sexta-feira, 30 de outubro de 2009

EMILIO SESSA

PRIMEIRO ANIVERSÁRO do INSTITUTO CULTURAL

EMÍLIO SESSA.

O INSTITUO CULTURAL EMÍLIO SESSA [ICES] comemora no dia 31 de outubro – véspera de TODOS os SANTOS – o seu primeiro ano de existência. O termo INSTITUTO faz lembra o INSTITUT de FRANCE[1] vértice das Académies e das Écoles. O termo faz lembrar que uma civilização existe e progride na mediada da vida de suas instituições.

Seguramente a figura, a obra e a vida de EMÍLIO SESSA constituem um núcleo digno de uma instituição desta natureza. Em especial o ICES constituído como Instituto retoma as tradições republicanas. O regime republicano busca a sua base no poder originário. O seu ente governamental não pode ser indiferente pois iria solapar o próprio suporte do qual ele próprio provém. Em especial quando se trata de um patrimônio material e imaterial da obra de Emilio SESSA cuja extensão merece ser conhecida. Uma vez conhecida este patrimônio necessita vontade para a sua preservação contra toda a entropia cultural que as necessidades das novas gerações necessitam também para se afirmar.

O direito para este patrimônio emergir - e se afirmar - à luz do nossa atualidade, provém da energia intelectual e das vontades de um grupo. Esta atualidade é constituída pelo belo grupo de intelectuais e estetas que se reuniu ao redor do projeto que sustenta, no presente, o ICES.

O Instituto possui a sua curadoria familiar sob o olhar do arquiteto Franco SESSA, filho do artista Emílio SESSA. Iniciou, no dia 31 de outubro de 2008 com o Prof. Dr. Arnoldo Walter DOBERSTEIN, Maria Regina de SOUZA LISBOA, Maria Helena MONTARDO, Giullia SOUZA MAGALHÃES, Anna Paula BONEBERG. Ana Maria GREFF BUAES e Eliane SILVA. A este time somaram-se muitos outros nomes ao longo dos seus 365 dias inaugurais.

Este grupo ampliado revive, no presente, os suportes que VASARI encontrou para escrever a História do Renascimento Italiano. O historiador recorreu ao patrimônio da memória que os artistas legaram ao seu grupo familiar é donde fluiu para toda a humanidade por meio das PALAVRAS de VASARI. Este legado familiar repete-se no Rio Grande do Sul pela obra de Maria COUSIRAT CAMARGO que está prestando suporte à obra e memória de Iberê CAMARGO. Em Ruth MALAGOLI à memória e ao legado das obras de Arte de Ado MALAGOLI e em Yvonne OLIVEIRA da CUNHA que se está centrando no estudo, conservação e divulgação orientada da obra de Plínio LIVI BERNHARDT. Contudo enquanto estes artistas eram jovens - e em plena produção - começava o trabalho da Família LOCATELLI. Mercedes, Roberto e Cristiana abraçaram a memória e a obra de Aldo em 1962, com o desaparecimento precoce deste artista e levaram com carinho e devoção esta herança familiar. Agora - passado quase meio século – eles juntam a memória de LOCATELLI com a Família SESSA. As duas famílias juntas reforçam a memória dos dois artistas que iniciaram a sua produção artística coletiva em Bérgamo e juntos enfrentaram o estreito e incipiente sistema de artes que encontraram em Pelotas e depois no Rio Grande do Sul e no Brasil

Esta tradição familiar é o caminho mais seguro e eficiente de que a obra de arte necessita para realizar o seu trânsito do Espaço Privado para o Espaço Público. Espaço Publico no qual o Sistema de Artes opera, cuja densidade e coerência e caracteriza uma civilização.

Há necessidade que a PALAVRA ORIENTE o OLHAR - para as obras de Arte de Emílio SESSA - apesar da sua grande quantidade, de terem sido produzidas e estarem disponíveis em exposição constante. OLHAR que possui a tendência natural de se entregar à rotina e distrair-se, mesmo diante da maior obra de arte, como advertiu Maragoni[2].

O grupo do ICES possui a grande tarefa de criar a PALAVRA ADEQUADA e COERENTE para ORIENTAR o OLHAR do PÙBLICO em relação á OBRA de Emílio SESSA.

O registro do andamento deste trabalho você pode encontrar em:

http://www.emiliosessa.com.br/

Luiz Eduardo Robinson Achutti
:
ler@achutti.com.br > : www.achutti.com.br www.fotoetnografia.com.br http://www.artes.ufrgs.br



[2] MARANGONI, Matteo ( 1876-1958). Aprenda a ver uma obra de arte. São Paulo : Instituto Progresso Editorial, 1949, 251 p.

Nenhum comentário:

Postar um comentário