecida) -  Marlene Damasceno  Perrozzi (desconhecida)- Coronel Daniel Monteiro - Luís Carlos de Mesquita Rothmann.
Fig. 53 –  Presentes no BANQUETE a TASSO CORRÊA  no dia 19 de junho de1956. O escritor e poeta Athos DAMASCENO FERREIRA dedicou a Tasso Corrêa a sua obra “ARTES PLÁSTICAS no RIO GRANDE do SUL[1]. Luiz Carlos MESQUITA ROTHMAN era na ocasião o secretário do IBA-RS e foi ele quem reconheceu os nomes destas fotos.


O evento teve repercussões no Díário de Notícias. Porto Alegre: dias 15.06.1956, 17.06.1956 e 22.06.1956
A Hora. Porto Alegre, dias 12.0.1956, 13.06.1956 e 15.06.1956
Correio do Povo. Porto Alegre, 23.06.1956, p.4
 O Jornal. Rio de Janeiro, Sábado, 23.06.1956
(Recortes dos periódicos sem no e página da pasta de Tasso Corrêa )

O ano de 1957 será o ultimo em que o IBA-RS passará integralmente sob as funções do cargo da direção e comando de Tasso Corrêa. Uma foto deste ano marca a convergência de fatos e pessoas ao seu redor. A estudante de Artes Plásticas Maria José Cardoso venceu o concurso Nacional de Miss Brasil.
Aparentemente o fato não tem ada a ver com o pensamento de Tasso Corrêa. Mas como homem de ação capitalizou a publicidade do fato sobre a instituição que ele dirigia.



[1] DAMASCENO FERREIRA, Athos (1902-1975). Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900)  Porto  Alegre:  Globo, 1971. 540p.
Um documento da administração Tasso Corrêa aos cuidados  e guardados no Arquivo do IA-UFRGS
Sentados [da esquerda para a direita]: Amelita, (filha de Luís Maristany Trias), Alice Brueggmann, Alice Soares, Tasso Corrêa, Miss Maria José Cardoso, jornalista Lygia Nunes (esposa de Maximiliano Fayet)  De pé [na mesmo ordem]: Aldo Locatelli, João Fahrion Luis Carlos Rothmann, Ernani Dias Corrêa, Evânio, Carlos  Mancuso, Luis Fernando Corona, Nelson Boeira Feadrich, Ado Malagoli,  e   Maximiliano Fayet
Fig. 54 - A eleição de uma estudante do IBA-RS para Miss Brasil, e sua visita ao gabinete da direção, foi um momento ímpar para conferir visibilidade e atenção sobre a instituição dedicada ao ensino da arte. Ângelo Guido professor da casa, largo tempo havia sido o organizar deste concurso no Rio Grande do Sul através do Diário de Notícias. O fato gerou um aumento significativo de candidatos ao vestibular em artes

Nesta publicidade fez questão de se cercar das expressões e fisionomia daqueles que eram os valores da casa.
O C.T.A do IBA-RS leu, no dia 28 de maio de 1957, o decreto que considera de utilidade pública o prédio ao lado de sua sede (Livro III f..82v). Com esta aquisição se completa  o prédio que está ativo e sendo usado, ainda em 2016, como sede do Instituto de Artes da UFRGS.

22     – O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o 1º CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE.
TASSO CORRÊA PROPÕE a UNIVERSIDADE das ARTES e o MINISTÉRIO das ARTES como tema a ser aprovado pelo Primeiro Congresso Brasileiro de Arte e o reforçou com a realização do Primeiro Salão Pan-Americano de Arte

As comemorações do cinquentenário do IBA-RS foram planejadas longa e detalhadamente por Tasso Corrêa e por sua equipe a partir 1956[1]. Estes atos tinham por objetivo conferir visibilidade nacional e internacional a essas comemorações. A visibilidade nacional seria por meio da realização do 1º Congresso Brasileiro de Arte e o IX Salão Oficial do IBA-RS. A internacional foi acrescida depois por meio do 1º Salão Pan-Americano de Arte. No relatório de Tasso Corrêa, no período 1951/6[2], constava:
“O Instituto de Belas Artes foi fundado a 22 de abril de 1908, comemorando, portanto, seu cinquentenário, a 22 de abril de 1958. Para celebrar essa magna data foi elaborado um programa de comemorações, como segue:
a) – Congresso Nacional de Arte em geral;
b) – publicação de anais;
c) – cunhagem de medalha comemorativa;
d) – selo comemorativo;
e) – IX Salão Oficial de Belas Artes do Rio Grande Sul[3]
f) – publicação de monografias sobre os mais eminentes artistas rio-grandenses
g) – série de concertos sinfônicos, de câmara e de solistas”.



[1]  - Atas - livro II da Congregação do Instituto de Belas Artes{094ATA}, Ata livro III do Conselho Técnico Administrativo até                  14/11/1958, {108ATA}  Ata da Congregação de Professores. Sessões extraordinária, ata de 11/03/1959{123ATA}  e   Ata livro nº IV do Cons. Técnico Administrativo (CTA) do IBA{128ATA}
[2] -  Relatórios de Tasso Corrêa 1951 até 1955  {126 Relat}
[3] - Trata-se na realidade do VIII Salão do IBA-RS. Seria o IX se o de 1942 fosse considerado nessa numeração dos Salões do Instituto.

Um documento da administração Tasso Corrêa aos cuidados  e guardados no Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 55 –  O logo que acompanhou as peças publicitárias e a correspondência  relativas ao cinquentenário INSTITUTO de BELAS ARTES RS de 22 de abril de 1958, o Iº Congresso de Arte  e Iº Salão Pan-americano de Arte Este logo é uma exaltação à administração de Tasso Corrêa e a unidade que conseguiu imprimir ao conjunto da Artes.

Para colocar esse projeto em movimento, constituíram-se comissões internas, externas, nacionais e internacionais Uma amostra das atividades dessas comissões é visível já em outubro de 1957, quando Tasso Corrêa declarou:
Convidamos já cerca de quatrocentas entidades culturais sediadas por todo o território nacional e mais de duzentas pessoas possuidoras de credenciais que justificam sua presença na importante reunião, o sucesso do Iº Congresso Brasileiro de Arte considera-se de antemão assegurado’”[1].
Essas entidades culturais foram motivadas por personalidades conhecidas nas diversas áreas que Tasso esperava reunir nesse 1º Congresso das Artes.



[1] - Correio de Povo, 10.10.1957 (recorte do Arquivo do IA-UFRGS).
Érico VERÌSSIMO no 1º Congresso Brasileiro de ARTE- in Rev. Globo  nº716- 17 05.1958 p. 83
Fig. 56 –  Os escritores do Iº Congresso de Artes foram representados e liderados por Érico Veríssimo. Figura  exponencial da Editora e da Revista da Globo e uma conexão  com os Estados Unidos que enviou uma pesquisa fotográfica da influência mexicana na Arquitetura da Califórnia  Apesar deste   cuidadoso projeto da  administração de Tasso Corrêa não conseguiu reunir em Porto Alegre as figuras da Literatura Brasileira do Centro do Brasil.
Assim, os escritores foram coordenados por Érico Veríssimo, Guilhermino César e Athos Damasceno. Os pintores  foram orientados por Ado Malagoli e Ângelo Guido. Teatrólogos, por Bolívar Fontoura. Os arquitetos, por Demétrio Ribeiro, Ernani Dias Corrêa e Roberto Felix Veronese. Os engenheiros-arquitetos, por Edvaldo Pereira Paiva. Os musicistas, por Ênio de Freitas Castro e Paulo Luiz Vianna Guedes. Os escultores, por Fernando Corona[1].



[1] Cinquentenário do IBA-RS - Folder e cartaz [IA.3.4 – 037]   Logotipo: e [IA.3.4 – 037-b]    Cartaz do Cinquentenário do I.B.A. -RS do Iº CONGRESSO Brasileiro de Arte Catálogo do 7º Salão do Instituto de Belas Artes{127CAT}  1º Congresso Brasileiro de Arte: recortes de jornais{127bCongBoletim nº 1 do 1º Congresso Brasileiro de Arte, ,  {127cBol}  Boletim nº 2 do 1º Congresso Brasileiro de Arte {127dBoll} e Boletim nº 3 do 1º Congresso Brasileiro de Arte. {127eBoll}   CD-ROM - Disco 6 -  IMAGENS. .     Documentos da administração Tasso Corrêa aos cuidados  e guardados no Arquivo do IA-UFRGS

Fig. 57 –  – Cena central do mural que Aldo Locatelli  pintou no salão de festas do  8º andar do prédio do  IBA-RS  A figura de Fernando Corona está ao centro cercado de seus discípulos. No lado esquerdo - de quem olha para esta obra  Locatelli pintou os retratos  de Tasso Corrêa,  do seu irmão Ernani e os encimou pelo busto de João Fahrion. No extremo oposto, deste mural, estão os bustos de Olinto de Oliveira e de Carlos Barbosa.

O Congresso foi planejado para toda a intelectualidade brasileira que tivesse relação com alguma forma expressão artística. Expressão artística  percebida, por Tasso Corrêa, como TRABALHO em COMUM:
é perfeitamente justificável a realização de um Congresso Brasileiro de Arte que reúna em memorável conclave, a intelectualidade brasileira para, num bom entendimento, estabelecer diretrizes que possam entrosar os interesses comuns, no ensino, na difusão, nos deveres e nos direitos que devam atribuídos a todos os que trabalham direta ou indiretamente na elevação da cultura nacional[1].



[1] - Correio do Povo, 17.10.1957 (recorte do Arquivo do IA-UFRGS).
Fig. 58 –  Na ocasião do CINQUENTENÀRIO  IBA-RS o seu salão de festas do  8º andar do prédio, e anexo ao bar, recebeu um série de murais dos aristas plásticos do seu Curso Superior de Artes Plásticas.  As paredes receberam murais de João Fahrion, Fernando Corona, Aldo Locatelli, Alice Soares e de Ado Malagoli. As obras dos dois últimos não sobreviveram  No da imagem Locatelli[1] sintetiza o pensamento de Tasso Corrêa em relação à instituição e personagens.

Os contatos regionais e internacionais foram realizados por associações de imprensa, de advogados e das academias de letras, que foram constituídas como porta-vozes do evento. Esses porta-vozes foram municiados com um detalhado regimento[2] que não descuidava de projetos pontuais a serem discutidos e aprovados como propostas de resolução. Assim, dois pontos eram vitais e explícitos no Regimento:  “nas conclusões o Congresso deverá apresentar ao Exmo Sr. Presidente da República e ao Congresso Nacional um anteprojeto de criação do Ministério das Artes[3] e das Universidades de Arte”.



[2] - Catálogo do 7º Salão do Instituto de Belas Artes{127a,b, c.d, e Boletim}{127Catal}.  Catálogo do Iº Salão Pan – Americano de Arte abril-1958-maio{127aCAT} 1º Congresso Brasileiro de Arte: recortes de jornais{127bCong}Boletim nº 1 do 1º Congresso Brasileiro de Arte{127cBolI} Boletim nº 2 do 1º Congresso Brasileiro de Arte{127dBolII} e Boletim nº 3 do 1º Congresso Brasileiro de Arte{127eBolII}
[3]  -  A proposta do MINISTÉRIO das ARTES  do Congresso do IBA-RS precede quase um ano, a efetiva criação do Ministério ‘Des Affaires Culturelles’ da França, implantado em Paris no 08 de janeiro de 1959 tendo como ministro André Malraux. (Ver Monnier, 1995: 333). Evidente que a proposta desse Ministério das Artes não corresponde ao Ministério da Cultura constituído no Brasil quase 30 anos depois.
Um documento da administração Tasso Corrêa aos cuidados  e guardados no Arquivo do IA-UFRGS
Fig. 59 –  Imagem de um dos últimos atos públicos comandados por Tasso Corrêa ocorreu no auditório, que leva o seu nome[1], e realizado no dia 22 de abril de 1958 quando o INSTITUTO de BELAS ARTES do Rio Grande do Sul completava 50 anos.  Na sua fala Tasso Corrêa está abrindo as solenidades do 1º Congresso de Artes do Brasil e o 1º Salão Pan-americano de Artes 

23  – Um DESFECHO INESPERADO.

Com a sua dinâmica, barulhenta e consequente atividade, Tasso conseguiu obscurecer a memória estática e silenciosa da Comissão Central do IBA-RS, que o precedera na administração. No Cinquentenário do Instituto, planejou e presidiu eventos, propôs e provocou, mas não precisou tripudiar. Os 22 anos de administração ensinaram-lhe, na prática, os seus limites e as suas competências em face da instituição e do sistema de arte, no qual se movia com muita desenvoltura. Na última sessão do CTA presidida  por Tasso Corrêa, no dia 19 de setembro de 1958, estava em pauta[2] o IIº Salão Pan-Americano de Arte.
Ordem do Dia, consta dos seguintes itens – 1º) – 2º Salão Pan-Americano: O Snr. Diretor, inicialmente, põe o Conselho a par das providências já tomadas pela Direção com referência a realização, em 1960, do 2º Salão Pan-Americano solicitando depois aos conselheiros Fernando Corona, Ernani Dias Corrêa e João Fahrion a elaboração do anteprojeto de regulamento para o concurso de cartazes, referente a esse salão, bem como a apresentação de anteprojeto para o regulamento definitivo dos salões pan-americanos”.                         
Mas o seu tempo já havia passado. Alguns dias depois não obteve mais da Congregação a costumeira unanimidade de votos para mais um mandato[3]. Diante desse resultado, retirou-se intempestivamente do recinto da eleição e, a seguir, solicitou a sua aposentadoria[4]. Pagou assim também o preço do intelectual cooptado e a sua competência que lhe fora imposta e mantida pelo Estado. Competência que não se estendia para além desse Estado (Favero, 1980: 48). A sua candidatura, a um posto eletivo na política nacional[5], não tinha sustentação e nem vida própria fora do âmbito estadual. Vida própria que a própria instituição de Arte não reconhecia e referendava mais.
Tasso se recolheu para a vida privada como o haviam feito Olinto de Oliveira e Libindo Ferrás, líderes anteriores do Instituto. Usufruiu o tempo da sua aposentadoria em Porto Alegre e não no Rio de Janeiro como estes líderes. Rio de Janeiro que estava perdendo, em 1958, para Brasília, o seu título de capital do Brasil. No início da década de 1970 foi indicado e chamado para receber publicamente o TITULO de PROFESSOR EMÉRITO da UFRGS ao lado do Fernando Corona.
 Como líder ele possuía o sentimento do seu tempo para se retirar do palco quando a sua ação havia passado.  Tasso sempre foi consciente das suas competências e dos seus limites nas suas EXPRESSÕES de AUTONOMIA. Na sua retirada do espaço publico ele abria espaço para outras ideias, vez e voz para outros atores. Os atores públicos nem sempre são conscientes do valor de suas ideias relativas à autonomia do campo das artes. Atores públicos que também ignoravam os limites e as competências de cada geração. Atores públicos nem sempre atentos ao fato de que o Instituto das Artes “não é formado pelos sócios, mas por aquilo que contribuíram pelo interesse que possuem no desenvolvimento das artes[6]. Os líderes, que seguiram a esteira de Tasso CORRÊA a das presidências da CC-IBA-RS, alimentaram esse patrimônio com milhares de informações [7] destinando-as  ao Arquivo Geral do IA-UFRGS. Arquivo que guarda como testemunho silencioso da parte de Tasso CORRÊA que sempre esteve “atento em alimentar a memória e a histórias do grupo com notas biográficas, cartas, fotografias, documentação meticulosa; capaz de transformar os conflitos em estímulos para a idealização e a solidariedade” conforme característica que De Masi atribui ao líder(1997: 20). O silêncio, após sua ação, assumiu outra faceta, que o mesmo De Masi percebeu (1997: 200) no líderinconscientemente inclinado a comportar-se quase como se desejasse que a organização por ele criada morresse com ele. Muitos dos sonhos de Tasso - e caminhos para realizá-los – se apagaram e se interromperam, em 07 de julho de 1977[8], quando deixou de existir fisicamente



[1] UFRGS – IA - AUDITÒRIO TASSO CORRÊA http://www.ufrgs.br/atc/
[2] - Livro de atas nº III do C.T. A, - sessão do dia 19.09.1958’ f. 90f.
[3] - Segundo o Decreto Lei n. º 19.851 de 11.04.1931 o diretor poderia ser reeleito contanto que obtivesse 2/3 dos votos.“Art. 27 – O diretor dos institutos universitários, órgão executivo da direção técnica e administrativa dos institutos, será nomeado pelo Governo, que o escolherá de uma lista tríplice...§ 3º - O diretor terá exercício pelo prazo de três anos e só poderá figurar na lista tríplice seguinte pelo voto de dois terços da Congregação ou do Conselho Universitário”.  Tasso Corrêa esperava, nessa eleição de 1958, a costumeira UNANIMIDADE costumeira de votos...o que de fato não mais se concretizou
[4] - Evento narrado por Luís Carlos PINTO MACIEL  acadêmico na época, depois professor e diretor do IA-UFRGS quando propôs a Conselho da Unidade o titulo de Professor Emérito da UFRGS  para Tasso Corrêa e Fernando Corona
[5] - Tasso Corrêa havia pleiteado, em 1954, a candidatura para o Senado Federal pelo Partido Social Progressista, perdendo esta vaga para Armando Pereira Câmara e Daniel Krieger, sendo eleito Ildo Meneghetti para governador. Leonel Moura Brizola alcançou, pelo PTB, o maior número de sufrágios para a Câmara Federal  do Rio Grande do Sul.  Documentos do currículo de Tasso Bolívar Corrêa {148CUR} – Eleições em 03.10.1954 https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_gerais_no_Brasil_em_1954 

[6] - {004ATA}. Livro de Atas n° I da CC-ILBA-RS, f. 3v.  de 01.05.1908.
[7]  - Currículo de Tasso Bolívar Corrêa (1901-1977) {148bCUR}
[8]  - CORRÊA dos SANTOS, Nayá   “TASSO CORRÊA: uma vida uma obra de arte”. Porto  Alegre: Evangraf, 2001,  p.5.

SUMÁRIO dos

TEMAS da SÉRIE de POSTAGENS RELATIVAS ao PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA


163 – INTRODUÇÃO

 http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/163-o-pensamento-de-tasso-correa.html

01O PROBLEMA..

02 - HIPÓTESESE...

03 –.. OBJETIVOS

164 - FORMAÇÃO


04 - .O PENSAMENTO de TASSO CORRÊA e a sua ORIGEM FAMILIAR

05  - A FORMAÇÂO SUPERIOR de TASSO e ERNANI entre os anos de 1918 -1924

06 - INÍCIO da ATIVIDADE PROFISSIONAL  de TASSO e de ERNANI no RIO GRANDE do SUL

07 -  A REVOLUÇÃO de 1930 e as ARTES



165 - A UNIVERSIDADE BRASLEIRA e a ARTE

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/04/165-o-pensamento-de-tasso-correa.html

08 - A UNIVERSIDADE no HORIZONTE do BRASIL

09 - O CONFRONTO de 1933 - no THEATRO SÃO PEDRO

10 – O DISCURSO de TASSO CORRÊA como PARANINFO no THEATRO SÃO PEDRO em 24/10/1933



166 - PASSANDO para PRÁTICA


11 – A UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA) e o PENSAMENTO de TASSO CORRÊA

.12 – APOIO DOCENTE a TASSO CORRÊA e à UNIVERSIDADE de PORTO ALEGRE (UPA)


167 – O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA EXPRESSO em CONTRATO INSTITUCIONAL


-13 – A LAVRA de um CONTRATO INSTITUCIONAL

-14 – A COMISSÃO  CENTRAL  RETIRA-SE  do CENÁRIO do IBA- RS

168 - ASSUMINDO as FUNÇÕES


. 15  – APOIO DISCENTE a TASSO CORRÊA

..16 - O CONTRATO CONTROVERSO de  FERNANDO CORONA

. 17 - O DIRETOR ASSUME suas EFETIVAS FUNÇÕES.

169 - O CONSTRUTOR


...18 - TASSO CORRÊA o CONSTRUTOR

. 19 - TASSO CORRÊA  CONSELHEIRO de EDUCAÇÂO e CULTURA do RIO GRANDE do SUL

  20 - TASSO CORRÊA PROPÔE a UNIVERSIDADE das ARTES

170- CULMINÂNCIA


   21 – A CULMINÂNCIA da ADMINISTRAÇÂO de TASSO CORRÊA

   22 – O 1º SALÃO PAN-AMERICANO e o 1º CONGRESSO BRASILEIRO de ARTE

   23 – Um DESFECHO INESPERADO

171 – CONCLUSÕES e LOGÍSTICA


CONCLUSÕES

FONTES BIBLIOGRÁFICAS e NUMÈRICAS DIGITAIS

SIMON, Círio -  Pensamento de Tasso Corrêa  (1901-1977)– Porto Alegre: monografia,  2016 ,
     130 fls -  com DVD,  nº do sistema bibliotecas as UFRGS 000994363

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