quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

081 – ISTO é ARTE

A FESTA das ÁGUAS de NAVEGANTES e VENEZA: ou sendas abertas para o seu estudo erudito.


FIG.01 – VISTA AÉREA da procissão fluvial da  FESTA de NAVEGANTES em PORTO ALEGRE no dia 02 de fevereiro de 1930.

A Festa dos Navegantes, celebrada no dia 02 de fevereiro de cada ano, é um dos pontos altos do calendário de Porto Alegre. Fundamentalmente trata-se de uma FESTA das ÁGUAS. Na presente postagem deseja-se destacar as festas que unem e celebram esta interação de um núcleo urbano da capital do Rio Grande do Sul, cercada por um enorme caudal de água doce. Nesta celebração é possível observar uma imensa pluralidade de repertórios, temas e sentidos presentes - consciente e subliminarmente - nos eventos e nas celebrações populares de qualquer cultura humana.

FIG.02 – A procissão da  FESTA de NOSSO SENHOR dos NAVEGANTES em SALVADOR na BAHIA, celebrada cada dia 01 de janeiro sai da igreja da Conceição da Praia, vai até o mar e retorna pela baía até a igreja do Bom Fim. Ela é o ponto maior de numerosas outras procissões fluviais do rio São Francisco

Entre estes sentidos, temas e repertórios busca-se evidenciar as celebrações da FESTA das ÁGUAS que se ocorrem e ocorriam e Veneza.  A Rainha do Adriático elevou esta celebração da FESTA das ÁGUAS das fontes de sua própria cultura material e imaterial. Dos bizantinos reviveu a pompa, as circunstâncias e o esplendor do ouro. Recolheu os requintes e eventos as devoções esparsas das celebrações Afrodite grega nascida das espumas do mar. Nas profundezas deste mar e do inconsciente coletivo vinham para praia as memórias de Astarté dos navegantes fenício e a Ishtar dos Caldeus
Francisco GUARDI (1712-1791) A partida do  Bucentauro - c. 1755 – óleo 66 x 100 cm  - Museu do Louvre
FIG.03 – Na laguna de Veneza na FESTA da ASCENÇÃO sai o desfile de numerosas embarcações comandadas pela galeota dourada BUCENTAURO. A Rainha do Adriático tomava ocasião para fazer marketing e propaganda e assim marcar o seu poder e esplendor. Este poder e esplendor começaram a declinar com a descoberta de novo caminhos para os mercados do Oriente e especial com a descoberta da América. Porém a pompa e as circunstâncias foram mantidas e serviram de paradigma para festas aquáticas mundo afora.

     Veneza misturava o sagrado e profano nesta cultura material e imaterial na celebração de sua FESTA das ÁGUAS. Em Porto Alegre a FESTA de NAVEGANTES segue rigorosamente o mesmo padrão.

Foto da antiga Igreja Nossa Senhora do Rosário de Porto Alegre  demolida na década de 1950.
FIG.04 – A igreja do ROSÁRIO foi obra da Irmandade do Rosário de PORTO ALEGRE. O costume transfere para este templo a imagem de  Nossa Senhora dos NAVEGANTES uma semana antes  do dia 02 de FEVEREIRO.  A procissão fluvial, ou terrestre, parte deste ponto. A igreja original de Nossa Senhora do Rosário de Porto Alegre  foi construída pelos cativos nos dias de suas folgas e com o dinheiro arrecadado pelo venda de quitutes preparadas pelas escravas. Evidencia-se assim o profundo vínculo da cultura afro-brasileira com a festa de Nossa Senhora dos Navegantes.

  Porém Porto Alegre não é um ponto isolado e único nesta celebração. A FESTA das ÁGUAS foi e continua sendo ainda uma cultura litorânea e fluvial do Brasil inteiro. Nesta relação de cidades brasileiras a beira da água acontece festas como o Senhor dos Navegantes de Salvador na Bahia no dia 01 de janeiro.

LAYTANO, 1955, p.123. fig. b
FIG.05 – A multidão forma a PROCISSÃO da FESTA de NAVEGANTES em PORTO ALEGRE. O  verão escaldante de Porto Alegre obriga ao uso de multicolores sombrinhas.

A festa do Círio de Belém de Pará não esquece que a existência da capital do Pará depende das águas. A herança afro-brasileira celebra na beira das águas as suas divindades ancestrais e em especial de Iemanjá. O pesquisador Dante Laytano pesquisou e publicou em 1955, as celebrações afro-brasileiras da Festa das Águas em Porto Alegre.

LAYTANO, 1955, p.115. fig. b
FIG.06 – EMBARQUE no cais de PORTO ALEGRE no 02 de FEVEREIRO  para dar início à PROCISSÃO FLUVIAL em direção ao BAIRRO de NAVEGANTES. Este percurso foi alterado para a  procissão terrestre depois do desastre do Bateau Mouche ocorrido no Rio de Janeiro.

A FESTA das ÁGUAS ganha também conotações ecológicas. Motiva alertas  e constitui a motivação certa no sentido contemporâneo de denunciar e afastar as ameaças que sofre a preservação das águas potáveis. O Museu das Águas de Porto Alegre projeta, reforça e materializa esta motivação.

LAYTANO, 1955, p.114. fig. a
FIG.07 – O tradicional barco JENNY NAVAL, lotado no dia 02 de FEVEREIRO, navega, com a imagem de Nossa Senhora dos NAVEGANTES,  rumo à maior FESTA POPULAR de PORTO ALEGRE

Na conclusão é possível constatar que a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes abre um enorme leque de estudos, pesquisas e ações. Nas pesquisas restam numerosas sendas abertas pelo trabalho exemplar de Dante Laytano.

LAYTANO, 1955, p.117. fig. a
FIG.08 – Um detalhe da POPULAÇÃO  que aflui para a FESTA de NAVEGANTES em PORTO ALEGRE no dia 02 de FEVEREIRO 

Nos possíveis materiais logísticos, deste estudo, encontra-se o acervo jornalístico escrito, falado e de imagens desta festa local. O estudo sistemático deste material é capaz de preencher existências humanas com o seu estudo.


FIG.09 –A PONTE da Travessia do Delta do Jacui por pouco não obrigou a demolição  do templo  de Nossa Senhora dos NAVEGANTES em PORTO ALEGRE. Hoje a ponte constitui um cenário que envolve este templo

Outros tantos temas de estudos estão dispersos nos materiais empíricos dispersos no bairro Navegantes de Porto Alegre. De um lado um eterno estacionamento provisório, depósitos e vida efêmera de experiências empresariais. Pelo constante trânsito, armar e desarmar a festa e o trabalho de biscate e mutável faz jus ao temo NAVEGANTES. O prédio do seu templo um barco emborcado a espera de ser posto na correnteza.   De outra parte -   e contraditoriamente - existe neste bairro um busca de tornar este local um lar, um ponto de permanência. Este contrate - entre efêmero e eterno - coloca o Bairro Navegantes em plena consonância com a passagem da Era Industrial para o virtual.


FIG.10 – A culminância religiosa da FESTA de NAVEGANTES é a MISSA CAMPAL rezada diante do templo reconstruído em 1913 após o incêndio do templo ali erguido em 1875.  Este incêndio ocorreu em  dezembro de 1910  e foi divulgada como criminoso. Felizmente o templo tinha um seguro, o que permitiu dar inicio à sua rápida reconstrução.

São instituições, grupos envolvidos e famílias tradicionais frequentadores assíduos desta FESTA.  Isto sem tocar na História e nas narrativas orais avulsas e pessoais de quem organiza, executa e avalia este evento.

Margarida TEIXEIRA de PIVA doadora do terreno da Igreja Navegantes  Correio do Povo 03.01.2011
FIG.11 – DONA MARGARIDA TEIXEIRA foi doadora do terreno para erguer o primeiro templo em 1875. Hoje ela é homenageada pelo nome de uma das ruas do bairro. A orla do Guaíba abrigava uma série de chácaras unidas por um belo passeio descrito por vários viajantes.  Inclusive Debret desenhou este passeio e que equivocadamente atribuiu com sendo um vista de Paranaguá.

As conexões de Porto Alegre com Veneza estão na memória de uma grande leva imigratória italiana procedente desta região.  No presente Veneza consegue manter-se, como rainha do Adriático pela sua indústria cultural do turismo e na sua centenária Bienal.

FIG.12 – O Bairro NAVEGANTES, de PORTO ALEGRE, abrigou um intenso parque industrial do qual sobram alguns índices. Qs prédios das Fábricas RENNER estão parcialmente preservados e readequados. Neste sentido este bairro seguiu o exemplo do Arsenal de Veneza

Tanto Veneza com Porto Alegre perderam as atividades industriais, estaleiros e o próprio sentido original dos seus portos. Neste sentido a Bienal do Mercosul possui na sua genética esta raiz veneziana.


FIG.13 – A capa do LIVRO de Dante LAYTANO. Sua consulta ganha sentido na medida em que estuda e publica inclusive estatísticas da presença e da força da cultura afro-brasileira em PORTO ALEGRE, tendo como motivo e guia a FESTA de NAVEGANTES. Esta obra visita também o panteão da cultura afro pela mão de diversos pais de santo que o seu autor entrevistou na época. Assim se debruça sobre as possíveis conexões religiosas entre Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes.

Na presente postagem arranhou-se apenas a imensa pluralidade de repertórios, temas e sentidos presentes - consciente e subliminarmente – no evento das celebrações populares da Festa de Nossa Senhora dos Navegantes de Porto Alegre.
       Evento e celebração aberto para leituras complementares ou contrárias. Nas contrariedades não faltaram contrariedades, incêndios, proibição da procissão fluvial e ameaças de sua pura e simples demolição do seu templo. Na complementariedade este evento consegue unir credos, rituais, festas sacras e profanas. Só para levantar um outro véu deste evento seria possível evidenciar e pesquisar a relação da música popular com a festa  e em especial de Lupicínio Rodrigues (1914-1974) cujo centenário de nascimento ocorre em 2014.

FIG.13 – O cenário do templo e da festa e Nossa Senhora dos NAVEGANTES em PORTO ALEGRE PONTE foi ameçado pela ponte  Travessia do Delta do Jacui e posteriormente pel traçado do metrô de superfície. Em 2013 ela convive com a via expressa, com o ponte, metrô e assiste a revitalização do Cais Navegantes e convive com o Shopping DC NAVEGANTES que ocupou os prédios das fábricas Renner
  

FONTE IMPRESSA

LAYTANO, Dante (1908-2000) Festa de Nossa Senhora dos Navegantes: estudo de uma tradição das populações Afro-Brasileiras de Porto Alegre – Curitiba: Instituto Brasileiro de Educação e Ciência I.B.E.C.C. vol 6  1955 – 128 p.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

ASTARTÉ

BUCENTAURO  de VENEZA

DANTE LAYTANO

GALEOTA de OURO de DONA MARIA I de PORTUGAL

MUSEU das ÁGUAS de PORTO ALEGRE

NOSSO SENHOR dos NAVEGANTES da BAHIA
A Galeota

PORTOA ALEGRE PROCISSÂO FLUVIAL dos NAVEGANTES em 1930
http://ronaldofotografia.blogspot.com.br/2010/07/vista-aerea-do-cais-do-porto-em-1930.html

SOCIEDADE VENEZIANOS de PORTO ALEGRE

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

080 – ISTO é ARTE

UNIVERSIDADE das ARTES
do
 RIO GRANDE do SUL.

O único elemento, entre todos os “autênticos” pontos de vista essenciais que elas (as universidades) podem, legitimamente, oferecer aos seus estudantes, para ajudá-los em seu caminho pela vida afora, é o hábito de assumir o dever da integridade intelectual; isso acarreta necessariamente uma inexorável lucidez a respeito de si mesmos.          Max WEBER 1989: 70  [1]

Os PROBLEMAS que se PRETENDE SOLUCINAR com a UNIVERSIDADE de ARTES do RIO GRANDE do SUL.
O que se propõe aqui não existe ainda no Brasil e no Rio Grande do Sul. Objetiva reunir grupos de artistas em meio da sua carreira produtiva, domiciliados no Rio Grande do Sul e com potencialidade de projeção mundial.  A sua constituição e o seu funcionamento continuado enfrenta, de um lado, o problema crônico da sustentação de uma carreira produtiva de um artista criador na sua plena potencialidade. Do outro a quase nula presença da Arte produzida no Rio Grande do Sul fora das fronteiras geográficas, culturais e políticos.


[1] - WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo : Cortez, 1989.  152 p.

ZOOLITO- Artefato de Sambaqui - LEPAARQ – UFPEL
Fig. 01 – O patrimônio daa Artes, praticadas no espaço físico do Estado do Rio Grande si Sul, recua ás mais remotas eras e práticas estéticas humanas presentes nos primórdios de todas as civilizações. Existem as mais meritórias  pesquisas em parâmetros cientificas em andamento. Para atingirem a circulação  das estéticas humanas universais necessitam apenas um projeto consistente, operacional de uma UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL e a garantia de um funcionamento continuado por tempo indeterminado. 

ESTUDANTES, DOCENTES  e  MANTENEDORA
Estes artistas criadores em meio de sua carreira produtiva, seriam admitidos em projetos com meios orçamentários específicos e suficientes antes, durante e após a sua conclusão. Na medida em que se configuram estes projetos os grupos selecionados e escolhidos mediante um projeto de vida, currículo e  um problema específico que desejaram equacionar na nas  manifestações de Arte no âmbito do Rio grande do Sul. Estes estudantes que provaram a sua competência e gosto pelas Artes nas suas unidades ou centros de origem. Projeto, currículo e problema previamente submetidos aos grupos de docentes qualificados internacionalmente. Estes se tornariam orientadores ao longo do tempo do contrato com a mantenedora. Como orientadores abririam as seus orientandos contatos personalizados e estágios nos seus centros culturais de origem.

Oca semi-subterrânea do  indígenas do RS -  Desenho Museu da UFRGS - 2013
Fig. 02 – O patrimônio da  origem das Artes todas as civilizações é muito diversificado mesmo nos seus primórdios. Assim há necessidade de muito cuidado em generalizações apressadas e realizadas com o repertório conceitual contemporâneo. Mesmo no espaço físico  Estado do Rio Grande do Sul são muitos diversas as formas e os estágios culturais internos às práticas estéticas humanas.  As mais meritórias pesquisas em andamento  possuem muita dificuldade para definir , em parâmetros cientificas,  a gratuidade das manifestações artísticas daquelas que eram destinadas ao consumo e a ao trabalho de sobrevivência humana. A UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL é de extrema necessidade para conceituar este patrimônio material do passado. Ao mesmo tempo perceber, estudar e fazer circular o patrimônio imaterial  estético indígena rio-grandense em  plena vigência.

O  QUE NÃO se PROPÕE.
Esta proposta não quer sombrear ou substituir qualquer unidade ou centro de Artes já existente nas atuais instituições superiores existentes e em funcionamento no Rio Grande do Sul, tanto da iniciativa pública como da particular. Estas unidades ou centros de Artes continuariam a ministrar os seus cursos superiores e promover os seus programas de pós-graduação

Carlos Alberto do OLIVEIRA (1951-  ) o CARLÃO – “Futebol”
Fig. 03 – A presença das  práticas estéticas da cultura afro-brasileira é forte,  notável e entranhado no  patrimônio das Artes do Estado do Rio Grande do Sul. Esta estética teve invulgar e notável aceitação recente nas mais variadas culturas mundiais. Como tal foi fundamento para os mais notáveis artistas recentes.  Tanto o seu patrimônio material, mas especialmente imaterial,  erguem um véu que recobre as mais remotas eras e humanas presentes nos primórdios de todas as civilizações. A UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL pode ultrapassar a simples contabilidade das cotas. É oportunidade  para transcender, por meio desta sabedoria estética afro-brasileira, algo de universal e ao mesmo tempo carregado o desenvolvimento que teve ao longo de toda história local. De outra parte, pesquisas em parâmetros científicos,  põe em evidência outros bloqueios econômicos, sociais e políticos que as minorias sempre sofrem em qualquer cultura. Bloqueios onde a Arte possui um papel primordial na sua superação ou uma simples forma para contornar estes bloqueios. 

A Universidade de Artes, que se propõe aqui, faria a pesquisa, extensão e ensino em altíssimo nível de primeira linha com a circulação da massa crítica das Artes a tal ponto que circulem efetivamente no circuito internacional. Isto significa projetos com começo, meio e fim com grupos de docentes selecionadíssimos internacionalmente.

LÚDICA INFANTIL SUL-RIO-GRANDENSE - Pesquisa de Glaucus SARAIVA de FONSECA (1921-1983)
Fig. 04 – O ser humano, em formação, transita por todos das Artes e da cultura. No espaço físico do Estado do Rio Grande do Sul as Escolinhas de Arte, tiveram uma época de extraordinário florescimento. Algumas foram a semente de atuais Universidades.  O mesmo pode ser dito dos Centros de Tradições Gaúchos onde alguns pesquisadores de méritos se debruçaram o sua pesquisa, estudo e formação de acervos de brinquedos, jogos e instrumentos de música.  A UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL pode se constituir na garantia de um funcionamento continuado por tempo indeterminado destas pesquisas, estudos e formação de acervos tanto do que foi das Escolinhas de Arte como aquilo que pertence ao mundo do Folclore. 

A MANTENEDORA
A mantenedora é criativa na mesma proporção do problema que se de propõe enfrentar. Esta mantenedora, que se propõe, seria formada por administradores competentes para manter as parcerias com o Estado Brasileiro, nos seus três níveis, instituições e outras mantenedoras e que não podem arcar individualmente com um investimento desta natureza. Mantenedora competente para garantir, por tempo indeterminado, uma salutar investigação estética,  formar um patrimônio da Arte produzida no Rio Grande do Sul de interesse universal.  Patrimônio do passado, do presente e do futuro acessível, pela rede mundial,  em tempo integral e instantemente.
 
“Madona” - Museu Municipal de CAXIAS do SUL
Fig. 05 – O imigrante não encontrou dificuldade para recomeçar as manifestações do seu próprio patrimônio das Artes e passou a praticá-las no espaço físico do Estado do Rio Grande si Sul. Nestas culturas transplantadas, a sua arte ínsita, recua aos primórdios de todas as civilizações. Isto não seria possível nas suas culturas de origem, pois os parâmetros culturais já estão canonicamente estabelecidos e sufocam qualquer concorrência. De outra parte esta culturas transplantadas não  possuem barreiras, contratos ou convenções que impeça a circulação em outras culturas locais ou adventícias que se encontram no mesmo estágio. Isto permite que as mais diversas culturas estrangeiras sintam-se em casa nos CTGs, nas “casas dos santos” e absorvam hábitos alimentares indígenas. A UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL garante um funcionamento continuado desta plasticidade por tempo indeterminado na medida em cultivar o hábito de integridade intelectual. 

O MINISTÉRIO das ARTES.
Como não existe um Ministério de Artes no Brasil e o Ministério da Cultura muito pouco faz ou pode fazer pelas Artes. O mesmo acontece nas Secretarias estaduais ou municipais. Com a ausência de Secretarias de Arte as relações com o Estado Brasileiro seriam balizadas por novas normativas oriundas tanta da Educação, da Cultura, do Itamarati, da Fazenda e Indústria e do Comércio, mediadas por uma legislação específica proveniente do Legislativo.
Assim a ausência de um mero corpo administrativo central, na forma de um Ministério das Artes, só poderia atrapalhar a autonomia tão cara para as manifestações artísticas e aos artistas criadores.

DOIS SUL-RIO-GRANDENES-Araújo Porto-alegre e Osório - a Arte e a Espada- Praça da Alfândega - PORTOALEGRE
Fig. 06 – O sul-rio-grandense usa tanto a pena como a espada. Espada que foi usado abundantemente na defesa territorial como do General Osório. A pena traçou paginas que figuram no patrimôni9 brasileiro como aquelas escritas por Manuel Araújo Porto-alegre. Em especial aquelas que consolidaram a Imperial Academia de Belas Artes e na qual foi conselheiro de vários artistas de renome nacional.  É interessante notar como em tempo de espada mundial, como as duas Guerras Mundiais, do século XX, vários artistas do Centro do Brasil escolheram o Rio Grande do Sul para realizar o seu “Grand Tour” o que não era possível no velho mundo conflagrado. A UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL seria a garantia de investigação, sistematização das preciosas conexões da cultura regional com a cultura brasileira e na qual possui um papel primordial e que em geral é encoberto de lamúrias infantis. 

RESULTADOS AGUARDADOS.
 Como o investimento é alto, a longo prazo e os resultados incertos, existe um trabalho preliminar para identificação em que pontos, época e projetos é possível investir.  O resultado central da UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL  que se espera é um apoio decisivo  para que a Arte praticada no âmbito deste estado. A obra de Arte o seu artista são cruciais para que  sejam conhecida no circuito mundial.  Esta obra e o seu criador,  incluídos e considerados na pesquisa internacional é um dos objetivos deste ente cultural.

Pedro WEINGÄRTNER  (1856-1929) -  Ferraria em Montebello – 1927 -  óleo 24 x 40 cm

Fig. 07 – O olhar e a obra de Pedro Weingärtner, com uma segura formação pictórica, não recuava do mais simples tema disponível ao seu pincel no espaço físico do Estado do Rio Grande do Sul. Obra e olhar que foram traços de união entre a cultura germânica de sua origem com da cultura italiana com o seu atelier em Roma.  Se na sua época a Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, a própria mantenedora achava uma ofensa aos méritos deste artista, oferecer-lhe um salário aviltante pelas suas preciosas e seguras aulas de Arte. A UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL, antes de vir ao mundo  prático,  necessita ter a garantia de um contrato digno e coerente,  tanto para o docente como para o estudante que admitir ao longo de um período contratado. 

Esta carência salta aos olhos de todos devido aos pequenos e os frágeis cursos, unidades e centros dispersos pelo estado do Rio Grande do Sul. Pequenos e frágeis cursos, unidades e centros dispersos que por isto não conseguem atingir este patamar de produção e circulação da arte produzida no Estado. Este frágil, pequeno e difuso estágio crítico  possui reflexos diretos na vida e na produção dos seus artistas deprimidos pela falta de oportunidade para desenvolver as carreiras neste meio entrópico. Vistos do  lado externo, nada acontece na Arte do Rio Grande do Sul que é grande apenas no nome.

OSCAR BOEIRA - Obra de Cláudio Afonso Martins Costa- na III Perimetral de Porto Alegre
Fig. 08 – Oscar Boeira foi um artista que se entregava ao puro prazer de pintar  no mais alto nível e sem pedir nada em troca. Exigente consigo mesmo, considerava as suas obras tão pessoais e a tal ponto que vendeu em vida uma única obra e para o Estado. Como mestre também não cobrava as suas aulas.  Coerente com a Vida que  lhe era dada gratuidade conduzia asa Arte para o mesmo caminho. A UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL necessita,  nesta mesma linha um projeto consistente, operacional de uma e a garantia de um funcionamento continuado por tempo indeterminado. Projeto que permita a existência de artistas  como Oscar Boeira e que se inscrevem entre o que mais nobre e universal uma civilização consegue no seu apogeu e em dialogo pacifico com as demais culturas.

HISTÓRICO da UNIVERSIDADE de ARTES do RIO GRANDE do SUL
A percepção deste problema não é novidade. Já  em 1908 esta busca de conexões internacionais já foi esboçado.

   Para a Europa, Rio da Prata e todo o Brasil, onde existem estabelecimentos desta ordem foram pedidos prospectos, programmas, regulamentos, etc., bem como pedidos de preços de materiais absolutamente necessários ao funcionamento do Instituto, afim de se fazerem os calculos todos, sem pessimismo ou optimismo.
                                          “A      F E D E R A Ç Ã O”   4 de Abril de 1908

Tratava-se naquele momento de algo embrionário, passivo e restrito ao processo da constituição se uma instituição singular de ensino-aprendizagem formal das Artes (Monnier, 1995). A concepção desta ideia da UNIVERSIDADE das ARTES ganhou outros contornos em 1947. (Ver endereços de postagens anexas). Porém nesta época tratava-se de transformar uma unidade já existe em UNIVERSIDADE das ARTES. Esta solução traria consigo a endogenia da antiga instituição, o que fato acabou acontecendo.  Foram ideais generosos que não encontraram eco e muito menos meios para chegar ao  mundo prático e o frágil meio cultural. De outra parte estavam distantes de uma salutar investigação, da formação de um patrimônio de interesse universal e acessível pela rede mundial. E nesta três direções simultâneas e reciprocamente estimulantes que avança este projeto da UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL . 

João FAHRION (1898-1970)  EQUIPE do CURSO de ARTES PLÁSTICAS doa INSTITUTO DE BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL
Fig. 09 – A massa critica de docentes de Artes sempre teve por norma o seu hábito de integridade intelectual.  A maioria deles havia provado, em função deste hábito, a sua competência prática nas Artes antes de assumir a função pedagógica nesta sua competência. Como índice da sua competência teórica publicavam uma tese que eles elaboravam sem  orientador. Defendiam esta tese em banca nacional. Uma UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL possui como garantia de seu funcionamento a continuação, por tempo indeterminado, a exigência expressou por Leonardo da Vinci ao afirmar que “uma pintura é algo mental”. 

IMPLEMENTAR para IMPLANTAR.
Qualquer ruptura epistêmica, estética ou cultural necessita de um intenso e amplo trabalho preliminar. Todo este trabalho preliminar irá convergir e cristalizará num texto de um estatuto definirá sua natureza especifica e sua operacionalização num regimento a ser elaborado pelo conjunto dos entes jurídicos que se unirem neste projeto.
Se uma forma geral esta Universidade das Artes não será formado por nenhum destes entes, mas pelos recursos, patrimônio e conquista imateriais que pertencem a esta instituição diferenciada pela autêntico gosto pelas artes e projetos civilizatórios compensatório que acumular ao longo de sua existência.
Os seus agentes serão contratados e aceitos dentro de projetos com começo meio e fim,

PLÍNIO CESAR LIVI BERNHARDT (1927-2004) pintando nas MISSÕES em  julho de 1947 
Fig. 10 – O patrimônio das Artes, praticadas no espaço físico do Estado do Rio Grande do Sul,  engloba experiências e projetos frustrados, abandonados à  própria sorte. Porém recuperados, os seus vestígios são reconhecidos como patrimônio da humanidade. O conjunto  dos seus estudos, consolidação, sem um “intervencionismo restaurador” formam um paradigma para a UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL. Tonam-se paradigma na medida em que foi mantido o hábito da integridade intelectual em todas as etapas, pelos seus agentes e o seu público  neste processo  continuado por tempo indeterminado. 

Este ente poderá trabalhar intimamente com a Educação Física vinculando-se ao Ministério dos Esportes. Espera-se que o Esporte praticado no âmbito do Rio Grande do Sul seja conhecido e que  se torne o objeto da pesquisa internacional e ser considerada e incluído no circuito mundial.

O escultor Cláudio Afonso Martins Costa (1932-2005) no trabalho.
Fig. 11 – A criação tridimensional Estado do Rio Grande do Sul formou uma legião de praticantes e enriqueceu sobremaneira o patrimônio das Artes. O que possui de sólido, pesado e necessita de um esforço físico, também carece de um esforço conceitual simétrico no seu estudo, sistematização e divulgação pelos novos meios numéricos digitais. Uma tarefa e um esforço conceitual típico para uma UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL. 

UNIDADES da UNIVERSIDADE de ARTES
Na sua origem a Universidade Brasileira exigia a convergência de no mínimo de seis unidades acadêmicas independentes e operacionais que sustentavam o ente universitário. No sentido amplo uma Universidade abrange e toca todos os saberes humanos. Nos casos das Artes elas se constituem de somatórias tanto científicas, especulativas e operacionais práticas. Para  não se desvirtuar num imponderável e geleia conceitual operacional as Artes se dividiram conforme os signos sensoriais com os quais criam, materializam suas obras e expandem os seus suportes conceituais. As Artes da VISÃO possuem as suas narrativas, sua História e o mundo conceitual. Este conjunto forma, desde longa data um estrutura e competência acadêmica unidade universitária.  O mesmo podem ser dito da AUDIÇÃO humana e todas as formas musicais. O Tato possui entre suas expressões a Escultura. A CENA possui no Teatro um universo próprio e candidato a uma unidade universitária. A era industrial acrescentou a Fotografia e  depois o Cinema. Estas convergiram para a Eletrônica e as criações, obras e circulação de obras numéricas digitais.

NÚCLEO OPERACIONAL
 Cada UNIDADE necessita ter presente o patrimônio artístico do Rio Grande do Sul já existe, a sua realidade presente e os desafios e problemas da sua própria área. Não pode  haver mediações, tuteladores externos e atravessadores de ocasião neste diagnóstico, estudo e sistematização de prioridades internas ao campo das forças desta UNIDADE. Se de  um lado a UNIVERSIDADE de ARTES do RIO GRANDE do SUL propõe algo inédito, do outro este ente  repouso sobre um imenso patrimônio que o tempo, as diversos ambientes sedimentaram no espaço geográfico deste estado. O inédito consiste em detectar as dimensões deste patrimônio, a objetiva realidade presente, os desafios e problemas da sua própria área por meio de recursos digitais e oferecê-lo neste meio tanto aos entes internos como externos do mundo cultural. Estas dimensões necessitam um imenso esforço e investimento preliminar. Conforme este e patrimônio, a realidade objetiva presente, os desafios, problemas da sua própria área e os produtos aguardados mobilizam-se os meios operacionais capazes de dar conta desta tarefa. Esta parte cabe á uma sólida e experimentada mantenedora.

Danúbio Vilamil GONÇALVES (1925 - ) Mural dos 100 Anos Migração Israelita - 2005 - Azulejos
Fig. 12 – O espaço físico do Estado do Rio Grande do Sul já deu provas suficientes de suas potencialidades, vindas de todos os recantos do planeta, das culturas e tempos históricos os mais diversos. Na dialética entre o recomeçar e a preservação do que de melhor e mais coerente existe em cada recanto, cultura e tempo necessitam de uma mentalidade abrangente tanto no interior desta cultura com dos agentes externos. É a tarefa típica daqueles que cultiva o hábito da integridade intelectual.  Um ponto de convergência destes agentes internos e externos passa pelo projeto consistente, operacional de uma UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL e a garantia de um funcionamento continuado por tempo indeterminado. 

PRELIMINARES de INTERESSE COLETIVO.
O pensamento logístico precede qualquer iniciativa prática visando a constituição da UNIVERSIDADE de ARTES do RIO GRANDE do SUL. Nesta logística cada unidade que se candidatar para integrar para constituir e operar irá cultivar a mentalidade apta para repertoriar, sistematizar e dar um corpo ao que ela já produziu nesta área no Rio Grande do Sul. Este corpo será constituído no espaço numérico digital.  Este espaço numérico exigirá uma usina apropriada para este fim. Apropriada com todos os meios para recuperação interna e externa e apta para receber, estocar e disponibilizar todo o universo  das  ARTES praticadas no RIO GRANDE do SUL. Para tanto cada unidade parceira será destinatária de verbas e recursos e profissionais específicos. O espaço numérico digital será constituído mediante edital para prestação deste serviço de terceiros. Evita-se, por todos os meios, acumular burocracia, aparelhamentos institucionais e dinastia da endogenia. Por esta razão a tarefa caberá empresas profissionais destas áreas e mediante contrato com começo, meio e fim.
No contraditório não é possível confiara esta tarefa ao puro marketing, propaganda e comércio cultural.  Seria o caminho estreito da Bienal do Mercosul na qual o que  menos conta é o artista e a sua obra.
De outra parte, sem um trabalho conceitual e mental sólido é abrangente estamos diante da naturalização da obra de  arte. Os profetas do Aleijadinho para a população da Congonhas do Campo “sempre estiveram lá”, ou o soldado castelhano diante das obras das mais altas culturas pré-colombianas - ou os primitivos cristãos diante das obras de Fidias – só percebem, nestas obras, a “mentalidade pagã” e perigosos ídolos para as suas estreitas convicções e ideologias.

Francisco STOCKINGER (1919-2009) Obra no Parque MARINHA do BRASIL  - foto dez. 2010.  Ver in ALVES 2004 p. 192
Fig. 13 – O espaço físico do Estado do Rio Grande do Sul possui as suas peculiaridades. As estações, morfologia do solo, os vegetais, a sua fauna  e climas típicos possibilitam uma criação completamente diferenciada de outros ponto do planeta. A Arte, como um jogo gratuito e sensorial humano, encontra neste meio, circunstâncias e nestes potenciais próprios, distintos de outros espaços físicos.  Todas as civilizações humanas partiram destes condicionamentos para gerar as suas manifestações estéticas próprias e distintas das demais. O perigo da tirania da Natureza encontra no hábito da integridade intelectual a razão da existência da UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL

PATAMARES de OPERAÇÃO.

A potencialidade de uma UNIVERSIDADE das ARTES no Rio Grande do Sul já foi reconhecida, em 1962, pelo pintor e muralista Aldo Locatelli de intensa produção  local. Ele escreveu na sua tese que a morte precoce não deixou defender publicamente:
 Assim é, consequentemente, neste clima que o Brasil, o nosso mesmo Rio Grande do Sul tão pródigo em vocações artísticas, vivem internacionalmente no mesmo valor de Paris, Roma, Tóquio, Nova York e de Moscou. Estamos errados se pensamos que os centros de maior tradição e movimento artístico devem ser os nossos guias, absorvendo-nos com teorias resultantes de ambientes bem diferentes e preocupados de não repetir-se nos exemplos de uma grande tradição. Ao contrário, nós vivemos no princípio da nossa formação de civilização e devemos tentar expressá-la nos nossos próprios valores.
Passados mais do que 50 anos esta constatação de um estrangeiro não teve meios para fazer circular, fazer conhecida e reconhecida potencialidade a produção artística efetiva. Para atingir este clima crítico não bastam eventos, esforços pontuais.

IBERÊ CAMARGO e GLAUCO PINTO MORAES (1928-1990)- na “PRÓ DIRETAS JÁ”
Fig. 14 – A ação e a obra de Iberê Camargo (1914-1994) transcenderam amplamente os limites  do estado do Rio Grande do Sul. A coerência entre a  sua Vida e a sua Arte projetou-se nos seus escritos e suas postura políticas mantiveram a coerência com a sua origem e para onde retornou no final de sua existência. A sua terra retribuiu com uma instituição com o seu nome.   No caso de projeto consistente, operacional de uma UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL esta instituição, o hábito da integridade intelectual da pessoa e do artista e a sua obra podem ser um constante referencial teórico. Referencial teórico para pesquisas em parâmetros científicos, para a circulação  das estéticas humanas universais e a geração de uma garantia de um funcionamento continuado por tempo indeterminado. 

Ressalta-se que o objetivo final é a institucionalização de um projeto civilizatório que o Estado, as instituições e indivíduos necessitam oferecer como forma de compensação da força e da violência que necessitam exercer para orientar os cidadãos para objetivos socialmente aceitos (Marques dos Santos, 1997). Nada melhor do que a ARTE para este projeto. Como o problema é universal uma região cultural restrita é um passa a frente na civilização planetária.

Paulo SIQUEIRA  - Monumento ao Ferroviário -  PASSO FUNDO RS
Fig. 15 – A cidade de Passo Fundo constitui-se  num polo que aponta nos mais variados e vigorosos sentidos culturais e estéticos do estado do Rio Grande do Sul. Pelo seu espaço urbano e cultural circulam estéticas humanas procedentes de todas as civilizações.
 Esta circulação  das estéticas humanas universais é reforçada por uma ativa Universidade. Orgulha-se de seus eventos continuados de Literatura. Certamente poderá ser incluída num projeto consistente, operacional de uma UNIVERSIDADE das ARTES do RIO GRANDE do SUL. Não lhe faltam os hábitos de integridade intelectual, em alto grau. Com esta prática e experiência acumulada a cidade  e a cultura de Passo Fundo será garantia de um funcionamento continuado por tempo indeterminado e expansão nas demais comunidades que a possuem como referencial. 


FONTES BIBLIOGRÁFICAS
LOCATELLI, Aldo Danielle (1915-1962) . «“MURAL”: ANÁLISE – CONSIDERAÇÕES, MÉTODO E     PENSAMENTOS» Tese de concurso para o provimento efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de pintura e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 1962. in  CORREIO DO POVO, Caderno de Sábado. Volume X, ano V, nº 232, 22. Jul. 1972[1].

MARQUES dos SANTOS, Afonso Carlos (1950-2004) «A Academia Imperial de Belas Artes e o projeto   Civilizatório do Império»  in  180 anos de Escola de Belas Artes. Anais do Seminário EBA 180. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997, pp. 127/146.

MONNIER, Gérard( 1935- ). L’art et ses institutions en France: de la Révolution à nos jours.   Paris : Gallimard-Folio-histoire,   1995.  462p.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
ARTE na UNIVERSIDADE

BIENAL do MERCOSUL – histórico

HISTÓRIA e IDENTENDIDADE de UMA INSTITUIÇÂO de ARTES na UFRGS

MINISTÉRIO das ARTES

Na ARTE o  MARKETING é para o ARTISTA e sua OBRA e NÃO para o seu MEDIADOR, seu ATRAVESSADOR ou seu TUTELADOR

O ESTADO e o SIGNIFICAADO de um PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR da VIOLÊNCIA

ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

UNIVERSIDADE das ARTES


[1] - Texto digitado em setembro de 2002 por Elisete S. Armando – estudante do Departamento de Artes Visuais

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