sábado, 5 de março de 2016

158 - ESTUDO das ARTES – O DIA da ARTE

O DIA da ARTE : 12 de agosto.

O DIA da ARTE comemora o 12 de agosto quando foi criada oficialmente, em 1816,  a ESCOLA REAL de BELAS ARTES e OFÍCIOS pelo governo do BRASIL UNIDO[1].
O ADVOGADO celebra o seu DIA a cada 11 de agosto devido a criação, em 1827, das Faculdades de Direito de São Paulo e de Olinda.
O DIA da ARTE rememora e marca, a cada 12 de agosto, a criação do 1º Curso Superior de Arte no Brasil. A data de 12 de agosto de 2016 possui um significado especial, pois constitui o bicentenário desta criação.



[1] DECRETO REAL do dia 12 de AGOSTO de 1816 cria a ESCOLA REAL de BELAS ARTES e OFÍCIOS

Fig. 01 – Os vestígios da passagem de Dom João VI pelo Brasil estão guardados no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.   Vestígios do pensamento e ação  silenciosa e decidida ação deste soberano de quatro continentes .

O que se celebra, no dia 12 de agosto, é o inicio efetivo de um projeto oficial do ESTADO BRASILEIRO no CAMPO das ARTES.
Antes desta data as iniciativas nas ARTES estavam ao encargo da Igreja, das confrarias, de guildas e de raros e ricos particulares.
Fig. 02 – O Conde da Barca ou  Antônio de Araújo e Azevedo (1758-1817) - Ministro e Secretario de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos do Reino Unido Portugal Algarves e Brasil foi responsável não só pela vinda da Missão Artística Francesa, mas por um vasto estudo e contatos mundiais com intelectuais e administradores como os irmãos  Humboldt. Apesar da feroz resistência e o constante patrulhamento ideológico de que foi vítima[1] trouxe outras instituições científicas e uma alentada biblioteca

No dia 12 de agosto de 1816 o ESTADO RECONHECEU oficialmente a força simbólica das ARTES nos primórdios da ERA INDUSTRIAL e sob o impulso do ILUMINISMO, RAZÃO e ENCICLOPEDISMO.
Este ESTADO passou a investir objetiva, legal e monetariamente no estímulo da criação estética. Iniciou com a formação erudita de agentes qualificados para sustentar este projeto.
Projeto no qual podia demostrar praticamente uma COMPENSAÇÃO da VIOLÊNCIA que necessitava exercer como delegação dos cidadãos que abdicavam, a favor deste ESTADO, da prática da JUSTIÇA como as suas MÃOS e MEIOS.
O ESTADO compreendeu a tênue linha que separa a ARTE SOCIALMENTE ACEITA da DELINQUÊNCIA. Motivado por esta distinção significativa este PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR do EXERCÍCIO da sua PRÓPRIA VIOLÊNCIA o Estado Brasileiro posicionou-se a favor de criação de INSTITUIÇÕES de ARTE destinadas a durar por TEMPO INDETERMINADO. Instituições que estão presentes, em 2016, ativas no corpo da Nação Brasileira e mantidas pelos erários municipais, estaduais e federais.



[1]  CONDE da BARCA e HIPÒLITO JOSÉ da COSTA   http://naofoinogrito.blogspot.com.br/2016/02/131-nao-foi-no-grito.html
Prédio da IABA fotografado por Marc Ferrez e cujo portal se encontra no Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Fig. 03 –  O prédio da Imperial Academia de Belas Artes foi projetado,  orientado e comandado  por Grandjean de Montigny[1] membro da Missão Artística Francesa e um dos professores de Arquitetura propostos, em 1816, por Joaquim Le Breton.   Os traços desta construção caracterizaram a nova estilística do Brasil soberano e que se divulgaram por todo imenso território brasileiro permanecendo como referencial estético e oficial em município e províncias imperiais.

O Estado Brasileiro, nas suas três esferas de poder,  NÃO dispensou o PODER ORIGINÁRIO da NAÇÃO.
Ao contrário. Muitas destas instituições são provenientes de meritórias iniciativas particulares ou são sustentadas eficaz e continuadamente por ASSOCIAÇÕES de CARÁTER CIVIL. Estão aí as ASSOCIAÇÕES de AMIGOS que ainda se regulam pela LEI nº 173 de 10 de setembro de 1893[2].
Jean Baptiste DEBRET (1768 – 1848) Coroação de Dom João VI no dia 06  de fevereiro de 1818
Fig. 04 – A  Missão Artística Francesa foi responsável pela mudança radical das tendências barrocas tardias e de um tímido Rococó vigentes no Brasil Colonial  para mudar para uma estética decorrente do Iluminismo e a retomada do mundo clássico greco-romano.   Jean Baptiste DEBRET cobriu a fachada do antigo  palácio colonial com elementos estéticos Neoclássicos para o cenário da coroação de Dom João VI.  A Missão Artística Francesa cercava o corte de Napoleão Bonaparte e trouxe ao Brasil um PROJETO CIVILIZATÒRIO que marcou todo o período Imperial brasileiro.,

Em 2016 o ESTADO NACIONAL está sofrendo profundas mudanças conceituais, práticas. Mudanças que geram novos hábitos decorrentes da materialidade e das práticas exigidos cada vez mais pela ERA PÓS-INDUSTRIAL. Época que ainda exige cálculos na ponta do lápis para admitir e implementar novas concepções e práticas.
De outra parte permanecem e se manifestam, a cada instante, os profundos sintomas da permanência dos hábitos, coloniais, escravocratas e imperiais. Estas forças entrópicas desqualificam e denigrem qualquer iniciativa deste Estado Nacional por melhor que tenham sido, ou seja, as intenções iniciais da instituição ou dos seus promotores. A própria IABA teve de se submeter a vexames sem limites para simplesmente continuar existindo na prática[1]



[1] - Desqualificações e entropia das instituições de arte no Brasil    http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/03/estudos-de-arte-011.html

Fig. 05 – Manuel Araújo Porto-alegre (1808-1979) foi um dos sul-rio-grandenses que sofreu e teve influência direta e decisiva da Missão Artística Francesa.   Proveniente do bojo da cultura do Brasil Colônia foi alguém que compreendeu toda extensão deste novo projeto civilizatório necessário para a jovem nação. Se não foi compreendida a extensão e a diversidade de sua obra certamente faltam-lhe juízos competentes.  Juízes para entender as devastadoras mentalidades satisfeitas com a escravidão voluntária, ativa e a profunda heteronomia estética, intelectual e moral em que se debatia o PODER ORIGINÁRIO a NAÇÂO BRASILERA do seu TEMPO.

O dia  12 de agosto de 2016 impõe no caso de Porto Alegre a avaliação do quanto os erários públicos destinam à estes instituições destina às ARTES distinta da CULTURA .
¿ Quanto o erário municipal de PORTO ALEGRE destina e usa na manutenção do seu ATELIER LIVRE entre outras instituições destinadas às ARTES?.
¿ Quanto o Estado do Rio Grande do Sul destina para a manutenção continuada do MARGS e do Museu da Arte Contemporânea e congêneres, espalhados pelo território regional?.
¿Quanto o Estado Federal destina objetivamente só para a manutenção passiva do seu INSTITUTO de ARTE atualmente incorporado à UFRGS?.
Esse conhecimento, objetivo e numérico, reconhece também os drásticos limites do ESTADO BRASILEIRO. Limites a partir dos quais as meritórias iniciativas particulares tenham  conhecimento de suas competências. Conhecimento motivador da vontade e da sensibilidade para interagir com ESTADO BRASILEIRO transparente.
Interação que, na prática, favorece a ambos e gera uma consciência coletiva a caminho para uma identidade duradouro por tempo indeterminado.  
Fig. 06 –  O governo do Estado do Rio Grande do Sul possui no MUSEU de ARTE do RIO GRANDE do SUL (MARGS) um dos pontos visíveis do seu PROJETO CIVILIZATÒRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA que necessita para CUMPRIR o seu COTRATO com os seus CIDADÂOS.   Ado Malagoli  - seu idealizador e efetivo criador - cercou-se de representantes governamentais de todas as instâncias para concretizar este projeto. A sua condição de estudante da ENBA  entre 1928 e 1932, os contatos que levaram em 1937 a criação do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro e os sus estudos norte-americanos foram lições preciosas e não negligenciadas por ele no momento de colocar no mundo o MARGS.

De outro lado a ERA PÓS-INDUSTRIAL, ao desregular os trabalhos, os  empregos e tornar obsoleta a lógica e as práticas da ERA INDUSTRIAL,  encontra um potencial único na CRIATIVIDADE HUMANA guiada pela ARTE SOCIALMENTE ACEITA para a formação continuada, o uso de energias ainda insuspeitas e de recompensas inéditas.
Este PROJETO CIVILIZADOR se encontra em franca contramão das constantes PERDAS HUMANAS e MATERIAIS provenientes dos conflitos e das guerras que as ARMAS e GUERRAS INDUSTRIAIS impõe ao longo de sua fabricação, instalação e uso com o objetivo de buscar uma fantasmagórica e questionável  hegemonia de quem as produz, comercializa e usa.  ARMAS que provocam genocídios e patrulhamentos reciproco permanentes.
No polo oposto as ARTES, socialmente aceitas, geram narrativas históricas completamente diferentes e NARRATIVAS e PRÁTICAS de PAZ.  A ARTE GERA uma HISTÓRIA diametralmente oposta às NARRATIVAS BÉLICAS das histórias nacionais. GUERRAS que tudo avassalam ao longo de suas preparações, ações militares, rancores e as vinganças sobre suas vítimas e vencidos. ARTE que constrói, edifica o construtor ao longo de sua obra, atrai multidões que se identificam com o ideal do artista e que acumulam legados simbólicos e materiais  que orgulham TODA a HUMANIDADE sem distinção de etnia, tempo ou lugar geográfico
Cabe a quem governa escolher entre a ARTE ou as ARMAS. As duas são irreconciliáveis. Militar não pode PENSAR e nem SENTIR. Por isto é uma contradição encontrar um MILITAR ARTISTA SOCIALMENTE ACEITO. Nem é possível encontrar, na carreira militar,  um FILÓSOFO que saiba se impor e  lidar, na sua AUTONOMIA, com a CONTRADIÇÃO e transformá-la numa COMPLEMENTARIEDADE produtiva e autossustentável.
ENBA em 1910 projeto Moralles del Rio
Fig. 07 – Um dos prédios de prestigio na Av. Rio Branco (Av. Central) é aquele da Escola Nacional de Belas Artes e materializado nos primeiros anos do Regime Republicano Brasileiro.  Pelo Decreto Nº 19.852, de 11de abril de 1931, o governo brasileiro assumia de uma pioneira a interação administrativa da instituição de arte a Universidade. Em contrapartida a ENBA perdia a sua autonomia plena. Hoje esta instituição encontra-se alojada no prédio da Reitoria da UFRJ na Ilha do Fundão. O prestigioso prédio da Av. Rio Branco abriga o Museu de Bels Artes[1]..,

Certamente o DIA da ARTE, comemorado no dia 12 de agosto, não se limita à atualização da inteligência do passado ou do presente concreto e dado. O seu papel é projeta-se na PRÁTICA da PESQUISA CONTINUADA e na BUSCA de uma IDENTIDADE COLETIVA NACIONAL e PLANETÁRIA da ESPÉCIE HUMANA. ESPÉCIE HUMANA que POSSUI na ARTE uma LINGUAGEM UNIVERSAL e POSITIVA.
O dia 12 de agosto marcava na AIBA e na ENBA a data BIENAL da inauguração do SALÃO NACIONAL de BELAS ARTES conforme  carta de Joaquim LE BRETON ao CONDE da BARCA sugerindo este evento público para toda a nação[2].



[2]  “ Todos os anos em época determinada, como o dia do aniversário do Rei ou de sua chagada ao Brasil, poder-se-ia fazer exposição pública de todos os trabalhos da escola, tanto de professores como dos alunos, e distribuir prêmios aos que houvessem demonstrado mais talento ou feito maiores progressos”. CARTA do dia 12 de junho de 1816 de LE BRETON ao CONDE da BARCA

Fig. 08 – Hélios SEELINGER (1878-1965) foi uma das ligações mais preciosas e constantes entre a ENBA, Museu Nacional de Belas Artes e a ARTE sul-rio-grandense.   Animador e presente no SALÂO de OUTONO realizado na Prefeitura de Porto Alegre em 1925 previu visualmente o final da REPUBLICA VELHA. Neste ano ele percebia as novas forças dispostas a subir ao palco nacional sob o lema e o título da sua obra “DE PÈ PELO RIO GRANDE e PELO BRASIL”.[1]

Num olhar retrospectivo dos dois séculos da existência oficial da ESCOLA REAL de BELAS ARTES e OFÍCIOS, criada em 12 de agosto de 1816, é possível ver a extraordinária evolução deste pensamento e projeto. Era proveniente de um projeto inicial de uma ESCOLA que previa o contrato de 6 (seis) docentes em tempo parcial. O proponente Le Breton e a maioria destes docentes integravam a Missão artística Francesa desembarcada no mês de março de 1816 e sob os auspícios do Conde da Barca. Com advento da soberania brasileira, ganhou em 1826,  a denominação de IMPERIAL ACADEMIA de BELAS ARTES (IABA). Ao passar para o regime republicano passou a se denominar ESCOLA NACIONAL de BELAS ARTES (ENBA). Foi integrada na primeira universidade  pelo Decreto nº 19.852[2] de 11 de abril de 1931 e continua a sua meritória atuação como ESCOLA de BELAS ARTES da UFRJ. Foi competente para as mudanças que estes regimes exigiam dela. Em todas estas épocas contribuiu para materializar simbolicamente a frágil e confusa  IDENTIDADE NACIONAL BRASILEIRA.
Fig. 09 – Ado MALOGOLI (1908-1994) foi dos estudantes da ENBA na critica passagem desta instituição do antigo regime da Republica Velha para a sua incorporação na Universidade pelo Decreto nº 19.852 de 1931. Neste meio tempo foi testemunha da administração meteórica de Lúcio Costa, do seu mítico Salão Moderna. Nacional  de Belas Artes e a sua defenestração pelos tradicionais titulares da ENBA O IBA-RS ainda na autonomia o contratou em 1951 com a condição da criação do MARGS. Malagoli tinha sido estudante da Escola de Artes e Ofícios de São Paulo, interagira com a maioria dos componentes do Grupo Santa Helena e em 1951 vinha da  participação da 1ª Bienal de São Paulo Toda esta experiência pessoal e coletiva ele ativou para materializar o MARGS do qual é patrono.

Também é necessário examinar a sua projeção no Rio Grande do Sul. Para iniciar,  este exame,  um bom exemplo é a origem o MUSEU de ARTES do RIO GRANDE do SUL (MARGS). O seu proponente,  criador e patrono, Ado MALAGOLI,  foi estudante da ENBA entre 1928-1932 exatamente na sua passagem entre a autonomia da ENBA e a integração na UFRJ. De outra parte esteve acompanhando o trabalho da criação do MUSEU de BELAS ARTES que ocupa atualmente o esplêndido prédio da ENBA e cuja semente Malagoli trouxe em 1954 para o Rio Grande do Sul.
Evidente que é impossível ignorar o nome de Manuel Araújo Porto-alegre. Ele não só foi estudante da IABA. O futuro Barão de Santo Ângelo interagiu diretamente com a Missão Artística Francesa, foi professor e diretor da IABA e é lembrado e festejado até os dias atuais. 
Fig. 10 – A 1ª  capa da Revista Globo de janeiro de 1929 foi concebida e desenha por Sotero COSME. Sotero teve aulas com Eugênio LATOUR na ESCOLA de ARTES do IBA-RS  

Certamente não é possível passar à margem dos nomes de Pedro Weingärtner, Oscar Boeira, Eduardo de Sá, Décio Vilares, Eugênio Latour, Helios Seelinger, Leopoldo Gotuzzo, Ernesto Scheffel e tantos outros que mantiveram interações produtivas e pessoais com esta instituição que celebra o seu BICENTENÁRIO no dia 12 de agosto de 2016.

Fig. 11 – Ernani Dias CORREA (1900-1982)  foi estudante de ARQUITETURA na ENBA entre 1918 e 1922. Os seus colegas de turma foram Lúcio COSTA[1] e  Atílio CORREA LIMA[2] No Rio Grande do Sul Ernani foi responsável pela iniciativa do primeiro Curso Técnico de Arquitetura (1939), do Curso Superior de Arquitetura (1944) e de Urbanismo (1947) desenvolvido no IBA-RS sob a direção do seu irmão Tasso Bolívar Dias CORRÊA (1901-1977)

Evidente que aqui só se considera e avaliam as suas influências diretas e pessoais. Também há necessidade de examinar os caminhos, as projeções simbólicas e legais que a atual EBA-UFRJ já propicio ao Rio Grande do Sul nos dois séculos de sua existência legal e oficial. Há necessidade de considerar o seu PROJETO CIVILIZADOR COMPENSADOR que qualquer ESTADO necessita exercer em nome do contrato que possui com os seus cidadãos.



[1] Lúcio COSTA– urbanista de Brasília  https://www.youtube.com/watch?v=pfGol4nV7Mo

[2] Atilio CORREA LIMA – arquiteto de GOIÂNIA  https://www.youtube.com/watch?v=6MmwKmrePpE

Disciplina dos Fundamentos da Cor do Curso de Artes Visuais do IBA-RS – Foto de Myra Gonçalves
Fig. 12 – A ARTE trabalha com os cinco sentidos humanos e se vale de tudo aquilo que possa  expressar e materializar para estes sentidos algum pensamento, As novas tecnologias permitem experimentos sensoriais e imersões  destes sentidos humanos em ambientes  que permitem afirmar que a ARTE apenas está na sua infância.

No Estado do RIO GRANDE do SUL  é menos importante uma recuperação da fatos, de obras e de personagens mais ou menos remotos. Trata-se prioritariamente de evidenciar o PROJETO CIVILIZADOR COMPENSADOR vivo e atuante nas suas instituições de ARTE. Trata-se de avaliar o que o erário público investe neste projeto e as respostas e a eficácia das interações do PODER ORIGINÁRIO neste mesmo PROJETO. De outra parte é indispensável a ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA para as circunstâncias locais da ERA PÓS-INDUSTRIAL. Porém acima de tudo é necessário conhecer e avaliar a PESQUISA ESTÉTICA coerente que estas circunstâncias atuais. A meta última é sempre primordial a FORMAÇÃO de UMA CONSCIÊNCIA COLETIVA capaz de gerar um contrato e um pacto do QUAL TODOS se ORGULHEM e que melhore a VIDA e o ÂNIMO de TODOS.
Fig. 13 – Ao centro Oscar Niemeyer no palco do IBA-RS na noite 13 de abril de 1949[1]. Oscar Niemeyer foi estudante da ESCOLA NACIONAL de BELAS ARTES na época anterior a separação das duas áreas estéticas. No foto, de branco os três  primeiros formandos de um CURSO SUPERIOR e URBANISMO do BRASIL Após este evento Oscar Niemeyer prometeu a si mesmo nunca mais voltar ao Rio Grande do Sul devido ao ambiente cultural que encontrou em Porto Alegre. De fato cumpriu isto até o final dos seus 107 anos de vida.
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De outra parte evidenciam-se as ARTES NOBRES e que se distinguem do TRABALHO entrópico e passageiro. Distinguem-se OBRAS das ARTES NOBRES como aquelas que, no seu MÍNIMO MATERIAL e SENSORIAL, são portadoras do MÁXIMO de conteúdo e destinadas a permanecer por TEMPO INDETERMINADO e tendem a serem UNIVERSAIS na ESPÉCIE HUMANA.
O governo brasileiro ainda não implementou o seu MINISTÉRIO das ARTES e a UNIVERSIDADE das ARTES.  MINISTÉRIO das ARTES e a UNIVERSIDADE das ARTES que são completamente distintos de um MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO e de CULTURA ou das UNIVERSIDADES GENÉRICAS mantenedoras de CURSOS SUPERIORES PROFISSIONALIZANTES.
Fig. 14 – O governo do MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE nas Pinacotecas Aldo LOCATELLI, RUBEN BERTA e no ATELIER LIVRE três pontos visíveis do seu PROJETO CIVILIZATÒRIO CMPENSADOR da VIOLÊNCIA que necessita para CUMPRIR o seu COTRATO com os seus CIDADÂS. Ao publico é dado perceber uma parte míninima das decisões, do trabalho continuado e dos recursos necessários para manter de forma contínua e por tempo indeterminado um projeto desta natureza.


Certamente o MINISTÉRIO das ARTES e a UNIVERSIDADE das ARTES virão com o tempo e na medida em que as necessidades básicas humanas estiverem satisfeitas. No contraditório o MINISTÉRIO das ARTES e a UNIVERSIDADE das ARTES são capazes de gerar bens simbólicos cada vez mais valorizados na ERA PÓS-INDUSTRIAL. Bens capazes de satisfazer também as necessidades básicas humanas pelos empregos que geram. Basta um rápido cálculo dos empregos gerados, em 2016, pelos projetos gerados pelos governos federais, estaduais, municipais e da iniciativa privada no setor das ARTES.
É necessário guardar e comemorar o dia 12 de agosto de 1816  como um divisor de água. Antes o Estado Nacional Brasileiro e Lusitano  e o seu governo, estavam neutros e inoperantes em relação à Arte. A partir desta data há uma proposição positiva e uma agenda operacional deste governo em relação ao mundo simbólico da Arte.

Fig. 15 – O governo federal possui no INSTITUTO de ARTES da UFRGS, seus docentes remunerados, seus estudantes gratuitos e equipamentos  um dos pontos visíveis do seu PROJETO CIVILIZATÒRIO CMPENSADOR da VIOLÊNCIA que necessita para CUMPRIR o seu COTRATO com os seus CIDADÂOS Uma instituição desta natureza exige decisões quotidianas, um trabalho silencioso e  continuado e  recurso mínimos  para mantê-la operacional e cumprindo de forma contínua e por tempo indeterminado este PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA do ESTADO.

Em síntese as OBRAS de ARTE sempre foram, são e continuam sendo uma sábia, civilizada e reveladora conexão entre um determinado  GOVERNO e a ORIGEM do seu PODER.

MAQUETE do MOUNUMENTO à JÙLIO de CASTILHOS -
Fig. 16 –  O projeto civilizatório do governo (1908-1913) de Carlos Barbosa notabilizou-se pela sua aa capacidade de se projetar nas obras físicas e visíveis. Foi da iniciativa deste médico de Jaguarão, com doutorado em Paris,  acolher o PROJETO do INSTITUTO LIVRE de BELAS ARTES e colocá-lo no mundo no dia 22 de abril de 1908.   Projeto apoiado por 64 comunidades de todo estado e por 25 membros de uma Comissão Central. O monumento à Júlio de Castilho ganhou forma sob a inspiração Décio VILLARES outro egresso da IABA- ENBA e autor do projeto do desenho da bandeira brasileiras sob inspiração daquele de Jean Baptiste DEBRET


FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

ARTE COMPENSADORA da VIOLÊNCIA do ESTADO NACIONAL

CARTA de LE BRETON ao CONDE da BARCA
DECRETO REAL do dia 12 de AGOSTO de 1816 cria a ESCOLA REAL de BELAS ARTES e OFÍCIOS

DIA da ARTE no BRASIL omite a origem histórica

OSCAR NIEMEYER em PORTO ALEGRE abril de 1949
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